domingo, julho 27, 2025

Autor: Redação

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Importadores de manga dos EUA estão prontos para receber, mas Brasil não entregará



A sobretaxa às exportações brasileiras imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, coloca em risco 77 mil toneladas de frutas que teriam o mercado norte-americano como destino.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, o caso da manga é o que mais aflige o setor.

Isso porque a cada 100 contêineres exportados com a fruta, 92 saem da região do Vale do São Francisco, maior polo produtor do país. “A gente tem nos Estados Unidos uma safra com vários países que participam, então é uma safra compacta, com duração de três meses, período em que chegamos a enviar 2.500 contêineres, mais ou menos 12 milhões de caixas”, detalha.

Coelho ressalta que o México forneceu aos norte-americanos a variedade de manga tomy durante os meses de maio, junho e julho. Na sequência, seguindo o curso natural do setor, seria a vez do Brasil.

“É importante dizer que a colheta da manga ainda não começou, não tem contêiner em porto, não tem nada disso ainda. Está tudo programado como há décadas para começar na primeira semana de agosto.”

Contudo, as incertezas a respeito da viabilidade da venda aos Estados Unidos tem colocado em risco um cronograma que o setor segue à risca há anos.

De acordo com o presidente da Abrafrutas, a caixaria, ou seja, embalar a fruta de acordo com cada estabelecimento de destino, sejam supermercados ou distribuidores, é o primeiro passo. Essa etapa já é previamente organizada por conta do curto período de operacionalização da venda externa.

Coelho conta que os importadores nos Estados unidos também já estão organizados para receber os contêineres e fazer a logística das frutas para distribui-las. Entretanto, com a tarifa de 50%, fica inviável exportar. “É colher para ter prejuízo”, resume.

Manga para outros destinos?

A respeito da possibilidade de realocar o destino da manga, o presidente da Abrafrutas diz ser inviável por conta do tamanho da produção. “A Europa é um grande cliente, mas já está abastecida. Além disso, não recebem a mesma variedade de frutas que vendemos aos Estados Unidos”, conta.

De acordo com ele, despachar a manga ao mercado interno também não é viável devido à alta quantidade de fruta para consumo em curto espaço de tempo. “Vamos abarrotar o país, o preço vai desabar, nós vamos encher o mercado de manga e o custo para produzir, digamos, um quilo de manga será maior do que o preço de venda”, contextualiza.

Apesar do momento crítico, Coelho ainda acredita em uma flexibilização no prazo para o início da tarifa e que, nesse intervalo, Brasil e Estados Unidos cheguem a um acordo.



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Como escolher entre sêmen convencional, sexado e genômico na pecuária


A inseminação artificial evoluiu e se consolidou como ferramenta essencial para o avanço da genética bovina na pecuária. Hoje, o pecuarista pode escolher entre diferentes tipos de sêmen, convencional, sexado ou genômico, para alcançar objetivos específicos no rebanho. Mas qual é a melhor opção para cada sistema produtivo? A resposta passa por planejamento, análise de dados e alinhamento com as metas da fazenda.

Mais do que entender o tipo de material genético, é preciso compreender o papel estratégico que cada tecnologia desempenha. De acordo com especialistas em entrevista ao Canal do Criador, a escolha correta pode acelerar o ganho genético, aumentar a eficiência reprodutiva e gerar impacto direto na rentabilidade da atividade.

Genômica encurta o caminho até o ganho genético

Segundo Raul Lara Resende, analista técnico da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), a genômica tornou possível prever o mérito genético de um touro ainda muito jovem, com base em informações de DNA e parentesco. Essa tecnologia antecipa decisões que, até pouco tempo atrás, só poderiam ser tomadas após anos de avaliação da progênie.

“Hoje já se identifica em um bezerro ou até em um embrião um potencial genético equivalente ao de um touro adulto de nove anos do passado. Isso propiciou velocidade, redução de custos, precisão e eficiência muito superiores aos programas tradicionais de melhoramento”, explica Resende.

