quinta-feira, julho 24, 2025

Autor: Redação

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CNA estima perda de US$ 5,8 bi em exportações do agro aos EUA com tarifaço



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o agronegócio deixará de exportar US$ 5,8 bilhões aos EUA neste ano com a imposição da tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. A sobretaxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

A projeção da confederação considera uma queda de 48% nos embarques de produtos do agronegócio ao mercado norte-americano ante os US$ 12,1 bilhões comercializados em 2024.

O cálculo, informou a CNA em nota, considera a “elasticidade” das importações de bens nos Estados Unidos, com o impacto da alíquota de 50%.

“A elasticidade das importações de um país mede o quanto o volume importado reage a mudanças no preço dos produtos. Assumiu-se que o choque causado nas tarifas seria integralmente transmitido para os preços de importação. Ou seja, uma elevação de 50% nas tarifas elevaria em 50% os preços finais”, explicou a CNA na nota.

O indicador de elasticidade foi estimado com base nos dados de comércio dos EUA nos últimos cinco anos, explicou a CNA. Quanto menor o indicador, maior o impacto sobre as importações americanas.

De acordo com a confederação, a maior parte dos produtos agropecuários exportados para os Estados Unidos possui elasticidade menor que -1, indicando uma maior sensibilidade às variações de preço.

De acordo com o estudo da entidade, na aplicação da tarifa de 50%, as exportações brasileiras de suco de laranja, açúcares de beterraba, outros açúcares de cana e sacarose cairiam a zero.

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“Alguns produtos sofrerão mais impacto que outros, caso do suco de laranja, em que a tarifa se tornaria impeditiva para o produto brasileiro”, explicou a entidade.

Produtos como etanol e sebo de bovinos também devem ter quedas expressivas nas exportações aos EUA, com redução prevista em volume de, respectivamente, 71% e 50%.

Já os embarques de café não torrado e não descafeinado seriam os menos afetados, com redução prevista de 25% em volume.

“Enquanto isso, produtos como o café verde teriam um menor impacto relativo, devido à queda na oferta do grão no mercado internacional nos últimos anos, o que faz com que a capacidade de substituição seja mais rígida”, observa a confederação.

A venda de carne bovina e açúcar de cana têm impactos limitados previstos, com 33% em volume que deixariam de ser exportados.



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queda na novilha pressiona mercado em São Paulo



Mercado lento mantém boi China sem variação




Foto: Divulgação

O mercado do boi gordo registrou queda no preço da novilha em São Paulo nesta quarta-feira (23), segundo a análise “Tem Boi na Linha”, publicada pela Scot Consultoria. As negociações seguem em ritmo lento, com o escoamento da carne bovina ainda abaixo do esperado e uma oferta de animais suficiente para suprir a demanda.

“A cotação da novilha caiu R$ 1,00 por arroba, enquanto os preços do boi gordo e da vaca permaneceram estáveis”, aponta o levantamento. As escalas de abate no estado atendem, em média, a nove dias.

Em Mato Grosso do Sul, o cenário também é marcado por escoamento fraco e boa oferta de animais. A postura cautelosa adotada pelos frigoríficos resultou em recuos nas cotações em parte das praças pecuárias. Em Dourados, houve redução de R$ 3,00 por arroba para todas as categorias. Em Campo Grande, apenas a novilha apresentou recuo, de R$ 1,00 por arroba, enquanto as demais categorias mantiveram os valores. Já em Três Lagoas, os preços seguiram estáveis.

A cotação do “boi China”, animal abatido com até 30 meses e exigido para exportação ao país asiático, também não apresentou variações nesta quarta-feira.

No Paraná, a oferta elevada de animais pressionou o mercado. A geada recente reduziu a qualidade das pastagens, o que incentivou maior volume de negociação por parte dos pecuaristas. Ainda assim, os preços permaneceram inalterados em todas as categorias.

No Rio de Janeiro, o cenário foi semelhante. O mercado apresentou estabilidade, sem mudanças nas cotações para boi gordo, vaca ou novilha.





