quinta-feira, julho 17, 2025

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Workshop 50 anos renova papel e protagonismo da Embrapa Soja


Um workshop realizado nesta segunda-feira (26) em Londrina, Norte do Paraná, abordou passado, presente e principalmente futuro da soja e da pesquisa da soja no Brasil e no mundo. O evento reuniu pesquisadores, cooperativas, produtores, lideranças públicas e privadas. Com transmissão ao VIVO pelo Canal Rural, os debates reafirmaram a importância da política pública aplicada e adequada à pesquisa, bem como as parcerias público-privadas para manter o país na vanguarda do PD&I no agro.

Chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno comemora: “Com muita ciência e tecnologia, com os nossos parceiros as universidades, as instituições estaduais de pesquisas, e os produtores, a Embrapa ajudou a tropicalizar a soja, que antes não se plantava em regiões tropicais. Chegamos até aqui com excelentes resultados, e sempre olhando para o futuro, pensando sobre o que precisamos para continuar produzindo com sustentabilidade, que tem três eixos: social, econômico e o ambiental”.

“Com muita ciência e tecnologia, com os nossos parceiros as universidades, as instituições estaduais de pesquisas, e os produtores, a Embrapa ajudou a tropicalizar a soja, que antes não se plantava em regiões tropicais.

Alexandre Nepomuceno, Chefe-geral da Embrapa Soja

Para Nepomuceno o primeiro salto e mais eminente seria para a agregação ainda maior de valor, como a produção de combustíveis para a aviação, fibras para roupas, pneus, asfalto, entre outros. “Temos que começar a pensar nisso, junto com a indústria e os produtores”, destacou. A lista de vitórias da soja brasileira parece interminável, envolvendo desde a transformação do interior brasileiro, desenvolvimento de cidades, até ser a nova alternativa de energia renovável. Essa foi uma das perspectivas descritas e discutidas durante o evento.

Repórter Valéria Burbelo entrevista Alexandre Nepomuceno, chefe geral da Embrapa Soja, durante o evento em Londrina.

O diretor em pesquisa da Embrapa Clênio Pillon explicou que as pesquisas em microrganismos estão fazendo uma nova revolução na agricultura brasileira e mundial, aproveitando a oportunidade de valorizar a biodiversidade brasileira, que é o maior repositório que temos no planeta especialmente de espécies vegetais, como é caso do bioma fóssil, com tecnologia desenvolvida pela Embrapa, junto com uma empresa parceira.

O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Augustin, reforçou que instituições como a Embrapa Soja precisam de investimento contínuo do governo para seguir impulsionando a inovação e a sustentabilidade no campo. “Claro que temos problemas de recursos, o governo federal tem sustentado a Embrapa. A empresa precisa se modernizar, precisa ter mais convênios internacionais, e nós estamos trabalhando para que ela seja mais ágil mais eficiente, mas também que possa ter recursos, inclusive da iniciativa privada, para se auto fomentar”, disse Augustin.

A “cereja do bolo” da comemoração foi a presença da pesquisadora Doutora Mariângela Hungria, que no dia 13 de maio foi consagrada com o Prêmio Mundial de Alimentação, o Word Food Prize, reconhecido como o “Nobel” da Agricultura. Após quatro décadas de trabalho na Embrapa, a doutora está sendo premiada por desenvolver tecnologias baseadas em microrganismos do solo, substituindo fertilizantes químicos por soluções biológicas, contribuindo para a microbiologia do solo e para a agricultura sustentável.

Hungria ressalta que o Brasil não seria o maior produtor exportador de soja se não fossem esses biológicos. “A soja precisa muito de nitrogênio por ser muito rica em proteína e já estamos importando 85% dos fertilizantes nitrogenados. Eles são caríssimos e cotados em dólar, além de serem os mais poluentes ao meio ambiente. Isso os torna inviáveis economicamente. Economizamos no ano passado 25 bilhões de dólares que deixamos de comprar em fertilizantes. Esses microrganismos fazem isso por nós praticamente de graça e são o que fazem o Brasil ser o maior produtor e exportador de soja’, explicou a Doutora Mariângela.

Mariângela Hungria, doutora e pesquisadora da Embrapa.

“Economizamos no ano passado 25 bilhões de dólares que deixamos de comprar em fertilizantes. Esses microrganismos fazem isso por nós praticamente de graça e são o que fazem o Brasil ser o maior produtor e exportador de soja”.