Na prática, touros genômicos são indicados para acelerar ciclos de seleção, permitindo que os produtores utilizem reprodutores superiores antes mesmo que esses tenham filhos avaliados.

Acurácia e risco: o que considerar no uso de sêmen genômico

Apesar das vantagens, o uso de sêmen genômico exige atenção quanto à acurácia das informações. Segundo Resende, “a confiabilidade das provas genômicas depende da qualidade dos dados utilizados e da densidade dos testes. Raças como Nelore, Holandês e Angus já têm bancos robustos e validações consistentes”.

Outro ponto importante é o tamanho do rebanho. “Em rebanhos grandes, mesmo com variação nos resultados, a chance de nascerem indivíduos muito superiores compensa o uso mais intenso de sêmen genômico. Já em rebanhos pequenos, o ideal é usar essa ferramenta de forma mais criteriosa, equilibrando com touros provados”, recomenda o analista da Asbia.

A genômica também pode ser aplicada em fêmeas, permitindo que o produtor direcione acasalamentos com maior precisão, selecione matrizes com base no mérito genético e utilize o sêmen ideal para cada perfil de animal.

Melhoramento genético de gado bovinoMelhoramento genético de gado bovino
FOTO: Divulgação | Jm Matos

Convencional ou sexado: como cada um se encaixa no sistema produtivo

De acordo com Gustavo Sousa Gonçalves, gerente de Leite Europeu da Alta Brasil, o sêmen convencional continua sendo amplamente utilizado pela resistência e pelas melhores taxas de prenhez. “O convencional aguenta mais ‘desaforo’, ou seja, emprenha um bom percentual de animais mesmo diante de problemas no manejo e no ambiente”, afirma.

Já o sêmen sexado, que permite escolher o sexo da cria, é indicado principalmente para rebanhos leiteiros bem manejados, com foco em reposição de fêmeas de alto valor genético. “No gado de leite, a possibilidade de aumentar o número de nascimentos de fêmeas é extremamente vantajosa. Mas é preciso que o rebanho tenha índices reprodutivos consistentes para aproveitar bem essa tecnologia”, ressalta Gonçalves.

A pureza do sêmen sexado hoje gira em torno de 90%, mas ele exige cuidados rigorosos no descongelamento e na aplicação. Pequenas falhas no manejo podem comprometer os resultados.

Estratégia e planejamento são fundamentais para o sucesso

Combinar diferentes tipos de sêmen pode ser uma solução eficiente para a genética bovina quando há planejamento reprodutivo. “Por exemplo, podemos usar sêmen sexado nas novilhas por até três tentativas. Se não houver sucesso, passamos para o convencional. Isso reduz custo e mantém a eficiência do sistema”, orienta Gonçalves.

O especialista reforça ainda que o maior erro do produtor é tomar decisões sem base nos dados da própria fazenda. “A pecuária moderna não tolera mais decisões no escuro nem ações sem preparo. A tecnologia está aí, mas ela só funciona com gestão, capacitação da equipe e suporte técnico qualificado”, conclui.

A aplicação como grande diferencial 

Sêmen convencional, sexado ou genômico: todos têm potencial de contribuir para o avanço genético do rebanho. A diferença está no modo como são aplicados. O convencional oferece robustez, o sexado direciona a reposição com mais precisão e o genômico acelera o progresso genético. A escolha ideal vai depender do sistema de produção, dos recursos disponíveis e, principalmente, do planejamento.

Antes de definir qual tipo usar na genética bovina, vale buscar suporte técnico e alinhar a decisão com os objetivos produtivos da propriedade. Quando bem orientado, o uso estratégico dessas tecnologias pode transformar os resultados da fazenda em poucas gerações.



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Santa Catarina prorroga redução de ICMS sobre insumos agropecuários, diz Ocesc



A Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc) informou que a Assembleia Legislativa do Estado (Alesc) aprovou o Projeto de Lei 403/2024, que prorrogou para dezembro de 2025 a redução de 60% do ICMS cobrado sobre os insumos agropecuários na venda para outros Estados.

