domingo, julho 27, 2025

Autor: Redação

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Nova forrageira da Embrapa combate nematoides e salva a produtividade do pasto


Pecuaristas, o agronegócio brasileiro enfrenta prejuízos anuais que podem ultrapassar a marca de R$ 35 bilhões devido aos nematoides, parasitas que afetam diversas culturas e, especialmente, as pastagens. No entanto, uma nova forrageira é capaz de minimar essas perdas. Assista ao vídeo abaixo.

A Embrapa Pecuária Sudeste desenvolveu uma solução promissora para esse problema: a cultivar BRS Guatã, uma nova variedade de feijão-guandu (Cajanus cajan) que se destaca por suas múltiplas funcionalidades.

Nesta quarta-feira (23), Frederico Pina da Matta, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, detalhou os benefícios do BRS Guatã durante a Dinapec 2025, em Campo Grande (MS).

Ele explicou como essa leguminosa rica em proteína não só auxilia na alimentação do gado, mas também combate eficientemente os nematoides e contribui para a recuperação de áreas de pasto degradadas.

BRS Guatã: o poder antinematóide

Enraizamento do Feijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária SudesteEnraizamento do Feijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Enraizamento do Feijão-guandu – BRS Guatã – Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

A BRS Guatã é uma cultivar especial com duplo propósito. Além de suas já conhecidas funções como forrageira e auxiliar na recuperação de pastagens, ela se destaca por sua notável capacidade de reduzir a população de quatro nematoides específicos: Pratylenchus brachyurus, Pratylenchus zeae, Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita.

Quando presentes, esses nematoides se alojam no sistema radicular das plantas, causando deformações que impedem a absorção adequada de nutrientes e água, o que leva a perdas significativas de produtividade e, em casos extremos, à perda total da lavoura.

A BRS Guatã atua como uma ferramenta estratégica no manejo integrado de doenças. Quando plantada solteira no solo, ela não serve como hospedeiro nem alimento para esses nematoides.

Por inanição, os parasitas acabam morrendo ou têm sua reprodução drasticamente reduzida. Isso faz com que a população desses nematoides diminua significativamente, preparando o solo para futuras culturas que possam ser menos suscetíveis e, assim, reduzindo consideravelmente os prejuízos econômicos para o produtor rural.

Recuperação de pastagens e alimentação na seca

Feijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária SudesteFeijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Feijão-guandu – BRS Guatã – Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

Além do controle de nematoides, a forrageira BRS Guatã oferece importantes benefícios para a pecuária, tornando-se uma aliada valiosa para a sustentabilidade e produtividade da propriedade:

  • Recuperação de pastagens degradadas: A leguminosa auxilia de forma eficaz na revitalização de áreas de pasto que estão comprometidas, melhorando a estrutura e fertilidade do solo.
  • Alimento proteico na seca: Por ser rica em proteína (com teores entre 13% e 18% na fase reprodutiva e 18% a 20% no período vegetativo) e, especialmente, por sua tolerância à seca, o guandu se torna uma alternativa estratégica para a alimentação do gado no período de estiagem, quando a qualidade e a disponibilidade do capim diminuem drasticamente.
  • Biodescompactação e aporte de biomassa: Suas raízes profundas contribuem para a descompactação do solo, melhorando a aeração e a infiltração de água. Além disso, a produção de matéria seca (que pode chegar a 15 toneladas por hectare) e o aporte de nitrogênio (até 380 kg/ha) enriquecem o sistema, beneficiando as pastagens e culturas subsequentes.

Estudos realizados pela Embrapa demonstram que a consorciação de capins tropicais com guandu aumenta o ganho de peso dos animais, reduz o tempo até o abate e eleva o ganho de peso por hectare.

Um exemplo é o caso de novilhas nelore em pastejo de braquiária consorciada com guandu, que apresentaram melhor desempenho e permitiram maior lotação animal, sem a necessidade de suplementação proteica mineral, que é uma prática comum e onerosa durante o período seco.

