A AveSui 2005 ocorre de 28 a 30 de outubro, em Cascavel, no Paraná

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A Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC) lança nesta semana, durante a AveSui 2025, o aplicativo EcoPiggy, que tem como objetivo fortalecer a assistência técnica remota a produtores familiares de suínos em todo o Brasil. Desenvolvido em parceria com a ManejeBem – Assessoria em Agricultura Sustentável Ltda., o aplicativo conecta em tempo real, via chat, técnicos, suinocultores, e organizações envolvidos na gestão ambiental da produção. O lançamento oficial ocorre no dia 29, às 16h30, no estande institucional da Embrapa na feira.
Além da apresentação do EcoPiggy, a Embrapa levará um pouco da sua trajetória institucional nos últimos 50 anos, com destaque especial para aplicativos e soluções tecnológicas para gerenciamento econômico, ambiental e sanitário em granjas de suínos e aves. Entre estes aplicativos, está o BiosSui, lançado em junho durante a solenidade de aniversário da instituição. Os visitantes do estande ainda poderão conferir informações sobre o Custo Fácil, Sistema de Gestão Ambiental da Suinocultura – SGAS e a Calculadora ABC+ Calc – também lançada neste ano em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa e Instituto 17.
Outro destaque da Embrapa na AveSui será a participação da pesquisadora Janice Zanella na condução do painel “Liderança Feminina: mulheres que inspiram”, no dia 28. Com ela, estarão Sula Aves, da ABPA; Andrea Ianni, da FaBene; Eliana Renúncio, da Aurora Cop; e Betriz Orso, do Sindicato Rural de Cascavel.
A AveSui 2005 ocorre de 28 a 30 de outubro, em Cascavel, no Paraná.

A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) espera que as conversas entre Brasil e Estados Unidos resultem em avanços na redução ou eliminação de tarifas aplicadas ao pescado brasileiro. O tema voltou à pauta após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Donald Trump, realizado no fim de semana, na Malásia.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de pescado, mas o setor enfrenta restrições que encarecem o produto no mercado internacional. Segundo a Abipesca, as taxas aplicadas dificultam a competitividade das empresas nacionais, especialmente as que atuam na exportação de peixes congelados e enlatados.
O presidente da entidade, Eduardo Lobo Naslavsky, avaliou que o diálogo direto entre os dois governos é um passo importante para reaproximar as relações comerciais. Ele destacou que o setor vê com otimismo a possibilidade de retomada de um ambiente mais favorável ao comércio bilateral.
O Brasil exporta uma variedade de espécies de pescado, com destaque para tilápia, camarão e peixes de captura oceânica. A Abipesca ressalta que o país tem condições de ampliar a oferta ao mercado norte-americano, desde que haja um ambiente tarifário mais equilibrado.
Neste sentido, Naslavsky defendeu que um acordo entre os governos poderia restabelecer condições “justas e equilibradas” para o setor, favorecendo a geração de empregos e renda nas regiões produtoras.
“O pescado brasileiro é reconhecido internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade. A remoção de barreiras é essencial para que volte a ocupar seu espaço nos Estados Unidos”, afirmou.

As exportações brasileiras de soja em grão devem atingir 7 milhões de toneladas em outubro, segundo levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). No mesmo mês do ano passado, os embarques ficaram em 4,435 milhões de toneladas, enquanto em setembro deste ano somaram 6,973 milhões de toneladas.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, na semana encerrada em 25 de outubro, o Brasil embarcou 1,347 milhão de toneladas. Para o período entre 26 de outubro e 1º de novembro, a Anec estima exportações de 1,832 milhão de toneladas.
No caso do farelo de soja, a previsão de embarques para outubro é de 2,079 milhões de toneladas, contra 2,455 milhões de toneladas no mesmo mês de 2024. Em setembro, as exportações somaram 1,962 milhão de toneladas. Na semana passada, os embarques de farelo ficaram em 451,508 mil toneladas, e a expectativa para a semana atual é de 485,870 mil toneladas.

A AgriZone, espaço que será inaugurado durante a COP30, contará com a coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério da Agricultura e Pecuária. O evento, que ocorrerá em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro, terá entrada gratuita e oferecerá cerca de 400 palestras e painéis sobre inovações no setor agrícola.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, informou que a AgriZone funcionará como uma vitrine das inovações do país no campo da agricultura sustentável. Serão apresentados mais de 45 novos cultivares e mais de 30 sistemas de produção adaptados às mudanças climáticas, além de demonstrações de lavoura-pecuária-floresta e recuperação de pastagens.
De acordo com Massruhá, um dos objetivos do espaço é mostrar, com dados científicos, a contribuição do agro brasileiro para a redução das emissões globais. Estudos da Embrapa indicam que o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem a capacidade de sequestrar até 30 kg de carbono por árvore anualmente, resultando em um desempenho 30% superior ao de métodos tradicionais.
No dia 11 de novembro, o Canal Rural realizará o Fórum Planeta Campo diretamente da AgriZone, destacando a relevância do Brasil nas soluções climáticas. As inscrições para participar das atividades da AgriZone estão abertas no portal da Embrapa, mediante cadastro prévio.
Além das inovações agrícolas, a COP30 contará com discussões sobre práticas sustentáveis, monitoramento da cadeia produtiva e segurança jurídica para produtores. Um projeto de lei também está em pauta, propondo a reclassificação de áreas de preservação para garantir a continuidade das atividades produtivas.
Com apenas vinte dias até o início da COP30, muitos países ainda não apresentaram suas metas climáticas. O documento da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável, que será apresentado durante o evento, traz sugestões e práticas para uma produção mais sustentável.
Com informações de: planetacampo.canalrural.com.br.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.
O relator da MP é o senador Eduardo Braga (MDB-AM)

