quarta-feira, julho 16, 2025

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Preços de soja firmes nesta quarta-feira; saiba as cotações por região



O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços firmes nesta quarta-feira, com suporte vindo da valorização na Bolsa de Chicago e da leve alta do dólar. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o cenário favoreceu a realização de bons volumes de negócios, principalmente nos portos, com alguns ajustes no interior.

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Os prêmios tiveram variações pontuais e, segundo Silveira, os preços no interior já operam acima da paridade, o que estimula o produtor a vender.

Confira as cotações de soja no Brasil:

  • Passo Fundo (RS): manteve em R$ 132,00
  • Santa Rosa (RS): manteve em R$ 133,00
  • Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 137,00 para R$ 140,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 130,00 para R$ 131,00
  • Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 136,00 para R$ 138,00
  • Rondonópolis (MT): subiu de R$ 119,00 para R$ 120,00
  • Dourados (MS): subiu de R$ 120,00 para R$ 122,00
  • Rio Verde (GO): subiu de R$ 120,00 para R$ 122,00

Soja em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram o dia em alta, impulsionados por uma cobertura de posições vendidas e pela expectativa de aumento da demanda externa, após anúncio de acordo comercial entre Estados Unidos e Indonésia. O presidente Donald Trump anunciou tarifa de 19% para produtos importados da Indonésia, enquanto os produtos norte-americanos ficariam isentos, favorecendo o escoamento da soja dos EUA.

Além disso, exportadores privados informaram ao USDA a venda de 120 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para 2025/26. O relatório de esmagamento de junho veio levemente acima das expectativas, reforçando o sentimento positivo.

Contratos futuros de soja

O contrato agosto da soja em grão fechou a US$ 10,13 1/2 por bushel, alta de 18,50 centavos (1,87%). A posição novembro subiu 18,75 centavos (1,87%), encerrando a US$ 10,20 1/2 por bushel. No farelo, agosto fechou com valorização de US$ 3,10 (1,16%), a US$ 268,40 por tonelada. O óleo de soja para agosto subiu 0,26 centavo (0,47%), a 54,82 centavos de dólar por libra-peso.

Dólar

O dólar comercial fechou com leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,5609 para venda e R$ 5,5589 para compra. Ao longo do dia, a moeda oscilou entre R$ 5,5408 e R$ 5,5943.



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Recuperação de pastagens: a chave da pecuária brasileira para liderar a agenda climática


A pecuária brasileira está diante de uma oportunidade histórica: liderar a agenda climática global com base na recuperação de pastagens degradadas. Quer saber como a pecuária brasileira pode se tornar protagonista na agenda climática? Assista à entrevista abaixo e entenda o potencial da recuperação de pastagens.

Essa prática não só melhora a produtividade do solo, como contribui diretamente para a redução das emissões de carbono e o aumento da sustentabilidade no agronegócio.

O alerta vem em um momento estratégico. Com a COP 30 marcada para 2025, em Belém (PA), é hora de o agro nacional mostrar sua força e compromisso ambiental. Quem reforçou essa visão foi Gustavo Spadotti, chefe geral da Embrapa Territorial, em entrevista ao programa Giro do Boi nesta quarta-feira, 16 de julho.

Segundo ele, o Brasil tem dados concretos e tecnologia para provar que é possível produzir mais, com menos impacto ambiental, valorizando o que já foi desmatado e combatendo o avanço em áreas sensíveis.

Pasto degradado. Foto: Divulgação
Pasto degradado. Foto: Divulgação

A Embrapa Territorial mapeou 44 milhões de hectares de pastagens com algum grau de degradação. Esse levantamento, feito com imagens de satélite e dados oficiais, permite identificar onde é possível intervir para reformar, recuperar ou até transformar essas áreas.