Manejo e versatilidade

Feijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária SudesteFeijão-guandu - BRS Guatã - Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Feijão-guandu – BRS Guatã – Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

A implantação da BRS Guatã representa um pacote tecnológico completo, adaptável a diferentes objetivos do pecuarista.

Ao utilizá-la como forrageira, ela pode ser plantada consorciada com a gramínea existente na pastagem. Contudo, se o objetivo principal for o controle de nematoides, é recomendado o plantio solteiro para maximizar sua ação.

Uma característica interessante do guandu é que ele não é muito preferido pelos animais em seu período juvenil (época das águas), mas sua palatabilidade aumenta significativamente na fase reprodutiva (meio da seca), quando o capim já está seco e com menor valor nutricional.

Isso garante que os animais consumam o guandu exatamente quando mais precisam de uma fonte de proteína de qualidade.

A BRS Guatã oferece grande versatilidade no manejo: pode ser utilizada para pastejo direto ou cortada e fornecida no cocho, substituindo parte do proteinado.

Essa leguminosa, além de seus benefícios diretos na pecuária (como alimento e controle de pragas), contribui para a construção de sistemas produtivos mais sustentáveis, alinhados com as metas de baixo carbono e de preservação ambiental.



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Taxação dos EUA agrava crise de produtores de laranja da Sealba



Da alta valorização à queda de preços e prejuízos para os produtores de laranja. A variação no mercado citrícola brasileiro tem acumulado perdas, com o apodrecimento de toneladas de laranjas produzidas na região conhecida como Sealba, que abrange partes dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia.

Vídeos e fotos obtidos pelo Canal Rural Bahia mostram cargas inteiras de laranjas sendo descartadas na região de Rio Real, município que lidera a produção da fruta na Bahia.

De acordo com o tesoureiro da Associação de Desenvolvimento Tecnológico Citrícola do Nordeste (ADTCN), Fernando Braz, há também filas nas fábricas que processam a laranja, localizadas em Estância, em Sergipe.

A longa espera para o escoamento da produção também interfere na qualidade do produto, aumentando o volume de descarte.

Segundo a entidade, o problema — que já ocorria há alguns meses, devido à alta exigência de Brix (indicador da maturação da fruta; quanto maior, mais doce) e do Ratio (índice que mede a relação entre sólidos solúveis, como os açúcares, e a acidez da laranja) — se agravou com o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a taxação de 50% para produtos brasileiros. Com isso, indústrias produtoras de suco recuaram nos pedidos.

“Estamos enfrentando um problema muito grave, muito sério. As indústrias não estão moendo a laranja. Já vínhamos com esse problema, segurando muito tempo para moer, exigindo um Brix muito alto e um Ratio muito baixo. O Ratio é o amargor do suco, da fruta. Muitos produtores ficaram com a laranja esperando para moer mais tarde, e agora, com a taxação de 50% dos Estados Unidos, a situação piorou ainda mais”, explicou.

De acordo com Fernando, as indústrias estão operando com metade da capacidade, o que aumenta ainda mais as filas.

“Há muita laranja estragando nos caminhões, nas filas, muita laranja na roça caindo e isso vem prejudicando muito a nossa região”, disse Braz.

Como alternativa, os produtores de laranja, representados pela entidade, sugerem aos governos da Bahia e Sergipe e a abertura de uma Câmara Setorial da Citricultura.

“Uma das possibilidades seria o governo da Bahia, o governo de Sergipe atuar nisso, atuar de uma forma diferente, conseguindo novos caminhos, novas oportunidades de venda do suco, novas exportações, para que países que ainda não consomem o suco possam importar e tirar essa fila que nós temos”, finalizou.

A reportagem tentou contato com as secretaria de agricultura da Bahia e Sergipe, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue agerto para atualizações.

Impacto em cadeia

As importadoras de suco de laranja Johanna Foods e Johanna Beverage Company entraram com um pedido de alívio emergencial junto ao Tribunal de Comércio Internacional (CIT, na sigla em inglês) dos EUA contra a tarifa de 50% ao Brasil.

Trata-se de uma nova ofensiva do grupo para tentar conter a taxação ao país, responsável por mais da metade de todo o suco de laranja vendido nos EUA.