O PL foi elaborado pelo Sistema Ocesc com a Frencoop/SC. “Essa medida evita impactos retroativos, protege os resultados dos exercícios anteriores e dá fôlego para que as cooperativas se adaptem com responsabilidade às novas exigências fiscais”, disse em nota o coordenador Contábil e Tributário da Ocesc, João Antônio Zerbielli.

Conforme a entidade, outros seis projetos de lei que afetam o cooperativismo catarinense também foram aprovados:

  • PL 412/2025, que prorroga até o final de 2028 o crédito presumido de ICMS para fabricantes de farinha de trigo, de mandioca e derivados;
  • PL 415/2025, que zera a alíquota do ICMS em produtos da cesta básica nas operações internas até abril de 2026;
  • PL 433/2025, que possibilita a transferência de crédito presumido de ICMS acumulado para abatedores de suínos e aves que compram animais produzidos em Santa Catarina;
  • PL 435/2025, com remissão de ICMS devido pelos produtos de leite;
  • PL 472/2025, que institui o Programa Estrada Boa Rural; e
  • PL 426/2025, que define a Secretaria do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE) como responsável pela execução do Cadastro Ambiental Rural (CAR).



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AgroNewsPolítica & Agro

Laranja para suco tem baixa cotação e compra limitada


De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (17), o retorno da insolação nas últimas semanas contribuiu para a melhoria das condições das frutíferas cítricas na região de Caxias do Sul. Apesar disso, pomares de bergamota sofreram com a queda de frutos no terço superior das plantas, em razão das sessões tão intensas que atingiram a região nos meses de junho e julho.

A entidade informou que “esta safra foi considerada ótima em termos de produção, que está acima do esperado”, mesmo diante dos eventos climáticos adversos. Os produtores estão desenvolvendo tratamentos fitossanitários com fungicidas. A colheita da bergamota Ponkan e da variedade Caí está em fase final, com preços variando entre R$ 1,50 e R$ 1,75 o quilo. Também foi iniciada a colheita das variedades Montenegrina, cotada a R$ 2,50/kg, e Murcott, a R$ 1,80/kg.

Nos pomares de laranja da mesma região, sugeriu-se redução na queda de frutos. Estão sendo aplicados tratamentos cúpricos para controle do câncer-cítrico. As variedades Bahia, Monte Parnaso e do Céu estão em colheita. A laranja de umbigo destinada ao consumo in natura é comercializada a R$ 1,80/kg, enquanto o produto para suco custa R$ 0,50/kg.

Na região de Passo Fundo, segue a colheita de variedades precoces de laranja. Os produtores realizam tratamentos preventivos contra pinta-preta e câncer-cítrico, além de práticas agronômicas como plantio de cobertura do solo, controle de moscas e adubação com cloreto de potássio. Nos pomares em formação, ocorrem possibilidades de formação. O preço da laranja para a indústria varia entre R$ 0,90 e R$ 1,10/kg. A expectativa de expansão da área plantada corresponde aos preços obtidos na última safra.

Em Erechim, segue a comercialização das laranjas Salustiana, IAPAR e Rubi, com início da colheita da variedade Valência, cotada a R$ 800,00 por tonelada. Segundo a Emater/RS-Ascar, “em virtude do anúncio de tributação de 50%, a partir de 1º de agosto, pelo governo norte-americano, as indústrias de suco de laranja planejaram paralisar a coleta de frutos até que a situação esteja normalizada ou que haja um direito com outros países para a exportação”. A medida afeta diretamente o setor, já que cerca de 40% do suco de laranja brasileiro é exportado para os Estados Unidos.