As opções são variadas:

  • Reforma de pastos para torná-los mais produtivos e vigorosos;
  • Conversão para agricultura, aproveitando áreas já abertas para gerar mais alimento;
  • Implantação de florestas comerciais ou nativas, com fins ambientais ou produtivos;
  • Recuperação de ecossistemas, trazendo biodiversidade de volta ao campo.

Esse mapeamento serve como base para que políticas públicas e programas de financiamento sejam mais eficientes, atingindo quem realmente precisa e deseja investir em sustentabilidade.

Pastagens bem manejadas capturam carbono e geram produtividade

Bovinos em fase de recria no pasto. Foto: Reprodução
Bovinos em fase de recria no pasto. Foto: Reprodução

O solo das pastagens tem papel estratégico na captura de carbono. Quando bem manejadas, essas áreas funcionam como um verdadeiro “sumidouro de carbono”, ajudando o Brasil a alcançar metas ambientais com produtividade.

Por outro lado, quando degradadas, elas emitem carbono para a atmosfera, comprometendo tanto a sustentabilidade quanto a rentabilidade das fazendas. A recuperação dessas áreas, segundo Spadotti, é uma medida urgente e eficaz para:

  • Aumentar os estoques de carbono no solo;
  • Evitar novas emissões;
  • Melhorar o desempenho zootécnico dos animais;
  • Garantir mais segurança alimentar, ao produzir mais sem precisar abrir novas áreas.

Brasil já preserva 66% de seu território e produz em 30%

Foto: Reprodução

O Brasil tem números que muitos países gostariam de exibir: 66% do território está preservado, enquanto a produção agropecuária ocupa apenas 30% da área nacional. Mesmo assim, somos líderes mundiais na exportação de alimentos.

Esses dados fazem parte do chamado “gráfico de atribuição, ocupação e uso das terras”, apontado por Spadotti como o “green card do agro brasileiro” — ou seja, a prova de que é possível produzir e preservar ao mesmo tempo.

Na visão do especialista, é fundamental comunicar essa realidade de forma clara na COP 30 e em fóruns internacionais, mostrando que o Código Florestal brasileiro e o papel dos produtores rurais na preservação fazem do Brasil uma referência única no mundo.

A recuperação de pastagens degradadas é uma das principais ferramentas para consolidar o Brasil como líder climático no agro. Além disso, representa uma estratégia rentável, que melhora a fertilidade do solo, reduz custos com insumos e garante mais segurança para os rebanhos.

Combater o desmatamento ilegal é importante, mas é preciso reconhecer o que já vem sendo feito de forma correta. O produtor rural brasileiro é parte da solução e deve ocupar com orgulho esse protagonismo na construção de um modelo agroambiental exportável.



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Arroba do boi gordo termina abaixo de R$ 300 em São Paulo; veja cotações



O mercado físico do boi gordo volta a apresentar queda nos preços. O adicional tarifário de 50% imposto pelos Estados Unidos a todos os produtos brasileiros acentuou o movimento de queda que já estava presente há algumas semanas.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a expectativa de curto prazo remete a continuidade deste movimento no curto prazo, com quedas contundentes evidenciadas em Rondônia, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso no decorrer da semana.

“A grande presença de animais confinados no mercado reduz a capacidade de retenção do pecuarista. Os frigoríficos ainda contam com relativo conforto em suas escalas de abate, posicionadas entre oito e nove dias úteis na média nacional”, ressalta.

  • São Paulo: R$ 298,67 — ontem: R$ 300,42
  • Goiás: R$ 281,43 — R$ 280,54
  • Minas Gerais: R$ 284,41 — R$ 276,65 
  • Mato Grosso do Sul: R$ 297,73 — R$ 298,98 
  • Mato Grosso: R$ 298,92 — R$ 300,14

Mercado atacadista

O mercado atacadista ainda se depara com manutenção do padrão dos negócios no decorrer, mas a conjuntura continua apontando para retração dos preços, considerando um período de menor apelo ao consumo (segunda quinzena do mês).