O pedido foi protocolado na terça-feira (23) conforme documento obtido pelo Estadão/Broadcast. 


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AgroNewsPolítica & Agro

Kuwait, Bahrein, Albânia e Turquia retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira


Kuwait, Bahrein, Albânia e Turquia também retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado no município de Montenegro (RS).

A situação atual das restrições das exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte:

Sem restrição de exportação: África do Sul, Albânia, Argélia, Argentina, Bahrein, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Hong Kong, Índia, Iraque, Jordânia, Kuwait, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, República Dominicana, Reino Unido, Singapura, Sri Lanka, Turquia, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Timor-Leste, União Europeia.

Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Namíbia, Omã, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Ucrânia.

Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar

Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão

Suspensão limitada à zona: Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC).

 





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Alíquota de 50% imposta pelos EUA é ‘tiro no pé’, alertam economistas



A partir de 1º de agosto, os Estados Unidos passarão a aplicar uma alíquota de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, incide sobre itens como carne bovina, café, suco de laranja, frutas tropicais, aço e celulose — e afeta diretamente as cadeias do agronegócio nacional.

Segundo dados do ComexStat, os EUA foram o segundo maior destino das exportações brasileiras no primeiro semestre de 2025, respondendo por 12,1% do total. Economistas avaliam que, embora o impacto direto no PIB nacional seja moderado, a decisão americana pode provocar efeitos inflacionários dentro dos próprios Estados Unidos e obrigar o Brasil a reavaliar sua dependência comercial.

Para a economista Carla Beni, professora de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV), o termo técnico da medida importa: “Não se trata de uma tarifa, mas de uma alíquota sobre importação. E quem paga essa conta são os próprios americanos, não o produtor brasileiro”. Ela destaca que a alta nos preços dos alimentos pode pressionar o poder de compra da população e gerar instabilidade econômica nos EUA.

O doutor em economia pela FEA-USP e ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Associação Brasileira de Bancos, Roberto Luis Troster vai além. Para ele, a medida é um “tiro no pé” da economia americana.

“Essas alíquotas penalizam os próprios EUA. Elas reduzem a competitividade das empresas locais que usam insumos do Brasil e aumentam o custo de vida da população.”

“Essa alíquota é um modelo ultrapassado de substituição de importações. Os EUA não têm capacidade de suprir internamente sua demanda por produtos como café ou suco de laranja no curto prazo. Resultado: preços sobem, a inflação aumenta, e o Federal Reserve (FED) pode ser forçado a rever sua política de juros”, afirma Troster.

Produtos agropecuários entre os mais afetados

Entre os produtos mais impactados pela medida estão os do setor agropecuário — especialmente carne bovina de dianteiro (usada na produção de hambúrgueres), café não torrado, sucos de frutas, celulose e couro.

Exportações brasileiras do agro aos EUA – 2025 (ComexStat):
Os dados a seguir mostram a participação de cada produto agropecuário no total das exportações brasileiras com destino aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2025:

  • Café não torrado – 5,8%
  • Carne bovina fresca/refrigerada – 4,0%
  • Sucos de frutas ou vegetais – 3,7%
  • Celulose – 3,6%
  • Açúcares e melaços – 0,7%
  • Couro e derivados – até 0,6%

Com o anúncio da medida, frigoríficos em Goiás e Mato Grosso do Sul suspenderam o abate de bovinos com destino ao mercado americano. “Em algumas cadeias pode haver excesso de oferta no mercado interno, o que tende a reduzir pontualmente os preços para o consumidor brasileiro”, avalia Carla.

Enquanto frigoríficos brasileiros interrompem os abates destinados aos EUA com embarques previstos para agosto, os americanos adotaram a estratégia oposta: anteciparam as compras para garantir o abastecimento antes da entrada em vigor da alíquota.

De janeiro a junho de 2025, as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA cresceram 112% em valor (US$ 1,287 bilhão) e 85% em volume (411,7 mil toneladas), em comparação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Datamar News e do Beef Central.