Mariângela Hungria, doutora e pesquisadora da Embrapa

“A agricultura moderna passa por uma transição de base química para base biológica. O papel dos biológicos é fundamental, quer seja como promotores de crescimento, como fixadores de nitrogênio, ou controladores de pragas e doenças, mas são alternativas sustentáveis que vão gerar mais rentabilidade e produtividade”, afirmou Susana Carvalho, da Rizobacter no Brasil. 

Antônio Márcio Buainain, professor livre docente da Unicamp, participou em um dos painéis e ressaltou a importância da soja como principal cultura agrícola do país, responsável pelo desenvolvimento de cidades inteiras principalmente no interior do Brasil: “Um em cada 3 dólares do agro vem da soja. O complexo da soja é um dos maiores empregadores do agro e da indústria brasileira, com estimativas que variam de 2 mihões a 4,5 milhões de postos de trabalho, sem incluir impacto em segmentos como transporte. Estes dados nos mostram que investir em pesquisa é investir em soberania econômica, e que a ciência da Embrapa transformou a soja e a soja ajudou a transformar o Brasil”.

“Investir em pesquisa é investir em soberania econômica. A ciência da Embrapa transformou a soja e a soja ajudou a transformar o Brasil”

Antônio Márcio Buainain, professor livre docente da Unicamp

Presente no evento, Leori Hermann, CEO da Unity Agro, destacou a importância das pesquisas e tecnologias da produção: “Não existiria soja no Brasil hoje sem a Embrapa Soja, o agro produtivo e o agro exportador”, afirmou. Leori falou ainda dos fertilizantes especiais, área de atuação da sua companhia, que também demanda muita pesquisa e desenvolvimento, neste caso para fazer frente a um dos princiapis desafios da agricultura moderna, que é o estresse climático, variável que supera inclusive as frustrações provocadas por pragas, doenças, plantas daninhas e deficiências nutricionais, explica o executivo.

Tages Martinelli, diretor comercial da Sementes Jotabasso, afirmou que “para nós, que produzimos sementes de soja, o trabalho e a trajetória da Embrapa Soja foram essenciais. Nosso compromisso de levar soluções de alto padrão às mãos de quem produz com certeza conta muito com o suporte técnico e científico desta instituição”.

Giovani Ferreira, diretor do Canal Rural Sul, destacou a relevância da soja classificando a cultura como o grande ativo do agronegócio brasileiro. “Com mais de 160 milhões de toneladas de produção, exportamos mais de 100 milhões de toneladas em grão e processamos outras 50 milhões de toneladas, com agregação de valor principalmente em farelo e óleo”, disse Ferreira.

Para quem não conseguiu acompanhar os debates, segue link abaixo com a transmissão, que teve o apoio da Itaipu Binacional, Rizobacter, Unity Agro e Jotabasso Sementes.

Assista: Workshop Embrapa Soja 50 anos



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Brasil anuncia abertura de mercado agropecuário para 6 países



O governo brasileiro concluiu nesta semana dez negociações na área agrícola com seis parceiros comerciais: Bahamas, Camarões, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru.

Segundo o Ministério a Agricultura e Pecuária (Mapa), nas Bahamas, as autoridades locais aprovaram o certificado sanitário para que o Brasil exporte carne bovina, carne suína, carne de aves e seus produtos.

Já em Camarões, foram chanceladas as compras de bois vivos para reprodução e material genético bovino pelo Brasil. De acordo com a pasta, o objetivo é que o acordo permita o fortalecimento da pecuária local, além de oferecer aos produtores brasileiros oportunidades futuras para ampliação de negócios na África.

Para a Coreia do Sul, por sua vez, foi autorizado o embarque de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia). “[Essa abertura de mercado] reforça a liderança do Brasil nessa área e o reconhecimento internacional sobre a qualidade, a sanidade e a rastreabilidade do plantel brasileiro”, diz o Mapa, em nota.

Na Costa Rica, as autoridades locais autorizaram as exportações brasileiras de grãos secos de destilaria (DDG e DDGS, na sigla em inglês). Trata-se de um subproduto do etanol de milho que constitui fonte valiosa de proteína para alimentação animal.

Já para o Japão, o Brasil passará a exportar óleo de peixe e para o Peru, filé de tilápia refrigerado ou congelado. “Essa abertura poderá ampliar as oportunidades de negócio para a piscicultura brasileira, uma vez que o país andino é grande importador de pescados.”