Em Frederico Westphalen, a produção envolve mais de 3.500 hectares de laranjas de suco e de umbigo, distribuídos entre 1.574 famílias. A área de cultivo de bergamota soma 240 hectares, com 225 famílias envolvidas, e o limão Tahiti ocupa 26 hectares de 55 famílias. As chuvas intensas em maio e junho, seguidas por simultâneas no início de julho, provocaram a queda de frutos em pomares de variedades precoces, de ciclo médio e tardio, afetando a qualidade do suco e, em alguns casos, resultando na recusa de compra por parte das indústrias.

As variedades precoces estão em final de colheita, enquanto as de ciclo médio e tardio ainda iniciam a maturação. Os produtores seguem com aplicações de calda sulfocálcica para controle de pragas, como mosca-branca, ácaro-da-falsa-ferrugem e ácaro-da-leprose, e doenças como a clorose variegada dos citros (CVC).

Os preços de bergamotas e laranjas variam entre R$ 1,50 e R$ 2,00/kg no mercado local. Para a indústria, laranjas precoces com boa qualidade de suco são comercializadas entre R$ 800,00 e R$ 850,00/t. Já as de ciclo tardio, com qualidade inferior, são cotadas a R$ 650,00/t, mas com restrição na compra pelas indústrias.





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Frango tem hormônio? | Canal Rural


A dúvida ainda é comum, mas é hora de esclarecer: frango de corte não recebe hormônio. O desenvolvimento acelerado das aves que chega à sua mesa é fruto de anos de melhoramento genético, aliada a alimentação balanceada e manejo adequado.

A dieta dos frangos é ajustada para cada fase do crescimento, com rações ricas em proteínas, vitaminas e minerais. Esse cuidado garante um desenvolvimento saudável e natural, sem necessidade de qualquer tipo de hormônio sintético.

Bem-estar animal e ambientes controlados

dia mundial do frangodia mundial do frango
Foto: Canal Rural

Nas granjas, as condições de criação seguem padrões rigorosos de bem-estar animal, com ambientes monitorados, controle de temperatura, ventilação e acesso contínuo à água e alimento.

Essas práticas não só garantem a saúde das aves, como também a qualidade do produto final que chega à mesa do consumidor.

Pode ficar tranquilo: o frango consumido no Brasil é criado com responsabilidade e sem hormônios

Por que ainda existe esse mito?

A ideia de que frangos crescem rápido por causa de hormônio é antiga, mas infundada. No Brasil, o uso de hormônios em aves é proibido por lei e fiscalizado por órgãos como o Ministério da Agricultura e Pecuária. 

O que vemos hoje é resultado de tecnologia, genética e profissionalismo no campo.

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Produtores de queijos artesanais são premiados pela CNA em Brasília



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) premiou, nesta terça-feira (22), os melhores queijos artesanais do país na cerimônia do Prêmio Brasil Artesanal – Edição de Queijos, realizada na sede da entidade em Brasília.

O concurso foi realizado em parceria com o Sebrae, por meio do projeto ‘Juntos pelo Agro’. Nesta edição, 304 queijos de 185 produtores rurais, de 22 estados, foram inscritos.

Os 15 finalistas receberam certificados e os três primeiros colocados de cada categoria conquistaram prêmios em dinheiro e o ‘Selo de Participação Ouro, Prata e Bronze’, em reconhecimento à excelência de seus produtos.

Fábio Krieger, gerente de Competitividade Setorial do Sebrae Nacional, falou na abertura do evento. “A partir do ‘Juntos pelo Agro’, um programa colaborativo, impulsionamos esse setor para que os pequenos produtores conquistem mais valor e mais espaço no mercado para os seus produtos”, afirmou.

