domingo, julho 27, 2025

Autor: Redação

AgroNewsPolítica & Agro

Informação é chave para o agro enfrentar críticas, alerta especialista


A necessidade de gerar e disponibilizar dados sobre a agropecuária brasileira, especialmente em relação à sustentabilidade da produção, tem sido enfatizada nas discussões do 10º Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja, que acontece nesta semana em Campinas, SP. Na conferência de abertura da programação desta quarta-feira (23), o professor Edivaldo Domingues Velini, da Unesp/Botucatu, apresentou informações sobre os aspectos sustentáveis do setor rural.

Do ponto de vista econômico, a agropecuária exporta mais do que importa, mantendo positiva não só a balança comercial do segmento, mas também a do País. Um gráfico com série histórica desde 1988, exibido pelo palestrante, mostra que a balança comercial brasileira tem se mantido quase sempre positiva. No entanto, ao se excluir o setor agropecuário da equação, ela se torna negativa a partir dos anos 2000.

A produção do campo também desempenha papel decisivo na matriz energética brasileira. A biomassa representa 32,56% da energia consumida no Brasil. O biodiesel fornece mais energia do que os sistemas solares, e o volume gerado seria suficiente para abastecer todo o Uruguai, afirmou o professor. A matriz energética brasileira é 49% renovável, muito acima da média mundial, de 14%. “Mas o Brasil, sem biomassa, seria igual ao restante do mundo”, alertou Velini.

Crítica comum ao agronegócio nacional, o volume de agrotóxicos utilizados no Brasil precisa ser analisado em perspectiva, defendeu o palestrante. “É um país complexo, que pratica agricultura intensivamente, em áreas extensas, e muitas comparações não fazem sentido”, pontuou. A agricultura brasileira lidera o ranking em valor absoluto de compras de defensivos, mas cai para a 7ª e 14ª posições quando se considera o valor por hectare e por tonelada de produto, respectivamente. No caso dos herbicidas, o Brasil também lidera em volume total consumido, mas fica abaixo da média mundial quando se analisam os índices por área cultivada e por produção obtida.

Velini ponderou que mesmo esses indicadores não são os mais adequados. Ele defende o uso de índices que avaliem a segurança da aplicação para trabalhadores, consumidores e o meio ambiente, como o Environmental Impact Quotient (EIQ). Considerando esse indicador, a segurança tem aumentado nos cultivos de açúcar, cana-de-açúcar, milho e soja, destacou o professor.

Apesar de ter apresentado diversos dados, Velini ressaltou a carência de informações com séries históricas acessíveis sobre a agropecuária brasileira. “Levem a sério os bancos de dados. Precisamos ter informações, e elas precisam ser acessíveis”, enfatizou. Segundo ele, os dados são peça-chave para enfrentar um dos principais desafios do agro: a comunicação com a sociedade.

O professor também chamou atenção para as oportunidades perdidas pelo País devido ao baixo investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Não consigo imaginar onde estaríamos se, em vez de 20 bilhões, estivéssemos investindo 200 bilhões de reais em pesquisa”, afirmou. “O que o Brasil precisa no curto prazo? Séries de dados e associações para inovação em pesquisa.” No longo prazo, ele acredita que o aumento dos investimentos passa por uma mudança mais profunda no direcionamento dos recursos públicos.

CBSoja

O 10º Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja é promovido pela Embrapa Soja e ocorre até quinta-feira, dia 21, no Expo Dom Pedro, em Campinas. O evento conta com quatro conferências e 15 painéis, somando mais de 50 palestras de especialistas brasileiros e estrangeiros. Além disso, são apresentados 321 trabalhos técnico-científicos em nove sessões temáticas e cinco debates sobre temas práticos relacionados ao dia a dia das lavouras.





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Caso de gripe aviária é confirmado no interior de São Paulo



Foi confirmado na quarta-feira (23) um novo caso de gripe aviária no interior de São Paulo, segundo informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo.