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AgroNewsPolítica & Agro

produtores reduzem custos no início do plantio



RS inicia preparo do trigo com menor aporte técnico




Foto: Canva

Com o fim da safra de verão e o início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), os produtores do Rio Grande do Sul intensificaram as atividades para o cultivo do trigo. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (22), o foco das ações recentes tem sido o preparo das áreas, com destaque para a aplicação de herbicidas nas lavouras que anteriormente abrigavam soja.

A operação havia sido adiada devido ao longo período sem chuvas, que restringia o manejo apenas às regiões com níveis mais elevados de umidade no solo. Agora, com a retomada das condições adequadas, o plantio ganha ritmo, ainda que sob novas limitações.

A Emater/RS-Ascar observa uma tendência crescente de cultivo com menor nível tecnológico. “Há maior uso de sementes próprias e redução na aplicação de fertilizantes”, informou a entidade. Essa mudança é atribuída, segundo o boletim, à descapitalização dos produtores, provocada por sucessivas frustrações de safra, aumento dos custos com seguro rural e Proagro, além da atual cotação do cereal, considerada pouco atrativa pelos triticultores.

Informações preliminares de cooperativas e agentes técnicos apontam aumento na procura por testes de germinação e vigor de sementes salvas, enquanto a busca por sementes certificadas e linhas de financiamento diminui. Esse comportamento reforça a expectativa de retração tanto na área plantada quanto na adoção de tecnologias para a Safra 2025.

Na safra anterior, o Rio Grande do Sul cultivou 1.331.013 hectares de trigo, com produtividade média de 2.781 kg por hectare, conforme dados do IBGE. A Emater/RS-Ascar está em fase de levantamento das intenções de plantio para a próxima safra. Os dados devem ser apresentados nas próximas semanas.





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Geada deve afetar 6 estados e 4 capitais terão recorde de frio


Após o avanço de uma intensa massa de ar polar sobre o Brasil ter derrubado as temperaturas e levado neve para as serras gaúcha e catarinense, o grande destaque agora passa a ser a previsão de geada.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

O fenômeno deve afetar seis estados (veja mapa abaixo) nesta sexta-feira (30) e vem acompanhado de uma queda ainda maior nos termômetros, com possibilidade de novos recordes de frio, conforme previsão da Climatempo.

previsão de geadaprevisão de geada
Foto: Climatempo

Assim, além das cidades com maior altitude, também são esperadas mínimas significativas para algumas capitais: 3°C em Curitiba, 5°C em Campo Grande (MS), 7°C em Porto Alegre (RS) e 9°C em São Paulo.

De acordo com a empresa de climatologia, as condições atmosféricas ideais — céu limpo, vento calmo e ar seco — devem favorecer a formação da geada ampla desde o centro-sul de Mato Grosso do Sul até a Campanha Gaúcha, no extremo sul do país.

“O frio será tão intenso e abrangente que até áreas elevadas da Serra da Mantiqueira, como Campos do Jordão (SP), podem registrar geadas pontuais, especialmente em vales e baixadas das áreas mais altas onde o resfriamento é mais acentuado”, diz a Climatempo, em nota.



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Carga com 184 toneladas de soja em grão é apreendida no Pará


Uma carga de 184 toneladas de soja em grãos, precificada em R$ 339.351,20, foi apreendida nessa quarta-feira (28) por fiscais de receitas estaduais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) do Pará.

O volume estava dividido em quatro caminhões e ia de Tucumã, no sudeste paraense, para Valinhos, no interior de São Paulo.

“Ao verificar os documentos apresentados, constatou-se que o remetente foi desenquadrado do Simples Nacional, sendo, portanto, devido o recolhimento do imposto antecipado na saída do estado”, contou o coordenador da unidade fazendária, Renato Couto.

Com isso, foram lavrados quatro Termos de Apreensão e Depósito (TADs) para a cobrança do imposto no valor total de R$ 57.010,99.

Carga de ração

apreensão ração
Foto: Divulgação Sefa

Além da carga de soja, no mesmo dia, a Coordenação de Controle de Mercadorias em Trânsito do Itinga, nordeste paraense, apreendeu oito toneladas de ração, no valor de R$ 84.809,21, procedentes de Hidrolândia, em Goiás, com destino a Belém.