A equipe do Porteira Aberta Empreender acompanhou a cerimônia de premiação. Confira a classificação final dos vencedores:

  • Participe do Porteira Aberta Empreender: envie perguntas, sugestões e conte sua história de empreendedorismo pelo WhatsApp

Queijo Tradicional (Maturado)

1º Lugar – Leomar Melo Martins – Queijo Maná Paraná – Sítio Aliança (PR)

2º Lugar – Gabriel Lorezon – Queijo Colonial – Laticínios Beija-Flor (RS)

3º Lugar – Eder Augusto Duarte – Queijaria Elied (SP)

4º Lugar – Rodrigo Rocha – Vacananet Queijaria Artesanal (GO)

5º Lugar – Ivanor Schmidt – Queijaria Celeiro (RS)

Queijo de Tratamento Térmico

1º Lugar – Carlos Henrique Lamim – Rancho Maranata (MG)

2º Lugar – Ozama Padilha – Serra dos Macacos (PR)

3º Lugar – Jackson Marques – Fazenda Campo Alegre (MT)

4º Lugar – Gervaso da Silva – Queijaria Sítio das Oliveiras (GO)

5º Lugar – Marcelo Somacal – Queijaria Somacal (RS)

1º Lugar – Luzita Camargo e Airton Celso – Mulekinha Queijos Artesanais (SP)

2º Lugar – Gezina Verburg – Queijaria Cornélia (PR)

3º Lugar – João Vicente Rodrigues – Serra do Balsamo (GO)

4º Lugar – Raimundo Nonato – Queijaria Sô Toní (MG)

5º Lugar – Martina Sgarbi – Queijaria Martina (SP)



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Girolando no Nordeste: raça garante mais leite mesmo no semiárido?


Pecuaristas, a busca por uma pecuária leiteira mais eficiente e adaptada às condições regionais é crucial para o desenvolvimento do setor. E a raça Girolando tem tudo a ver com isso. Assista ao vídeo abaixo e veja as considerações do especialista.

Fábio Mota, de Porto Franco, Maranhão, levantou uma questão pertinente: como a raça girolando tem se comportado no Nordeste e se ela se adapta ao semiárido brasileiro?

Na quarta-feira (23), o zootecnista Guilherme Marquez, especialista em genética de gado de leite e embaixador de conteúdo do Giro do Boi, respondeu a essa dúvida no quadro “Giro do Boi Responde”.

Marquez revelou que a raça girolando não é apenas adaptável, mas já faz muito sucesso na região.

Girolando e a seleção por resistência ao estresse calórico

raça girolando
Foto: Divulgação

Guilherme Marquez explica que a raça girolando é a única raça avaliada geneticamente para o estresse calórico. Essa característica é essencial para regiões quentes como o semiárido. Atualmente, os touros girolando são classificados em duas categorias principais, considerando o desempenho de suas filhas:

  • Robustos: Suas filhas continuam produzindo bem mesmo quando expostas ao estresse calórico, demonstrando alta tolerância ao calor.
  • Sensíveis: Suas filhas sentirão mais o impacto do calor, com uma provável queda na produção de leite.

Essa seleção genética, aliada à composição da raça que já inclui o gir leiteiro (conhecido por sua rusticidade e adaptabilidade), confere ao girolando uma base sólida para enfrentar climas desafiadores.

Genética, ambiente e a produção de leite no Nordeste

Gado leiteiro - vacas - pesquisa
Foto: Divulgação/Girolando

A produção de leite é um dado fenotípico, ou seja, o resultado visível da interação entre a genética do animal (o que está “dentro” dele) e o ambiente em que ele vive.

Não é correto esperar que uma raça produza da mesma forma em todos os lugares, pois o ambiente é um fator decisivo para a expressão do potencial genético.

Para que o girolando expresse seu potencial máximo de produção de leite no Nordeste, o pecuarista deve focar em oferecer duas condições primordiais:

  • Nutrição adequada: Uma alimentação que supra integralmente as necessidades do animal para a alta produção de leite.
  • Conforto ambiental: Condições que minimizem o estresse térmico, permitindo que o animal esteja bem e consiga aproveitar ao máximo a nutrição fornecida.

Com a genética adequada e um ambiente favorável, o girolando consegue expressar sua capacidade em alta quantidade de leite.

Guilherme Marquez é enfático ao afirmar que, sim, a raça girolando é totalmente adaptável para o Nordeste e já é responsável pela maior parte do leite produzido no Maranhão, por exemplo.