O caso foi constatado em uma criação de subsistência na cidade de Monte
Azul Paulista. De acordo com a secretaria, todas as medidas sanitárias já foram tomadas
pelas autoridades competentes, não há risco à população e o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro.

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A confirmação foi feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) e envolveu duas galinhas que viviam em uma propriedade particular. No entorno da propriedade existem seis estabelecimentos avícolas comerciais os quais já foram fiscalizados por equipes da Defesa Agropecuária e que constataram a ausência de sinais clínicos.

Além disso, equipes já iniciaram ações de vigilância ativa em criações de subsistência
em um raio de 10 km com o objetivo de encontrar possíveis sintomatologias compatíveis com a doença.



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mesmo com baixa nas cotações, média mensal avança



Mesmo diante das recentes baixas nas cotações do suíno vivo, pesquisadores explicam que as valorizações registradas na segunda metade de junho e que se estenderam até a primeira quinzena de julho garantiram o avanço da média mensal. 

Esse cenário combinado aos recuos de preços do milho e farelo de soja têm elevado o poder de compra do suinocultor paulista frente aos principais insumos da atividade pelo terceiro mês consecutivo, ainda conforme levantamentos do Cepea.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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AgroNewsPolítica & Agro

Produzir no RS ficou mais caro em junho



No acumulado do ano, o IIPR apresenta uma deflação de 10,43%




Foto: Canva

Em junho, os custos do produtor rural foram maiores, e os preços recebidos menores. É o que aponta o relatório divulgado pela equipe econômica da Farsul nesta quarta-feira (23/7).O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) registrou deflação de 1,8% em relação ao mês anterior. Ocorreu queda no preço das sacas de arroz e milho, além de retração no trigo, devido à proximidade da colheita.

No acumulado do ano, o IIPR apresenta uma deflação de 10,43%, um índice descolado do IPCA Alimentos (que tem alta de 3,79% no período), um sinal de que a inflação está acontecendo em outros pontos da cadeia.Já o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) registrou inflação de 0,43% em maio, mesmo com um recuo de 2% na taxa de câmbio.

Os conflitos geopolíticos ao redor do globo puxaram a alta no preço do fertilizante, um dos principais insumos do setor. No acumulado desde junho de 2024, o índice tem inflação de 3,79%. Já no acumulado de 2025, a inflação é menor, 2,02%, mas ainda relevante.

 





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Brasil critica tarifaço em reunião na OMC



Representando o governo brasileiro na reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Fox-Drummond Gough, criticou o uso de “medidas comerciais unilaterais como instrumento de interferência nos assuntos internos de outros países”.

Durante o encontro, em Genebra entre os dias 22 e 23 de julho, foram debatidos, por iniciativa do Brasil, temas relativos à necessidade de respeito ao sistema multilateral de comércio baseado em regras.

“Infelizmente, neste exato momento, estamos testemunhando um ataque sem precedentes ao Sistema Multilateral de Comércio e à credibilidade da OMC. Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão interrompendo as cadeias de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, discursou o diplomata brasileiro.

Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento tarifário a ser aplicado a partir de 1º de agosto sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

Nas manifestações, Trump tem associado a medida a supostas desvantagens comerciais na relação entre os dois países e, também, à forma como as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro têm sido conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Violação flagrante

Segundo Philip Fox-Drummond Gough, tais medidas unilaterais representam “violação flagrante dos princípios fundamentais que sustentam a OMC, essenciais para o funcionamento do comércio internacional”. Ele alertou sobre os riscos desse tipo de tratamento para a economia mundial, uma vez que mina coerências jurídicas e previsibilidade do sistema multilateral de comércio.

“Além das violações generalizadas das regras do comércio internacional – e ainda mais preocupantes –, estamos testemunhando uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como ferramenta para tentar interferir nos assuntos internos de terceiros países”, argumentou o diplomata brasileiro.

Reforma estrutural

Diante desse cenário preocupante, o Brasil voltou a defender que os países redobrem seus esforços em prol de uma reforma estrutural do sistema multilateral de comércio e da plena recuperação do papel da OMC.