“Além disso, a carne de frango ainda dispõe de maior competitividade na comparação com as demais proteínas de origem animal”, pontuou Iglesias.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 22,50 por quilo, o dianteiro segue cotado a R$ 18,75 por quilo; e a ponta de agulha permanece a R$ 18,50, por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou em alta de 0,04%, sendo negociado a R$ 5,5609 para venda e a R$ 5,5589 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5408 e a máxima de R$ 5,5943.



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AgroNewsPolítica & Agro

Grupo de senadores vai aos EUA negociar ‘tarifaço’ de Trump



Senado aprovou criação de uma comissão temporária


Foto: Pixabay

O Senado aprovou nesta terça-feira (15) a criação de uma comissão temporária externa para atuar diplomaticamente junto ao Congresso norte-americano. O objetivo é estabelecer canais de diálogo para buscar uma solução para a decisão do presidente Donald Trump de adotar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

O grupo, formado por quatro senadores, viajará para Washington entre os dias 29 e 31 de julho e funcionará por 60 dias.

O requerimento para a criação da comissão (RQS 556/2025) foi apresentado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Segundo Nelsinho, a ideia é construir uma “ponte de diálogo” com os Estados Unidos num momento em que os canais diplomáticos tradicionais enfrentam dificuldades.

Ele destacou que frigoríficos brasileiros estão avaliando se vão manter as exportações de carne bovina para os Estados Unidos. E apontou que outros setores também estão preocupados com a taxação, que está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

— Empresário precisa de previsibilidade. A gente precisa equacionar esta situação. Vamos buscar esse entendimento, abrir esse diálogo e saber exatamente o que está acontecendo — disse o senador.

Mais cedo, a CRE debateu a crise tarifária com representantes do governo federal e do setor produtivo.

 





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3 países retiram as restrições aos embarques da proteína



Nesta terça-feira (15), Peru, Jordânia e Hong Kong retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), a gripe aviária, registrado no município de Montenegro (RS).

Além disso, o Kuwait reduziu as restrições do estado do Rio Grande do Sul ao município de Montenegro (RS).

Dessa forma os três que retiraram as restrições passam a integrar a lista dos agora 30 países que não apresentam restrições de exportação. A lista inclui importantes parceiros comerciais do Brasil como os Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Reino Unido e Argentina.

Outro importante parceiro comercial do Brasil no mercado de carne de frango, o Japão, ainda aplica restrições, mas apenas voltadas aos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO).

A China segue na lista de países que ainda aplicam a restrição total aos embarques da carne de frango brasileira. No ano passado, o país foi o principal destino da proteína, importando um volume de 562 mil toneladas.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Alternar vermífugos protege seu rebanho e evita prejuízos


Pecuaristas de todo o Brasil enfrentam um desafio constante no manejo sanitário: o controle eficaz das verminoses. Quer otimizar seu programa de vermifugação e proteger seu rebanho? Assista ao vídeo e veja as dicas do especialista!

E, segundo especialistas, um erro comum nas fazendas pode comprometer a saúde dos animais e causar prejuízos silenciosos: o uso repetido de vermífugos com o mesmo princípio ativo.

No programa Giro do Boi desta quarta-feira, 16 de julho, o médico-veterinário Lucas Borgmann, consultor da Vetoquinol Saúde Animal no Rio Grande do Sul, respondeu à dúvida do pecuarista Fábio Spegiorin, de Mirandópolis (SP).

Ele explicou que a rotação de princípios ativos é essencial para evitar que os parasitas se tornem resistentes aos medicamentos usados no rebanho.