“A antecipação mostra que os americanos tentam reduzir os impactos da alíquota no consumo interno. Mas é uma solução temporária. A pressão sobre estoques, especialmente de alimentos, vai crescer”, afirma Carla.

Empresas americanas pressionam contra a alíquota

Empresas dos EUA também têm se mobilizado contra a medida. Segundo a Bloomberg, uma distribuidora de suco de laranja estima que seus custos com o produto não processado do Brasil subirão US$ 68 milhões ao ano, com repasse de até 25% ao consumidor final no varejo.

“Trump acredita que pode forçar a reindustrialização interna. Mas o tempo de resposta agrícola não acompanha isso. Um pé de café, por exemplo, leva anos para produzir. Até lá, o mercado sofre — e o consumidor também”, aponta Troster.

Impactos no Brasil e caminhos possíveis

Apesar da reação setorial, Troster pondera que as exportações brasileiras aos EUA representam menos de 2% do PIB. “Não há risco de recessão. Os efeitos devem ser localizados.” Carla complementa: “Pode haver impactos nos preços, mas o mercado tende a se ajustar.”

Para ambos os economistas, o episódio reforça a urgência de uma política comercial mais multilateral. “O Brasil precisa reduzir a dependência de um único parceiro e ampliar relações com União Europeia, Mercosul, China e Oriente Médio”, diz Carla.

“O mundo está se reconfigurando. A influência americana diminui enquanto novos centros de poder se firmam. É hora de negociar em blocos”, afirma Troster. Eles também destacam que Trump já recuou em decisões semelhantes no passado, e que a pressão de grandes empresas pode forçar uma revisão da alíquota.



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Presidente da Aprosoja Tocantins comenta PL que confronta a moratória da soja no estado



Um passo importante foi dado para os produtores de soja do Tocantins com a aprovação, pelo governo do estado, de um projeto de lei proposto pela Assembleia Legislativa que busca garantir a segurança jurídica no setor e proteger os produtores contra sanções privadas consideradas abusivas com a legislação brasileira.

A medida foi criada como resposta à Moratória da Soja, um acordo firmado entre empresas e ONGs que proíbe a compra de soja cultivada em áreas desmatadas após 2008, mesmo quando há conformidade.

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O Soja Brasil conversou com a presidente da Aprosoja Tocantins, Caroline Schneider, que destaca a relevância da notícia para os produtores do estado. Ela afirmou que essa é uma notícia muito importante para os produtores do Tocantins. Um projeto de lei da Assembleia Legislativa foi sancionado pelo governo do estado, o projeto contra a Moratória da Soja.

”Incentivamos que as empresas não percam incentivos fiscais, desde que respeitem a nossa legislação, o Código Florestal, a soberania nacional, o livre comércio e a livre concorrência. O projeto traz cada vez mais segurança jurídica para quem deseja produzir, respeitando as leis ambientais e federais vigentes no Brasil”, pontuou Caroline.

O projeto foi debatido em reunião com o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que declarou apoio irrestrito à proposta. Segundo o texto, apenas empresas que respeitarem os marcos legais nacionais, especialmente os ligados à agropecuária, terão acesso a incentivos fiscais concedidos pelo Estado.

Enquanto o debate avança no Tocantins, produtores no Pará também vêm se mobilizando. Eles pedem reparação por perdas econômicas causadas por restrições similares. O movimento indica uma reação coordenada do setor produtivo na Amazônia Legal, que exige maior respaldo institucional frente a decisões tomadas fora do âmbito legislativo brasileiro.



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Mais de 11 milhões de chaves Pix foram vazadas, informa CNJ



Mais de 11 milhões de chaves Pix tiveram dados cadastrais vazados, comunicou na noite desta quarta-feira (23) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O incidente ocorreu no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), que conecta juízes e o Banco Central (BC).

Tanto o CNJ como o BC informaram que foram acessados de forma indevida dados de 11.003.398 chaves Pix. As informações cadastrais expostas foram as seguintes:

  • Nome da pessoa;
  • Chave Pix;
  • Nome do banco;
  • Número da agência;
  • Número da conta.