“Continuaremos a priorizar soluções negociadas e a confiar em boas relações diplomáticas e comerciais. Caso as negociações fracassem, recorreremos a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo – e isso inclui o sistema de solução de controvérsias da OMC”, complementou.

Na sequência, o diplomata brasileiro disse que a incapacidade de encontrar soluções promoverá “uma espiral negativa de medidas e contramedidas que nos tornarão mais pobres e mais distantes dos objetivos de prosperidade e desenvolvimento sustentável”.
União das economias em desenvolvimento

Ao final, disse que o Brasil está pronto para começar a trabalhar em direção a uma reforma estrutural e abrangente da OMC, e defendeu a união das economias em desenvolvimento para lidar com a situação.

“As economias em desenvolvimento, que são as mais vulneráveis a atos de coerção comercial, devem se unir em defesa do sistema multilateral de comércio baseado em regras. Negociações baseadas em jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra”.

Apoio

O posicionamento do Brasil ganhou o apoio de cerca de 40 países, entre eles a União Europeia, Canadá, Índia, Rússia e China.



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em julho, cotações acumulam queda em todas as praças



O mês de junho foi marcado por quedas constantes no mercado do boi para abate. As quedas foram acumuladas ao longo do mês em todas as praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De acordo com os pesquisadores do instituto, as quedas estão atreladas a um aumento da oferta por parte dos pecuaristas. Isso devido à deterioração das pastagens nesta época de seca. 

Este cenário ocorre justamente em um momento onde as entregas dos lotes confinados passam a aumentar. Assim, com maior oferta a demanda retrai.

Nesta semana, esse comportamento esteve mais contido, com negócios saindo a preços mais estáveis que no período anterior, ainda conforme levantamentos do Cepea.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Trump diz que tarifa de 50% é para países que relação ‘não tem sido boa’



Donald Trump disse que aplicou tarifas de 50% a países com os quais o relacionamento “não tem sido bom”. Apesar de não ter citado o Brasil, o presidente norte-americano anunciou na aplicação de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos EUA, no último dia 9 de julho. A declaração ocorreu durante um evento na quarta-feira (23) em Washington D.C.

Trump ainda afirmou que estabeleceu tarifas que variam de 15% a 50% para pressionar outros países a abrir seus mercados. “Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom com esses países”, afirmou.

Negociações

O governo brasileiro vai continuar insistindo para negociar com os EUA a revogação da tarifa adicional de 50% , disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à rádio CBN na segunda-feira (21).



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Ameaçados por tarifaço, Brasil e México discutem aproximação comercial



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na quarta-feira (23) para a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para discutir as relações econômicas e comerciais entre os dois países. Segundo o Palácio do Planalto, Lula ressaltou a importância de aprofundar essas relações, principalmente diante do atual momento de incertezas.

Na conversa, Lula e Sheinbaum acertaram uma visita oficial ao México que será liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A data da viagem será dias 27 e 28 de agosto. Alckmin deverá levar uma comitiva de empresários de diferentes setores.

“Como resultado da visita, Lula propôs o início de negociações para ampliar acordo comercial Brasil-México, que favoreça a expansão do fluxo comercial entre os dois países”, informou o Palácio do Planalto, em nota sobre o telefonema.

Os dois presidentes também destacaram os setores da indústria farmacêutica, agropecuária, de etanol, biodiesel, aeroespacial, bem como de inovação e educação como áreas estratégicas na relação bilateral.

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A visita de Alckmin ao México ocorre em meio à ampliação da pressão tarifária por parte dos Estados Unidos contra seus parceiros históricos. Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento tarifário a ser aplicado a partir de 1º de agosto sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

Dias antes, Trump já havia imposto 30% de tarifas de exportação sobre produtos oriundos do México, país vizinho que tem profunda relação comercial com os EUA. O vice-presidente brasileiro também tem sido o principal interlocutor do país com empresários e com o governo norte-americano nas tentativas de negociação sobre as tarifas unilaterais.