“A mercadoria, sujeita ao regime de substituição tributária, entrou no estado do Pará amparada por inscrição estadual de substituto tributário declarada na nota fiscal, porém, atualmente, a inscrição está suspensa. Foi lavrado Termo de Apreensão e Depósito (TAD) no valor de R$ 20.798,12, referente ao imposto e multa”, relatou o coordenador Rafael Brasil.

Já em Cachoeira do Piriá, nordeste paraense, foram apreendidos, também na quarta-feira, 65 volumes de mercadorias diversas sem recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Veículo tipo baú fechado apresentou notas fiscais de mercadorias, e foi solicitado ao motorista a verificação física da carga. Foi constatada a quantidade de 65 volumes de mercadorias para armarinho e 358 unidades de produtos de alumínio para revenda. Estas mercadorias eram destinadas a pessoas físicas, para serem revendidas. Neste caso, de acordo com a legislação, a quantidade caracteriza intuito comercial e, portanto, é obrigatória a inscrição estadual e antecipação do imposto na entrada do estado”, informou o coordenador da ação, Gustavo Bozola.

As mercadorias saíram do Ceará e eram destinadas a cidades do Pará, como Abaetetuba, Castanhal e Belém. “Após a conferência, a carga foi avaliada em R$ 47.634,55 e ficou retida, sendo lavrados cinco Termos de Apreensão e Depósito (TADs), no valor total de R$ 11.029,34″, concluiu o fiscal de receitas estaduais.



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Clima nos EUA pode acelerar ou frear o ritmo das lavouras nos próximos dias



A semeadura da safra 2025/26 de soja e milho nos Estados Unidos segue em ritmo acelerado, impulsionada por condições climáticas favoráveis que têm permitido o bom andamento dos trabalhos de campo nas principais regiões produtoras. O início da temporada é considerado bastante positivo, com lavouras se desenvolvendo bem e perspectivas de alta produtividade.

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Segundo análise da Hedgepoint, tanto a soja quanto o milho apresentam avanços superiores aos registrados no mesmo período do ano passado e também acima da média das últimas cinco safras. No caso da soja, os Estados Unidos já avançaram no plantio de 76% da área projetada, conforme o relatório semanal do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) com dados até 25 de maio. Esse ritmo supera tanto o registrado no mesmo período do ano passado (66%) quanto a média dos últimos anos (68%).

Plantio de milho

O milho também apresenta bom desempenho, com 78% da área total plantada até a mesma data, contra 67% no mesmo período do ano anterior e uma média quinquenal de 73%. O cenário atual reforça o potencial produtivo da safra, com expectativas iniciais otimistas por parte do mercado.

Apesar do avanço consistente, a análise aponta que há atenção voltada para a umidade do solo em algumas regiões do oeste e noroeste do cinturão agrícola norte-americano, que se encontram abaixo do ideal. Isso torna a regularidade das chuvas nas próximas semanas um fator-chave para manter o bom ritmo de desenvolvimento das lavouras.

No caso da soja, mesmo com projeções de produtividade recorde, a safra pode ser menor em volume total devido à redução na área plantada nesta temporada. Já para o milho, há expectativa de uma safra ainda mais robusta, com possibilidade de atingir um novo recorde de produção, sustentado pelo aumento de área e pelo bom início do ciclo.

Tempo decisivo para as lavouras

As previsões climáticas para os próximos dias apontam o avanço de frentes úmidas sobre a metade sul do cinturão produtor entre 23 e 29 de maio, o que pode reduzir o ritmo do plantio. A metade norte deverá ter menor umidade nesse período, embora estados localizados a oeste possam registrar chuvas com volumes mais relevantes. Entre os dias 30 de maio e 5 de junho, a umidade tende a se espalhar de forma mais abrangente sobre toda a região, com acumulados mais expressivos novamente na parte sul.

Mesmo com as condições iniciais favoráveis, os meses de junho, julho e agosto serão decisivos para consolidar o desempenho das lavouras e confirmar o potencial produtivo das safras norte-americanas de soja e milho.



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AgroNewsPolítica & Agro

produtividade supera expectativa na Argentina



Clima atrasa colheita, mas não reduz projeção




Foto: Divulgação

A colheita de milho da safra 2024/25 na Argentina alcançou 38,80% da área prevista até o dia 21 de maio, segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (28), com base em dados da Bolsa de Cereales. O avanço semanal foi de 1,60 ponto percentual, ritmo inferior ao da semana anterior.