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Governo cria plano para socorrer setores atingidos por tarifaço de Trump



As áreas técnicas da equipe econômica e do Ministério das Relações Exteriores concluíram o desenho do plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pela imposição de tarifas de 50% pelos EUA, revelou nesta quarta-feira (23) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As medidas serão levadas na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A área técnica dos três ministérios envolvidos [Fazenda, Indústria e Relações Exteriores] vão me apresentar amanhã os detalhes. Provavelmente semana que vem nós devemos levar para o presidente [Lula]”, afirmou o ministro, que não adiantou detalhes sobre nenhuma medida.

Elaborado com base nos parâmetros definidos por Haddad e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o plano de contingência ainda precisa ser avaliado pelos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Casa Civil, Rui Costa, antes de serem enviadas a Lula, que tomará a decisão final.

Dificuldades

Haddad reiterou que a prioridade do governo continua sendo a negociação com os Estados Unidos. O ministro, no entanto, admitiu que a Casa Branca está interditando qualquer debate.

“Nós [do Ministério da Fazenda] estamos falando com a equipe técnica da Secretaria do Tesouro [estadunidense], mas não com o secretário Scott Bessent”, disse Haddad. Alckmin tem conseguido falar com alguns secretários americanos, mas não tem recebido respostas da Casa Branca.

“A informação que chega é que o Brasil tem um ponto, o Brasil tem razão em querer sentar à mesa, mas que o tema está muito concentrado na assessoria da Casa Branca, daí a dificuldade de entender melhor qual vai ser o movimento [dos Estados Unidos]”, justificou Haddad.

Apesar das dificuldades, o ministro afirmou ainda ver espaço para negociações com o país, baseados nas experiências de acordos recentemente fechados com o Vietnã, o Japão, a Indonésia e as Filipinas. Haddad também citou avanços nas negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia como fator que pode estimular o Brasil.

“Houve boas surpresas em relação a outros países nos últimos dias. Podemos chegar à data de 1º de agosto com algum aceno e alguma possibilidade de acordo, mas para haver acordo precisa haver duas partes sentadas à mesa para chegar a uma conclusão. Não dá para antecipar um movimento que não depende só de nós, mas o Brasil nunca saiu da mesa de negociação”, acrescentou Haddad.

Governadores

O ministro elogiou a iniciativa de governadores em oferecer ajuda aos setores dos respectivos estados afetados pelo tarifaço do governo Donald Trump. No entanto, disse que as medidas de ajuda locais têm pouco alcance diante do impacto sobre as exportações brasileiras.

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“Toda ajuda é bem-vinda, mas são movimentos um pouco restritos, não tem um alcance, porque uma linha de R$ 200 milhões, você está falando de US$ 40 milhões, enquanto estamos falando de US$ 40 bilhões de exportação”, afirmou Haddad.

O ministro referiu-se a uma linha de crédito de R$ 200 milhões anunciada nesta quarta pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Apesar do alcance restrito, Haddad reconheceu o esforço dos governadores de se mobilizarem em torno das empresas e dos setores econômicos afetados.

“É bom saber que os governadores estão mobilizados e percebendo, finalmente, que é um problema do Estado brasileiro. É bom notar que eles estão mudando de posição, deixando de celebrar uma agressão estrangeira ao Brasil. Isso é importante: caírem na real e abandonarem o movimento inicial que fizeram de apoio ao tarifaço contra o Brasil”, comentou.



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Com apoio técnico, produtor alagoano aposta no cultivo de lúpulo



Após três anos de testes, o produtor rural Aloísio Righetti, de União dos Palmares (AL), aposta na ampliação do cultivo de lúpulo — planta base da cerveja — como alternativa promissora para diversificar sua produção.

“A nossa principal produção é a pimenta-do-reino, mas temos também um pouco de limão, laranja-lima, laranja-pera e novilhas pra abate. O nosso último projeto, agora, é o plantio de lúpulo. É um negócio novo, que deve dar muito certo em Alagoas”, afirma Righetti.