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CNA estima perda de US$ 5,8 bi em exportações do agro aos EUA com tarifaço



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o agronegócio deixará de exportar US$ 5,8 bilhões aos EUA neste ano com a imposição da tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. A sobretaxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

A projeção da confederação considera uma queda de 48% nos embarques de produtos do agronegócio ao mercado norte-americano ante os US$ 12,1 bilhões comercializados em 2024.

O cálculo, informou a CNA em nota, considera a “elasticidade” das importações de bens nos Estados Unidos, com o impacto da alíquota de 50%.

“A elasticidade das importações de um país mede o quanto o volume importado reage a mudanças no preço dos produtos. Assumiu-se que o choque causado nas tarifas seria integralmente transmitido para os preços de importação. Ou seja, uma elevação de 50% nas tarifas elevaria em 50% os preços finais”, explicou a CNA na nota.

O indicador de elasticidade foi estimado com base nos dados de comércio dos EUA nos últimos cinco anos, explicou a CNA. Quanto menor o indicador, maior o impacto sobre as importações americanas.

De acordo com a confederação, a maior parte dos produtos agropecuários exportados para os Estados Unidos possui elasticidade menor que -1, indicando uma maior sensibilidade às variações de preço.

De acordo com o estudo da entidade, na aplicação da tarifa de 50%, as exportações brasileiras de suco de laranja, açúcares de beterraba, outros açúcares de cana e sacarose cairiam a zero.

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“Alguns produtos sofrerão mais impacto que outros, caso do suco de laranja, em que a tarifa se tornaria impeditiva para o produto brasileiro”, explicou a entidade.

Produtos como etanol e sebo de bovinos também devem ter quedas expressivas nas exportações aos EUA, com redução prevista em volume de, respectivamente, 71% e 50%.

Já os embarques de café não torrado e não descafeinado seriam os menos afetados, com redução prevista de 25% em volume.

“Enquanto isso, produtos como o café verde teriam um menor impacto relativo, devido à queda na oferta do grão no mercado internacional nos últimos anos, o que faz com que a capacidade de substituição seja mais rígida”, observa a confederação.

A venda de carne bovina e açúcar de cana têm impactos limitados previstos, com 33% em volume que deixariam de ser exportados.



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queda na novilha pressiona mercado em São Paulo



Mercado lento mantém boi China sem variação




Foto: Divulgação

O mercado do boi gordo registrou queda no preço da novilha em São Paulo nesta quarta-feira (23), segundo a análise “Tem Boi na Linha”, publicada pela Scot Consultoria. As negociações seguem em ritmo lento, com o escoamento da carne bovina ainda abaixo do esperado e uma oferta de animais suficiente para suprir a demanda.

“A cotação da novilha caiu R$ 1,00 por arroba, enquanto os preços do boi gordo e da vaca permaneceram estáveis”, aponta o levantamento. As escalas de abate no estado atendem, em média, a nove dias.

Em Mato Grosso do Sul, o cenário também é marcado por escoamento fraco e boa oferta de animais. A postura cautelosa adotada pelos frigoríficos resultou em recuos nas cotações em parte das praças pecuárias. Em Dourados, houve redução de R$ 3,00 por arroba para todas as categorias. Em Campo Grande, apenas a novilha apresentou recuo, de R$ 1,00 por arroba, enquanto as demais categorias mantiveram os valores. Já em Três Lagoas, os preços seguiram estáveis.

A cotação do “boi China”, animal abatido com até 30 meses e exigido para exportação ao país asiático, também não apresentou variações nesta quarta-feira.

No Paraná, a oferta elevada de animais pressionou o mercado. A geada recente reduziu a qualidade das pastagens, o que incentivou maior volume de negociação por parte dos pecuaristas. Ainda assim, os preços permaneceram inalterados em todas as categorias.

No Rio de Janeiro, o cenário foi semelhante. O mercado apresentou estabilidade, sem mudanças nas cotações para boi gordo, vaca ou novilha.





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