Entenda os grupos de vermífugos e como alternar

Análise de fezes dos animais para identificação de vermes. Foto: ReproduçãoAnálise de fezes dos animais para identificação de vermes. Foto: Reprodução
Análise de fezes dos animais para identificação de vermes. Foto: Reprodução

De acordo com Borgmann, os vermífugos disponíveis no mercado brasileiro estão divididos em três grandes grupos de anti-helmínticos:

  • Imidazotiazóis (como o Levamisol)
  • Benzimidazóis (como o Albendazol)
  • Lactonas macrocíclicas (como Ivermectina, Doramectina, Moxidectina, Abamectina e Eprinomectina)

Alternar os produtos dentro do mesmo grupo não resolve. Por exemplo, usar Ivermectina e depois Doramectina não impede a resistência, pois ambos pertencem ao grupo das lactonas macrocíclicas. É preciso trocar de grupo para que o organismo do parasita não se adapte ao tratamento.

Recria: fase crítica exige atenção redobrada

Bovino em fase de recria no pasto. Foto: ReproduçãoBovino em fase de recria no pasto. Foto: Reprodução
Bovino em fase de recria no pasto. Foto: Reprodução

A fase de recria é a mais crítica no controle de vermes, pois os animais estão mais susceptíveis a infestações. Por isso, o especialista recomenda pelo menos quatro vermifugações por ano nessa categoria.

Uma das estratégias sugeridas por Borgmann é o modelo “três para um”:

  • Três manejos com moléculas do mesmo grupo (por exemplo, lactonas macrocíclicas)
  • O quarto manejo com produto de outro grupo (por exemplo, um imidazotiazol)

Essa rotação inteligente diminui a pressão de seleção sobre os parasitas, evitando a perda de eficácia dos medicamentos com o passar do tempo.

Planejamento sanitário faz toda a diferença

Peões durante vermifugação do gado. Foto: ReproduçãoPeões durante vermifugação do gado. Foto: Reprodução
Peões durante vermifugação do gado. Foto: Reprodução

Um bom planejamento de vermifugação é peça-chave para manter a saúde e o desempenho do rebanho.

O uso incorreto de vermífugos pode até parecer eficiente no início, mas a longo prazo abre espaço para falhas no controle sanitário e impacto na produtividade.

Manter o rebanho saudável exige mais que aplicar medicamentos. É preciso inteligência no manejo, observação de sintomas, apoio técnico e, acima de tudo, estratégia.

Alternar os princípios ativos de vermífugos é uma prática simples, mas que pode evitar grandes prejuízos lá na frente.

A saúde do rebanho começa no manejo consciente. Evite a resistência, preserve a eficácia dos produtos e colha os resultados no campo.



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Fiscalização doa 3,2 toneladas de carne bovina de rebanho sem origem comprovada



Onze instituições e entidades beneficentes de Alegrete, Cruz Alta e São Gabriel, todas no Rio Grande do Sul, receberam 3,26 toneladas de carne bovina desossada nesta quarta-feira (16).

A doação foi feita por servidores agropecuários do estado em ação oriunda de abate sanitário com inspeção de 44 animais sem origem comprovada apreendidos durante atividade de fiscalização.

Seis entidades de Alegrete foram beneficiadas com 1.900 quilos de carne: três instituições de longa permanência para idosos, o Hospital da Santa Casa, a APAE e uma moradia transitória.

Em São Gabriel, três entidades receberam a doação de 960 quilos: a Santa Casa e duas instituições de longa permanência para idosos. O Hospital de Cruz Alta e uma instituição de longa permanência para idosos do município foram beneficiados com 400 quilos.

A apreensão dos animais foi realizada no dia 24 de junho, em propriedade rural do município de Quaraí. Esta etapa da ação e o carregamento dos bovinos teve apoio da Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Alegrete.

A fiscal estadual agropecuária Camila Mario Brites, de Alegrete, ressalta a importância desta ação como medida de defesa sanitária que minimiza riscos e preserva a rastreabilidade e biosseguridade do rebanho.

“A apreensão e o abate sanitário destes animais, além de garantirem a sanidade do rebanho gaúcho, geram doações para entidades assistenciais e promovem a segurança alimentar de pessoas em situação de vulnerabilidade”, comenta o vice-presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), Giuliano Suzin.