De acordo com o relatório, “as enchentes que atingem diversas regiões do país, especialmente o sul e centro da província de Córdoba e o norte de Buenos Aires, dificultaram os trabalhos a campo e limitaram a colheita”. A previsão indica que essas áreas continuarão recebendo chuvas ao longo da semana, mas com menor intensidade.

Apesar das dificuldades, a colheita está 10,60 pontos percentuais à frente do registrado no mesmo período da safra anterior. As áreas já colhidas apresentaram produtividade média de 80,70 sacas por hectare, superando as expectativas iniciais.

A Bolsa de Cereales manteve a estimativa de produção nacional em 49 milhões de toneladas. No entanto, o relatório destaca que “há possibilidade de revisão para baixo nas próximas atualizações, caso se confirmem perdas associadas a fatores climáticos ou fitossanitários”.





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“Viemos pedir socorro”, diz presidente da Faeb sobre invasões de terra na Bahia


Durante audiência pública em Brasília, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, fez um pedido de socorro e cobrou providências das autoridades brasileiras sobre as invasões de terras no Extremo Sul da Bahia. “Nós não viemos aqui pedir providência só não, viemos pedir socorro”, declarou Miranda durante a sessão realizada na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28).

Promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), o debate foi motivado por um requerimento da Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia (Agronex), conforme informou a Faeb.

Na ocasião, Humberto Miranda falou sobre a atual situação e os impactos econômicos no estado. Segundo ele, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 1 bilhão.

“O problema começou nas pequenas propriedades dos nossos produtores rurais, mas adentrou ao comércio, à indústria, aos serviços e ao turismo do nosso estado”, destacou.

Além disso, Miranda aproveitou a ocasião para entregar ao presidente da CAPADR, Evair de Melo, um documento com pontos que a Federação considera prioritários para serem conduzidos pela Comissão.

“Na Bahia, nós já tentamos. Foi colocado tanto pelos produtores quanto pelas lideranças e por nós, da Federação, que todos os ofícios foram enviados às instâncias de governo, mas nada foi feito, a insegurança permanece”, afirmou Miranda.

A Faeb, juntamente com a Agronex, solicita a intervenção urgente dos órgãos competentes para conter as invasões, que, segundo relatos, já somam mais de 50 ocorrências registradas desde novembro de 2022.

Audiência pública

A audiência realizada nesta quarta-feira contou com a presença de 66 parlamentares, incluindo quatro baianos: Charles Fernandes (PSD), Josias Gomes (PT), Leo Prates (PDT) e Roberta Roma (PL).

Após a abertura feita pelo presidente da Comissão, Evair de Melo, o presidente da Agronex, Mateus Bonfim, exibiu vídeos das invasões de terras ocorridas no Extremo Sul da Bahia.

Em seguida, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, fez esclarecimentos sobre a atuação da instituição e concordou quanto à necessidade de regularização fundiária:

“Uma das questões que gera muita tensão é a morosidade da regularização fundiária das terras no sul da Bahia”, afirmou.

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Imagem: Reprodução/Câmara dos Deputados

Três produtores rurais baianos que tiveram suas propriedades invadidas também puderam se pronunciar. Emerson Souza dos Santos, Caio Souza dos Santos e José Raimundo Marinho Magalhães relataram os momentos de terror que vivenciaram durante as invasões.

Em seu depoimento, Miranda cobrou o cumprimento da Constituição para os que vivem no campo. “Num país onde hoje se prega a igualdade e a inclusão, os produtores rurais vivem o oposto. Vimos aqui o apelo dos produtores, que ligam para a polícia quando têm suas propriedades invadidas e ouvem que não se pode fazer nada. Queremos que, conforme prevê a Constituição, todos os brasileiros tenham os mesmos direitos”, concluiu.


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Moagem de cana tem retração de 6% na primeira quinzena de maio


Na primeira quinzena de maio, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 42,32 milhões de toneladas de cana. O valor processado em mesmo período da safra anterior foi de 45,06 milhões, o que representa uma retração de 6,09%.

No acumulado da safra 2025/2026 até 16 de maio, a moagem atingiu 76,71 milhões de toneladas. O número representa uma retração de 20,24% ante as 96,18 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior.