Segundo o CNJ, o problema ocorreu no domingo (20) e na segunda-feira (21) e foi prontamente corrigido.

O CNJ e o BC reiteraram que não foram expostos dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário.

De acordo com os dois órgãos, as informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras.

O Sisbajud é uma ferramenta eletrônica que permite aos juízes pedir informações financeiras e bloquear ativos de devedores. O sistema substitui o antigo BacenJud e facilita a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro para o cumprimento de ordens judiciais.

Canal de consulta

O CNJ informou que oferecerá, em breve, uma ferramenta exclusiva para o cidadão consultar se foi afetado pela exposição de dados. A divulgação desse canal ocorrerá no site do CNJ.

Esse será o único meio de comunicação às pessoas afetas. O CNJ ressaltou que não contatará as vítimas por mensagens, SMS, e-mail ou chamadas telefônicas.

O BC, por sua vez, informou ter adotado as ações necessárias para a apuração detalhada do caso. O órgão ressaltou que o incidente tem baixo impacto potencial para os usuários e que a comunicação não é exigida pela legislação. No entanto, a autarquia decidiu divulgar a ocorrência por causa do princípio de transparência.

Em breve, o BC também detalhará a ocorrência na página específica em seu site destinada a comunicar todas as exposições e vazamentos de dados desde a criação do Pix.



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Resíduos na carne: veterinário alerta sobre carência de medicamentos no rebanho


Antiparasitários e antimicrobianos, em particular, possuem um período de carência que deve ser rigorosamente respeitado. Esse alerta está sendo amplamente reforçado pela indústria e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). Assista ao vídeo abaixo e entenda melhor este desafio.

Nesta sexta-feira (18), o programa Giro do Boi entrevistou o médico-veterinário Carlos Oliveira, especialista corporativo em Saúde e Bem-Estar Animal na Friboi.

Ele destacou a importância das boas práticas de produção e da administração correta dos produtos veterinários para garantir a qualidade e segurança do produto final que chega à mesa do consumidor.

Período de carência: fundamental para a qualidade e segurança

Foto: Wenderson Araujo/CNA

O período de carência é o tempo necessário para que um medicamento veterinário seja completamente eliminado do organismo do animal após o término do tratamento. Respeitar esse período é crucial por diversas razões:

  • Qualidade do produto: Garante que possíveis resíduos de medicamentos não permaneçam no músculo do animal, assegurando uma carne segura e de alta qualidade para o consumo.
  • Saúde do consumidor: Protege a saúde pública, prevenindo a ingestão de resíduos que podem ser prejudiciais.
  • Acesso a mercados: O cumprimento rigoroso das normas sanitárias nacionais e internacionais é vital para manter e expandir o acesso a diversos mercados consumidores, evitando barreiras comerciais.

As boas práticas de produção, que incluem a administração correta de produtos veterinários, são um conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidos à risca para assegurar a qualidade e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva da carne.

Boas práticas na administração de medicamentos

Foto: Canva

Para administrar produtos veterinários de forma consciente e segura, os pecuaristas devem adotar as seguintes medidas:

  • Treinamento da equipe: É essencial orientar os funcionários sobre como interpretar corretamente as informações contidas na bula dos medicamentos, especialmente o período de carência. Explique a importância de usar a dose recomendada, cumprir o tratamento conforme prescrito pelo veterinário e evitar aplicações indiscriminadas.
  • Compra consciente: Adquira somente produtos que estejam devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), garantindo a procedência e a qualidade.
  • Identificação e registro: Anote no frasco, de forma visível, o período de carência de cada medicamento utilizado. Além disso, identifique e registre claramente todos os animais tratados, mantendo um histórico detalhado.
  • Carta de garantia do produtor: Preencha e assine esse documento com total responsabilidade, declarando que todas as normas e procedimentos foram rigorosamente cumpridos na sua propriedade.

Atenção no embarque e uso racional de antiparasitários

Foto: Canva

É fundamental conferir se o período de carência de cada animal foi integralmente cumprido antes do embarque para o abate.