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Governo do RS anuncia R$ 150 mi para apoiar prorrogação de dívidas de produtores



O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se reuniu com a diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) nesta quarta-feira (16) e anunciou um novo aporte de R$ 150 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) para viabilizar a prorrogação de dívidas de crédito rural contratadas junto ao Banrisul e não contempladas pela recente resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN).

A medida tem como propósito garantir que produtores de municípios com decreto de emergência ou calamidade durante o período das enchentes de 2024 possam renegociar operações de crédito rural com vencimento em 2025.

O montante busca assegurar a retomada da atividade produtiva no campo, especialmente entre os agricultores familiares e os produtores de pequeno e médio porte.

“Estamos falando de um investimento público que busca dar fôlego aos produtores, proteger empregos e garantir a continuidade da produção. O estado está fazendo a sua parte para complementar as medidas federais e atender quem ficou de fora da cobertura original”, afirmou o governador.

Modelo de prorrogação

A projeção é de que o apoio viabilize a prorrogação de até R$ 3,04 bilhões em crédito rural, com manutenção dos juros contratuais e pagamento escalonado a partir de 2026.

O modelo foi desenvolvido em parceria com o Banrisul e inclui metodologia técnica para comprovação de perdas, com base em índices climáticos padronizados, dispensando a apresentação de laudos individuais.



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Peru, Jordânia e Hong Kong retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira


Nesta terça-feira (15), Peru, Jordânia e Hong Kong retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado no município de Montenegro (RS). 

Além disso, o Kuwait reduziu as restrições do estado do Rio Grande do Sul ao município de Montenegro (RS).  

A situação atual das restrições das exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte: 

Sem restrição de exportação: África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Jordânia, Hong Kong, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, República Dominicana, Reino Unido, Singapura, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã. 

Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Timor-Leste, União Europeia. 

Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Namíbia, Omã, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia. 

Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar e Kuwait 

Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão 

Suspensão limitada à zona: Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC). 

 





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Desencorajado, produtor brasileiro reduz área plantada com trigo


A safra de trigo plantada em 2025 no Brasil será marcada por uma retração expressiva na área plantada, reflexo direto da perda de confiança do produtor diante de um cenário comercial e climático adverso. A estimativa mais recente aponta uma redução de 23,3%, com 2,259 milhões de hectares cultivados — 688 mil a menos que no ciclo anterior (2,947 milhões).

O movimento de retração é generalizado e atinge os principais polos produtivos. No Paraná, a queda na área chega a 25,7%; no Rio Grande do Sul, 22,7%; em Santa Catarina, 20%; Minas Gerais e São Paulo também apontam quedas superiores a 22%. Apenas a Bahia, onde predomina o cultivo irrigado, apresentou avanço, embora modesto (+4,2%) e sobre uma base ainda pequena.

A redução da área brasileira de trigo decorre de um conjunto de fatores. No campo, os impactos climáticos da temporada passada — com perdas severas em diversas regiões — e o excesso de chuvas no momento do plantio geraram atrasos e, em alguns casos, inviabilizaram o cultivo. A ocorrência de geadas no Paraná no ano passado, além de comprometer lavouras, acentuou o receio do produtor quanto à viabilidade da cultura.

Culturas de inverno concorrentes, como milho safrinha e sorgo, têm oferecido maior liquidez, menor risco e melhor retorno na composição da rentabilidade da propriedade — especialmente considerando os efeitos sobre a produtividade da soja em sucessão.

Em regiões onde não há concorrência com culturas de segunda safra, muitos produtores optaram por culturas de cobertura, visando aproveitar a melhor janela para o plantio da soja. Outros devem entrar com milho de verão, pensando em uma segunda safra de soja.