As informações partem da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Nos primeiros 15 dias de maio, 21 unidades produtoras de cana-de-açúcar reiniciaram as
atividades, totalizando 242 unidades produtoras operando na região Centro-Sul.

Desse total, 225 unidades com processamento de cana, dez empresas fabricando etanol a partir do milho e sete usinas flex.

No mesmo período, na safra 24/25, operaram 248 unidades produtoras, sendo 230 unidades com processamento de cana, nove empresas produzindo etanol a partir do milho e nove usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de maio atingiu 116,80 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 124,75 kg por tonelada na safra 2024/2025 – variação negativa de 6,37%.

No acumulado da safra, o indicador marca 112,25 kg de ATR por tonelada, índice levemente inferior (5,07%) ao do último ciclo na mesma posição.

Produção de açúcar e etanol

etanoletanol
Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

A produção de açúcar nos primeiros quinze dias de maio totalizou 2,41 milhões de toneladas, registrando queda de 6,80% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2024/2025 (2,58 milhões de toneladas).

No acumulado desde o início da safra até 16 de maio, a fabricação do adoçante totalizou 3,99 milhões de toneladas, contra 5,16 milhões de toneladas do ciclo anterior (-22,68%).

Na primeira metade de maio, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 1,78 bilhão de litros, sendo 1,16 bilhão de litros de etanol hidratado (-8,11%) e 616,78 milhões de litros de etanol anidro (-16,72%).

Dessa forma, no acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 3,68 bilhões de litros (-15,39%), sendo 2,60 bilhões de etanol hidratado (-14,72%) e 1,08 bilhão de anidro (-16,98%).

Do total de etanol obtido na primeira quinzena de maio, 20,23% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 359,90 milhões de litros neste ano, contra 296,51 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2024/2025 – aumento de 21,38%.

No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 1,08 bilhão de litros – avanço de 27,79% na comparação com igual período do ano passado.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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AgroNewsPolítica & Agro

Café moído, tangerina e carne bovina lideram alta de preços


Os preços de produtos agropecuários básicos, como café e carne bovina, apresentaram aumentos expressivos no Brasil nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgados em maio pelo IBGE.

O café moído teve alta acumulada de 83,2% no período, liderando o ranking de maiores elevações. O aumento é atribuído a fatores como instabilidades climáticas e flutuações do mercado internacional, que afetam a oferta e os custos da principal commodity agrícola brasileira.

Entre os produtos com maior impacto mensal, a energia elétrica residencial apresentou alta de 1,68%. Já o grupo alimentação e bebidas desacelerou, passando de 1,14% em abril para 0,39% em maio.

No segmento de proteínas, os cortes bovinos populares também encareceram. O acém subiu 28,27%, seguido por alcatra (25,98%), patinho (25,41%), contrafilé (24,17%) e filé-mignon (23,83%). O aumento é reflexo da elevação dos custos de produção e alimentação animal, além da crescente demanda interna e externa.

No setor hortifruti, a tangerina foi destaque com alta de 32,84%, ficando em segundo lugar entre os itens com maior variação de preços. “A inflação, normalmente mensurada pelo IPCA, tem um impacto profundo na vida do consumidor, fazendo com que cada real valha menos do que antes, obrigando todos a repensar prioridades e a se adaptar a um novo cenário econômico em que a estabilidade financeira se torna um objetivo cada vez mais distante”, afirma Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio-diretor da Multimarcas Consórcios.

Embora o índice geral de preços tenha registrado variação moderada de 0,36% em maio, os produtos do agronegócio seguem pressionando a inflação dos alimentos. O cenário preocupa produtores, cooperativas e gestores públicos.

Especialistas defendem a necessidade de políticas voltadas à resiliência climática, à adoção de tecnologias no campo e à regulação de mercado, como forma de manter a competitividade do setor e garantir o abastecimento interno.

“Com a crescente preocupação dos consumidores em relação ao aumento dos preços, principalmente de alimentos, é crucial estar atento às futuras oscilações no mercado. Com o aumento do IPCA, o encarecimento de produtos essenciais pode se prolongar. Para enfrentar esse cenário, além de repensar as prioridades de consumo, uma dica prática é criar um fundo de emergência específico para a possível variação com as despesas com alimentação, separando mensalmente uma pequena porcentagem extra da renda para evitar ser pego de surpresa com a alta de preços”, orienta Lamounier.





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