Isso a torna uma solução valiosa para impulsionar a pecuária leiteira na região do semiárido brasileiro.



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confira as cotações da arroba



O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com tentativas de compra em patamares mais baixos.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o movimento acontece por conta das escalas de abate relativamente confortáveis e a boa entrada de animais confinados.

“Na Região Norte, é evidenciada boa oferta de fêmeas, pressionando ainda mais os preços da arroba. Por outro lado, o cenário de queda vem perdendo intensidade em determinados estados.”

Segundo ele, o quadro traçado em relação aos Estados Unidos ainda é preocupante, considerando o adicional tarifário de 50% que inviabiliza a entrada da carne bovina brasileira no mercado norte-americano.

Preços da arroba do boi

  • São Paulo: R$ 293,07 — ontem: R$ 294,37
  • Goiás: R$ 276,14 — R$ 276,21
  • Minas Gerais: R$ 282,35 — R$ 281,76 
  • Mato Grosso do Sul: R$ 295,68 — R$ 295,80
  • Mato Grosso: R$ 293,73 — R$ 294,04

Mercado atacadista

O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços no decorrer da quarta-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda das cotações no curtíssimo prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês.

“Além disso, a carne de frango segue muito mais competitiva em comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado a carne bovina”, diz.

O quarto dianteiro e a ponta de agulha seguem no patamar de 17,50 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,79%, sendo negociado a R$ 5,5227 para venda e a R$ 5,5207 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5152 e a máxima de R$ 5,5777.



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MST invade sede do Incra em SP e pressiona Lula por reforma agrária



Cerca de 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram, na manhã desta quarta-feira (23), a sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital paulista.

De acordo com o grupo, a ação, feita sob o mote “Lula, cadê a reforma agrária?”, faz parte da Semana Camponesa, mobilização nacional feita por conta do Dia do Trabalhador e Trabalhadora Rural, celebrado em 25 de julho.

De acordo com o MST São Paulo, a pauta deste ano discute pontos como a liberação de créditos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/Conab) e a ampliação dos limites de compra por cooperativas e famílias assentadas.

Além disso, reivindica acesso universal ao Pronaf A e A/C, com facilitação nos trâmites e renegociação de dívidas, além de assistência técnica permanente para viabilizar a produção de alimentos saudáveis e estruturantes agroindustriais.

A construção e reforma de casas em assentamentos, a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o assentamento imediato de mais de cinco mil famílias acampadas no estado de São Paulo também estão na pauta do Movimento.

“O diálogo com o Incra de São Paulo está truncado. Há tempos tentamos um diálogo e seguimos sem reposta para nossa pauta”, pontua uma porta-voz do movimento.

Já a superintendência do Incra em São Paulo informou que aguarda o recebimento da pauta do MST para verificar o atendimento às reivindicações. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por sua vez, não se pronunciou.



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Frete sobe até 46% com colheita de milho e logística com soja, diz Conab



A intensificação da colheita da segunda safra de milho e a grande quantidade de soja ainda estocada nas propriedades têm elevado os preços dos fretes rodoviários em diversos estados do país. Segundo o Boletim Logístico de julho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a disputa por caminhões se acirra em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, com aumentos que chegaram a 46% em junho.

A pressão sobre o mercado de transporte reflete a combinação entre a produção de 132 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25, segundo a Conab, e a retenção de parte da soja pelos produtores, que aguardam melhores cotações após as quedas dos últimos meses.

“Para junho e julho, a alta nos preços deverá ser registrada de modo mais ampliado diante da entrada da oferta de milho, da necessidade de atendimento a compromissos previamente firmados e da disputa por caminhões para atendimento a distintas demandas”, informou a Conab no relatório.