No plano econômico, o desestímulo é evidente. Os preços internos recuaram, os custos seguem elevados e as margens estão comprimidas. Mesmo com a baixa oferta no mercado interno, os moinhos encontram no trigo importado uma alternativa competitiva, favorecida por preços internacionais em queda e pela valorização recente do real. Muitos produtores, reticentes quanto à viabilidade do plantio, adiaram a decisão e, diante do achatamento das cotações, acabaram optando por não investir no cereal de inverno.

A falta de seguro rural acessível e efetivo agrava o problema. Em uma cultura marcada por riscos climáticos elevados — como geadas, excesso de chuvas e estiagens —, a ausência de mecanismos de proteção contra perdas limita o interesse tanto do produtor quanto do financiador. Sem cobertura adequada, o risco da operação recai integralmente sobre o produtor, o que reforça o comportamento defensivo diante das incertezas.

Soma-se a isso a dificuldade de acesso ao crédito e o impacto dos juros elevados. A restrição do crédito rural foi um dos principais limitadores da triticultura, especialmente para o cultivo de sequeiro (Sul e Sudeste), onde o financiamento é essencial para viabilizar uma cultura de risco climático elevado e retorno incerto.

Com margens cada vez mais pressionadas, o trigo exige planejamento técnico e financeiro rigoroso. O problema é que, após sucessivos choques climáticos e preços baixos, muitos produtores — especialmente os de pequeno e médio porte — encontram-se descapitalizados.

Sem caixa e com dificuldade de apresentar garantias, ficaram fora das linhas oficiais de crédito. A situação é ainda mais crítica no Rio Grande do Sul, onde as perdas com a soja na safra de verão comprometeram a capacidade de pagamento, restringindo ainda mais o acesso a novos recursos.

No mercado privado, as alternativas também encolheram. Com juros altos e aumento da inadimplência, bancos e tradings adotaram uma postura mais seletiva e conservadora. Para muitos produtores, isso significou a opção por reduzir a área plantada, abrir mão de tecnologia ou até abandonar temporariamente a cultura.

A produção nacional, já ajustada aos danos causados pelas intempéries climáticas (até o momento), está projetada em 7,105 milhões de toneladas, retração de 8,6% frente à safra anterior (7,77 milhões). A queda foi parcialmente compensada pelo ganho de produtividade média (+19,3%), estimada em 3.145 kg/ha, com destaque para estados que haviam sofrido perdas no ciclo anterior, como Minas Gerais (+62,6%) e Paraná (+52,6%).

Apesar disso, a oferta interna continuará limitada. O Rio Grande do Sul deverá colher 3 milhões de toneladas (queda de 24,1%) e o Paraná, 2,7 milhões (alta de 13,4%) — volume ainda insuficiente para abastecer os moinhos locais, cuja moagem gira em torno de 3,850 milhões de toneladas, o que obrigará o estado a buscar trigo em outras regiões ou no mercado externo.

Em síntese, a retração da área plantada com trigo em 2025/26 reflete um ciclo de desconfiança do produtor, desestímulo financeiro e riscos climáticos acumulados. Mesmo com ganhos de produtividade pontuais, a menor escala da safra compromete a segurança da oferta e mantém o país estruturalmente dependente das importações.

O mercado segue atento à evolução climática e à resposta do produtor diante de uma conjuntura que exige crédito acessível, proteção contra perdas e maior previsibilidade de receita para garantir o mínimo de estabilidade à triticultura brasileira.

Diante de tanta incerteza, o Cerrado brasileiro pode ser um bom exemplo, onde a indústria e o campo estão buscando uma aproximação para a viabilização da cultura. Ao produtor, o trigo é uma alternativa de renda. Aos moinhos, a garantia de produto de qualidade.

Élcio Bento, especialista em trigo da Safras & Mercado

*Élcio Bento é especialista em trigo graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Faz parte da divisão de especialistas de Safras & Mercado há mais de 20 anos


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