Os animais só podem ser comercializados e encaminhados ao frigorífico após o cumprimento total desse período. Evite embarcar animais adquiridos de terceiros recentemente antes que eles tenham permanecido em sua propriedade por, no mínimo, quatro meses.

O uso racional de antiparasitários na pecuária tem três objetivos principais:

  • Promover a saúde dos animais e, consequentemente, aumentar a rentabilidade da produção.
  • Reduzir a contaminação do ambiente por resíduos de produtos químicos.
  • Evitar a presença de resíduos nos produtos destinados ao consumo humano, garantindo a segurança alimentar.

Checklist para evitar a resistência parasitária

Foto: Reprodução/Giro do Boi

Para aumentar a eficácia dos produtos e evitar o surgimento e a disseminação da resistência parasitária, siga alguns cuidados práticos essenciais:

  • Determinar corretamente o peso dos animais: Pesar os animais de forma precisa evita tanto a subdosagem (que pode não ser eficaz) quanto a superdosagem (que pode gerar mais resíduos e custos desnecessários), otimizando o tratamento.
  • Realizar o tratamento estratégico: Adeque o esquema de tratamento às condições climáticas da região. Tratamentos realizados na seca, por exemplo, tendem a ser mais eficazes devido à menor reinfestação dos parasitas.
  • Tratar animais jovens: Os animais mais jovens sofrem mais com verminoses e respondem com ganhos de peso expressivos quando tratados de forma estratégica.
  • Acompanhar a eficácia: Realize exames de fezes para quantificar a carga de ovos de vermes e monitore a eficiência dos vermífugos utilizados.
  • Manejar a lotação animal: Evite a superpopulação nos piquetes para reduzir a taxa de contaminação por larvas de parasitas.
  • Evitar o surgimento de resistência: Respeite o intervalo correto de utilização dos medicamentos e sempre pese os animais. A rotação e associação de princípios ativos devem ser feitas exclusivamente sob supervisão veterinária.
  • Cuidado com animais adquiridos: Ao introduzir novos animais no plantel, realize um exame parasitológico prévio para evitar a introdução de cepas resistentes de parasitas na sua propriedade.

Em unidades de confinamento e terminação a pasto, o respeito aos períodos de carência é de vital importância para a qualidade do produto final e para o cumprimento das normas sanitárias.

O comprometimento do produtor garante que a qualidade da carne esteja, literalmente, em suas mãos, de ponta a ponta da cadeia produtiva. Clique aqui e entenda melhor as boas práticas com os bovinos de corte com um e-book exclusivo.



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tarifa de Trump acentua queda de preço no mercado físico


O cenário delimitado no mercado físico do boi gordo no início de julho já apontava para queda dos preços, no entanto, esse movimento perdia intensidade, respeitando o piso dos R$ 300 por arroba (@) no físico paulista como grande ponto de suporte. O aumento das tarifas imposta pelos Estados Unidos (50% sobre todos os produtos brasileiros), que reduziu substancialmente a competitividade brasileira no mercado internacional resultou em intensificação do movimento de queda – o piso de R$ 300/@ no físico e no mercado futuro foi perdido, com os preços alcançando as mínimas no ano.

O cenário para os pecuaristas é desafiador, ilustrando com clareza a necessidade de adoção de ferramentas modernas de gestão de risco. O hedge deixa de ser opcional diante de um mercado cada vez mais dinâmico. O fato é que o mercado futuro ofereceu ótimas oportunidades de travamento ao longo do ano, em especial no mês de abril, quando o vencimento outubro superou a marca de R$ 350/@.

Vaiação do preço do boi gordo em reais ao longo do tempo. Fonte: Safras & Mercado

No mercado físico, o movimento de queda durante a semana passada aconteceu de maneira acelerada e generalizada, com movimento contundente de queda em todo o país. Estados como São Paulo, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás apresentaram importante recuo das cotações, como ilustrado no gráfico abaixo. A boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo dificulta a retenção por parte do pecuarista, além disso, se evidencia novamente boa participação das fêmeas no abate, característica marcante da atual temporada.