Essa iniciativa, por sua vez, é resultado de um projeto desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia Estratégias do Nordeste (Cetene), o Sebrae e a Embrapa — que, além disso, realiza pesquisas diretamente na propriedade.

No entanto, o projeto ganhou maior visibilidade especialmente após um evento de apresentação do lúpulo para cervejeiros, realizado com apoio do Sebrae/AL. Como resultado, a expectativa de Aloísio é de que a cultura se estabeleça como mais uma fonte de renda.

“Faz três anos que a gente vem testando variedades e vamos ampliar agora”, revela o produtor alagoano.

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Parceria de sucesso

Ao longo de mais de 30 anos de parceria com o Sebrae, Righetti coleciona diversos aprendizados. “Já fiz o ‘5S Rural’, o Empretec, recebi consultoria agronômica, ambiental e até no desenho do rótulo das pimentas. O apoio que recebemos é ilimitado.”

Segundo Aloísio, o conhecimento técnico recebido ao longo desses anos tem sido fundamental para sustentar a evolução da propriedade.

“O Sebrae/AL nos dá um apoio contínuo, que fortalece a empresa como um todo, e isso vai criando melhorias na produtividade e na produção. Então, eu estou muito satisfeito.”

Plantando hoje e colhendo amanhã

Que tal dar o primeiro passo para empreender com apoio especializado? O Sebrae oferece essa chance em todos os estados. Em Alagoas, há um portfólio amplo de consultorias e cursos. Muitos deles são online e totalmente gratuitos!

Um exemplo é o curso de Gestão Financeira: ele tem apenas três horas de duração, é gratuito e ainda oferece certificado de participação.



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Trigo tem queda de 27% na área cultivada no Paraná



Lavouras sofrem com clima e geadas




Foto: Canva

O plantio de trigo foi finalizado no Paraná nesta semana, segundo o relatório semanal  de colheita e cultivo divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A área cultivada com o cereal na safra 2024 soma 833,4 mil hectares, o que representa uma redução de 27% em relação ao ciclo anterior, quando foram registrados 1,134 milhão de hectares.

De acordo com o Deral, as lavouras se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. Em regiões onde a fase predominante é a de frutificação, já foram observados sinais de déficit hídrico, o que acende o alerta para possíveis impactos na produtividade. Além disso, há preocupações com os danos causados pelas geadas recentes.

“O estrago ainda está sendo avaliado, mas já se sabe que áreas semeadas antes do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), especialmente nas regiões mais frias do estado, foram totalmente comprometidas pelas temperaturas negativas”, aponta o relatório.

Nas regiões em que o plantio foi realizado dentro do período ideal e foi concluído mais recentemente, o desenvolvimento das lavouras segue dentro do esperado. Os produtores continuam com os tratos culturais, como o controle fitossanitário e aplicações preventivas de fungicidas e inseticidas. Até o momento, não há relatos de incidência significativa de pragas ou doenças.

A previsão é de que, nas próximas semanas, as condições climáticas continuem influenciando o desempenho das lavouras, especialmente nas regiões mais suscetíveis à falta de chuvas e novas geadas.





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Ibovespa sobe e dólar cai com mercado ainda sensível a Trump; ouça análise da especialista


No morning call desta quinta-feira (24), a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, destaca o alívio nos mercados com avanços em acordos comerciais dos EUA, que impulsionaram bolsas e enfraqueceram o dólar. O Ibovespa subiu quase 1%, retomando os 135 mil pontos, e o dólar caiu a R$ 5,52.

Juros futuros seguiram estáveis, com leve alta na ponta longa. O ambiente segue sensível à política externa e às falas de Trump.

Hoje, foco na decisão do BCE e nos PMIs globais.

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.

Para mais conteúdos de mercado financeiro, acesse: Bom Dia Mercado!