Em Mato Grosso, onde apenas 1% da segunda safra de milho havia sido colhida até junho, a situação já mostra sinais de tensão. O estado, que responde por 43,12% das exportações brasileiras do cereal, registra comportamento de estabilidade nos fretes com tendência de alta. “O arrefecimento momentâneo registrado para novos negócios deverá promover a extensão do aquecimento do mercado de fretes para todo o segundo semestre, pois essa enorme safra deverá ser contratada e escoada em sua totalidade”, destaca o documento.

A situação se complica com a divisão dos corredores logísticos entre soja remanescente e a produção do milho segunda safra. As baixas cotações da oleaginosa fizeram com que parte relevante do produto não tenha sido comercializada, criando competição por espaço logístico. “Do ponto de vista logístico, o fato implica divisão dos corredores e do espaço logístico com a enorme produção vindoura do milho segunda safra”, aponta a Conab.

No Distrito Federal, o boletim registra aumento generalizado nos fretes em junho, com destaque para as rotas com destino a Araguari e Uberaba, em Minas Gerais, que apresentaram variações de 5% e 4%, respectivamente. “A maior movimentação de grãos devido ao escoamento da soja e do início do milho segunda safra, cuja colheita está em andamento, além de uma oferta restrita dos prestadores de serviço de transporte, refletindo positivamente nas cotações de frete”, informou a estatal.

Em Mato Grosso do Sul, os aumentos foram ainda mais expressivos. A rota Aral Moreira-Maringá (PR) disparou 46% no mês, passando de R$ 90 para R$ 131 a tonelada. Para Paranaguá, a mesma origem registrou alta de 31%, de R$ 200 para R$ 261. “A redução no preço da soja nos últimos meses vem provocando um comportamento mais cauteloso por parte dos vendedores, que optam por comercializar gradualmente a produção em busca de melhores oportunidades de negócios”, disse a Conab. O estado movimentou 774.292 toneladas de soja em junho, ante 620.421 toneladas em maio, um crescimento que justifica parte da pressão sobre os fretes.

Goiás também registra aquecimento na demanda por transporte. Nas principais rotas com origem em Rio Verde, os aumentos chegaram a 9% em junho na comparação mensal. A rota para Araguari (MG) subiu de R$ 117 para R$ 127 a tonelada, enquanto o destino Santos (SP) passou de R$ 284 para R$ 308. “Apesar disso, o mês deve encerrar com menos de 10% da segunda safra de milho colhida, um contraste com os 30% registrados no mesmo período da safra anterior”, observou a Conab.

A comercialização do milho em Goiás atingiu 35% da safra, impulsionada pela necessidade de os produtores cobrirem custos e adquirirem insumos para a próxima safra. A soja apresenta índice de comercialização de 85%, com o restante da produção retido na expectativa de melhores oportunidades de venda.

No Paraná, o cenário se mostra mais heterogêneo. A soja apresentou impacto positivo nos preços de fretes em Cascavel, com alta de 24%, e em Ponta Grossa, com aumento de 9%. Porém, o milho variou negativamente em 7% para o destino Rio Grande do Sul e 11% para Paranaguá, em virtude das chuvas e diminuição dos fretes na região.

A cultura do milho segunda safra 2024/25 tem 18,9% da produção comercializada, com apenas 12% da área colhida na região de Toledo. Em relação ao feijão de primeira safra 2024/25, a colheita está finalizada com 96,1% da produção comercializada.

Mesmo com a redução no preço do diesel e o reajuste para baixo do piso mínimo de fretes pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Conab avalia que os custos continuam pressionados por fatores estruturais. A necessidade de liberar espaço em armazéns para recebimento do milho, somada à quantidade produzida pela agricultura em 2025, mantém suporte no nível de preços.

“O mercado trabalha, de modo geral, com a previsão de preços elevados atribuídos aos fretes rodoviários, a se observar a partir de junho, com potenciais efeitos ao longo de todo o segundo semestre de 2025”, destacou o relatório.

A expectativa é de que as cotações dos fretes apresentem suporte durante todo o ano, uma vez que ainda há parcela da soja a ser escoada, além da safra de milho a ser destinada aos mercados interno e externo.



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