Sob o prisma da indústria os prejuízos em relação ao embargo são relevantes, de acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), são aproximadamente 30 mil toneladas já processadas e preparadas para o embarque que estão paradas, os contratos estão em risco de não serem cumpridos, em termos de receita as perdas podem representar em torno de US$ 160 milhões.

A indústria segue buscando alternativas para redirecionar esse produto para outros destinos, o que não é necessariamente simples, diante das especificações exigidas pelos norte-americanos, de qualquer forma o país busca ampliar suas vendas para a Ásia em meio à crise na relação comercial entre Estados Unidos e Brasil. O quadro de momento aponta para o recrudescimento da tensão entre os países, considerando os recentes eventos políticos. A dissonância política entre os países fica evidente a cada declaração. Desta forma parece improvável que haja uma remoção das tarifas.

As tentativas de incluir determinados produtos em uma lista de exceções segue em curso, com negociações encabeçadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e lideranças industriais. Produtos como café, carne bovina e suco de laranja podem ser beneficiados nesse movimento, no entanto, esse acordo fica mais improvável com os eventos recentes.

Para o mercado do boi gordo o quadro traçado, ao menos no curtíssimo prazo, é de continuidade do movimento de queda, com o provável ponto de mínima em São Paulo ao nível de R$ 285/@. O mercado vai assimilar as mudanças em torno das exportações. O que também acelerou o movimento foi o cenário traçado para o atacado, com importante queda dos preços em todos os cortes, com osso e sem osso.

Para o último quadrimestre o mais provável é que haja recuperação dos preços da arroba do boi gordo, considerando dois elementos básicos nessa análise. O primeiro é o auge da demanda no mercado doméstico, com maior circulação de dinheiro com o décimo terceiro salário, criação de postos temporários de emprego, demais bonificações e confraternizações. O segundo aspecto está na perspectiva de abertura de novos mercados, e manutenção de um forte ritmo de embarques.

De qualquer forma, a perspectiva de altas mais agressivas da arroba do boi gordo parece improváveis no atual ambiente. Para o pecuarista, o ano corrente deixa a lição que proteger ao menos uma parcela das arrobas que serão entregues é imprescindível para conseguir boas margens e ter longevidade dentro de um mercado cada vez mais exigente.

*Fernando Henrique Iglesias é coordenador do departamento de Análise de Safras & Mercado, com especialidade no setor de carnes (boi, frango e suíno)


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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AgroNewsPolítica & Agro

Mato Grosso do Sul movimenta mais soja e milho segue no mercado interno



Porto de Paranaguá lidera escoamento da soja de Mato Grosso do Sul




Foto: Sheila Flores

A movimentação do mercado de fretes rodoviários agrícolas em Mato Grosso do Sul apresentou aumento nos preços durante o mês de junho. A análise consta da edição de julho do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta quarta-feira (23).

A retração nas cotações da soja nas últimas semanas tem levado os produtores a adotarem uma postura mais cautelosa, com vendas graduais da safra. No entanto, as expectativas de valorização do óleo de soja contribuíram para manter o interesse do mercado externo. Com isso, houve uma leve elevação nas exportações do produto no estado.

De acordo com a Conab, a colheita da segunda safra de milho avança com boas perspectivas, aumentando a demanda por transporte e pressionando os valores dos fretes. As operações logísticas voltadas à exportação, neste período, permaneceram concentradas na soja. “O milho, por sua vez, teve como principal destino o abastecimento de indústrias da região Sul do Brasil e a movimentação local para unidades de recebimento”, destaca o boletim.

Dados do Comex Stat, plataforma do Governo Federal para estatísticas de comércio exterior, indicam que 774,2 mil toneladas de soja foram movimentadas em junho, frente às 620,4 mil toneladas registradas em maio. Já o milho, no mesmo período, não teve exportações registradas, com a comercialização voltada exclusivamente ao mercado interno.

As principais rotas logísticas utilizadas para o escoamento da soja sul-mato-grossense em direção ao mercado externo foram os portos de Paranaguá (PR), Santos (SP), São Francisco do Sul (SC), Porto Murtinho (MS) e Rio Grande (RS).





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