Ariane Benedito, apresentadora do podcast Diário Econômico
Foto: divulgação



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Pancadas de chuva refrescam tempo seco em boa parte do país



Esta quinta-feira (24) será marcada por tempo seco, com umidade relativa do ar em atenção, mas também por pancadas de chuva que ajudam a amenizar a situação. Veja temperatura para hoje em todo o Brasil.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Sul

Tempo mais nublado e com pancadas de chuva no oeste e metade norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina por conta do deslocamento de um cavado meteorológico. No Paraná, o dia começa com tempo firme, mas as instabilidades vão aumentando e a partir da tarde podem ocorrer pancadas no sudoeste e sul do estado. O frio ainda persiste pela manhã desde o território gaúcho até o sul parananese.

Sudeste

Dia nublado e com pancadas de chuva entre o litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro devido ao transporte de umidade do oceano para o continente. Em alguns períodos a chuva pode cair com até moderada intensidade. Nas demais áreas do território paulista e Minas Gerais o sol vai predominar e as temperaturas continuam mais elevadas durante à tarde, com queda na umidade relativa do ar. No Espírito Santo o sol vai predominar, mas a partir da tarde pode chover isolado no sul do estado.

Centro-Oeste

Dia de sol e temperaturas elevadas em todo o Centro-Oeste devido à massa de ar seco que predomina sobre a Região. Destaque para a baixa umidade relativa do ar que pode atingir níveis críticos entre Mato Grosso e Goiás.

Nordeste

Quinta-feira de sol e temperaturas elevadas no interior, sertão e agreste nordestino. A umidade do ar permanece mais baixa durante a tarde. Já na costa leste, a chuva perde força, mas acontece de forma isolada desde o litoral da Bahia até a Paraíba. Pancadas isoladas também estão previstas para o litoral do Ceará e norte do Maranhão.

Norte

Períodos de sol alternados com pancadas de chuva no norte do Amazonas e em Roraima, onde não se descarta chuva moderada em alguns períodos do dia. No norte do Pará e no Amapá, pancadas mais irregulares, enquanto as demais áreas da Região têm sol e calor. Em Rondônia, Tocantins e metade sul do Pará, o ar seco contribui para a baixa umidade relativa do ar, que pode ficar em atenção para valores inferiores aos 30%.



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Brasil lidera cogeração de energia limpa



Essa liderança é atribuída à maturidade da agroindústria brasileira



Essa liderança é atribuída à maturidade da agroindústria brasileira
Essa liderança é atribuída à maturidade da agroindústria brasileira – Foto: Divulgação

O Brasil tem se consolidado como referência mundial na cogeração de energia a partir de fontes renováveis, seguindo uma tendência global de descarbonização da matriz energética. Enquanto o carvão mineral ainda representa 61% da cogeração global, segundo o relatório Global CHP Market Overview (dez/2024), o país caminha na direção oposta: em 2021, 69,2% da cogeração nacional veio de biomassa, como bagaço de cana-de-açúcar, licor negro e cavaco de madeira, conforme destaca Leonardo Nakamura, engenheiro da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

Essa liderança é atribuída à maturidade da agroindústria brasileira, que alia abundância de subprodutos a investimentos em tecnologia. Atualmente, o Brasil conta com 21,9 GW de capacidade instalada de cogeração em operação, o que representa 10,3% da matriz elétrica nacional. Só a biomassa responde por 18,7 GW, com destaque para o bagaço de cana (13,03 GW), segundo dados da Aneel e da Cogen. Em 2024, a geração elétrica por biomassa bateu recorde, com 58 TWh, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN).

O tema estará em destaque na 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, feira mundial da cadeia de bioenergia, que ocorrerá de 12 a 15 de agosto em Sertãozinho/SP. O evento será palco para debater os avanços da cogeração renovável e as oportunidades para o Brasil no cenário internacional.

Além do reconhecimento como potência em cogeração, o país planeja expandir sua atuação com exportações de biocombustíveis, tecnologias e até energia elétrica para vizinhos como Argentina e Uruguai. Para Nakamura, essa integração regional fortalece a segurança energética do Cone Sul e posiciona o Brasil como um fornecedor estratégico de energia limpa no continente.

 





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Fretes sobem em São Paulo apesar da queda no diesel


Apesar da redução no preço do diesel e da diminuição do piso mínimo de frete, o custo do transporte rodoviário de cargas no estado de São Paulo apresentou leve alta em junho. Segundo a edição de julho do Boletim Logístico, divulgada nesta quarta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento dos juros influenciou diretamente os pagamentos a prazo, o que contribuiu para o encarecimento dos fretes.

De acordo com a Conab, “nem mesmo a redução do piso mínimo de fretes e a queda no preço do diesel conseguiram manter os fretes em baixa”. O preço médio do diesel comum foi registrado em R$ 6,07, enquanto o S-10 alcançou R$ 6,20, ambos com retração em relação a abril, em função da diminuição no valor repassado às distribuidoras.

No comércio exterior, São Paulo exportou US$ 27,13 bilhões entre janeiro e maio, enquanto importou US$ 35,34 bilhões no mesmo período, evidenciando um déficit comercial. No agronegócio, as exportações somaram US$ 11,08 bilhões, queda de 11,1% frente ao mesmo período de 2024. As importações agrícolas, por outro lado, subiram 5,6%, totalizando US$ 2,47 bilhões.

O setor sucroalcooleiro lidera as exportações do agronegócio paulista, com receita de US$ 2,67 bilhões, seguido por carnes (US$ 1,5 bilhão), soja (US$ 1,2 bilhão), sucos (US$ 1,2 bilhão) e produtos florestais (US$ 1,2 bilhão).

As condições climáticas permaneceram dentro da normalidade, com chuvas e temperaturas próximas à média histórica para maio e junho. O impacto das geadas, embora registrado, ficou restrito a cultivos específicos de baixa expressão no estado, como hortaliças, morangos e maçãs, sem interferência significativa na dinâmica de transporte agrícola.

A Conab também destacou que obras de manutenção na rodovia Anchieta-Imigrantes, previstas para a segunda semana de julho, devem afetar temporariamente o escoamento da produção agrícola. “O reajuste das tarifas de pedágio, que pode chegar a 5,31%, também pode influenciar os custos logísticos ao longo do mês”, alerta o boletim.





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China se consolida nas vendas ao Brasil



“Acreditamos que a tendência é de crescimento contínuo”



“Acreditamos que a tendência é de crescimento contínuo"
“Acreditamos que a tendência é de crescimento contínuo” – Foto: Divulgação/Portos RS

Entre janeiro e junho de 2025, a China se consolidou como principal fornecedora do Brasil, respondendo por 26,3% das importações nacionais, o maior percentual já registrado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. O crescimento foi de 37,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, bem acima do avanço geral das importações brasileiras, que subiram 16,7%. A queda de 8,1% nos preços médios dos produtos chineses também contribuiu para aumentar a competitividade.

Esse desempenho reflete fatores como a crescente familiaridade das empresas chinesas com o mercado brasileiro, além de investimentos relevantes em infraestrutura local, como portos e unidades industriais. A qualidade dos produtos também tem evoluído, o que fortalece as trocas comerciais entre os dois países.

Empresas brasileiras especializadas em comércio exterior, como a Target Trading, têm ampliado suas operações com a China, importando máquinas de grande porte e autopeças. Estruturas de logística, manutenção e inspeção têm sido essenciais para garantir a confiabilidade dessas transações.

“Acreditamos que a tendência é de crescimento contínuo, com a geração de oportunidades em diversos setores, mas esse crescimento deve ser acompanhado com atenção para evitar uma dependência ainda maior de um único país em nossas relações comerciais”, afirma Carlos Campos Jr., cofundador e CEO da Target Trading.

Enquanto a China avança, os Estados Unidos perderam espaço nas importações brasileiras, com participação reduzida a 16%, o segundo menor índice dos últimos dez anos. A mudança reforça o redesenho das parcerias comerciais e a importância de manter o equilíbrio nas relações internacionais.

 





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