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A comissão mista da medida provisória que limita o repasse de custos do setor de energia elétrica ao consumidor (MP 1304/25) deve votar o relatório final na terça-feira (28), a partir das 16 horas, na Ala Alexandre Costa, plenário 3. O relator da MP é o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
O objetivo da MP é evitar o aumento da conta de luz decorrente da contratação obrigatória de usinas termelétricas. A obrigação vigora desde 17 de junho, quando o Congresso Nacional derrubou vetos presidenciais à Lei das Offshores para devolver ao texto a prorrogação de subsídios do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a decisão poderia gerar custos adicionais de até R$ 35 bilhões por ano. Pelas regras atuais, o valor estimado seria repassado aos consumidores finais.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) participa na próxima semana da Anuga 2025, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, realizada de 4 a 8 de outubro no centro de exposições Koelnmesse, em Colônia, na Alemanha. A ABIEC estará presente em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), à frente do estande do projeto Brazilian Beef, vitrine da carne bovina nacional no mercado mundial.
O evento, de caráter bianual, reúne empresas, especialistas e formadores de opinião para apresentar tendências, inovações e tecnologias que estão moldando o futuro do setor. Em sua última edição, em 2023, a Anuga contou com 7,9 mil expositores de 118 países e recebeu mais de 140 mil visitantes de 200 nações, movimentando negócios estimados em US$ 530 milhões.
A ABIEC marcará presença com um estande de mais de 830 metros quadrados (Hall 6.1 – E070A), onde promove o tradicional churrasco brasileiro. Serão servidos cerca de uma tonelada de carne bovina em cortes premium, como picanha, filé mignon e bife ancho, para degustação de importadores, compradores e demais visitantes.
Este ano, o espaço contará com a participação de 28 empresas associadas, quase dez a mais do que a edição anterior, reforçando a representatividade da carne bovina brasileira no mercado internacional. Estarão presentes: Astra, Barra Mansa Alimentos, Best Beef, Better Beef, Boi Bras, Boi Brasil, Comesul, Cooperfrigu, Estrela Alimentos, Frialto, Frigol, Frigon, Frigosul, Frisa, Iguatemi, LKJ Frigorífico, Masterboi, Mercúrio Alimentos, Minerva Foods, Naturafrig, Plena, Prima Foods, Ramax, Rio Maria, RXM, Sudambeef, Supremo e Zanchetta.
A abertura oficial do estande do Brazilian Beef ocorrerá no dia 4 de outubro, por volta das 13h, com a presença de autoridades locais, representantes do governo brasileiro e lideranças empresariais. A missão contará também com a participação do Presidente da Abiec, Roberto Perosa.
Na edição anterior, a participação da ABIEC resultou em cerca de US$ 340 milhões em negócios imediatos e expectativa de US$ 2,8 bilhões nos 12 meses seguintes.
Europa como mercado estratégico
A União Europeia é um dos destinos mais tradicionais e exigentes da carne bovina brasileira. Em 2024, o bloco esteve entre os quatro maiores mercados da carne bovina do Brasil, atrás de China, Estados Unidos e Emirados Árabes, com a importação de aproximadamente 82,3 mil toneladas, que geraram receita de US$ 602 milhões. Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações para a União Europeia somaram 69 mil toneladas, com vendas de US$ 551 milhões.
“O mercado europeu é estratégico para o Brasil, não apenas pelo volume, mas também pelo perfil de consumo, que valoriza cortes nobres e exige altos padrões de qualidade e sustentabilidade. A Anuga será uma oportunidade de mostrar a evolução da pecuária brasileira e reafirmar o compromisso do setor com a oferta de um produto seguro, sustentável e de excelência”, destaca Roberto Perosa, presidente da ABIEC.

O plantio da safra 2025/26 de soja atingiu 34,4% da área estimada no Brasil, segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 25 de outubro. Na semana anterior, a semeadura estava em 21,1%.
No mesmo igual período do ano passado, a semeadura atingia 37,7% da área, enquanto a média dos últimos cinco anos para a época é de 42,5%.
O levantamento mostra o estado de Mato Grosso na liderança, com 62,1% da área plantada, seguido por Mato Grosso do Sul (54%) e Paraná (52%). São Paulo registra 45%, Bahia 20%, Tocantins 18%, Goiás 16%, Minas Gerais 11,6% e Santa Catarina 7%. Maranhão, Piauí e Rio Grande do Sul aparecem com 1% cada.

O recente encontro entre o presidente Lula e Donald Trump acendeu um debate sobre os rumos do mercado global de soja. A possibilidade de que a China volte a ampliar as compras do grão dos Estados Unidos preocupa o agronegócio brasileiro, que teme perda de espaço nas exportações.
De acordo com o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural, uma reaproximação comercial entre China e Estados Unidos pode alterar o equilíbrio global do setor. “Se a China voltar a comprar mais dos Estados Unidos, o Brasil perde espaço temporariamente. Os chineses buscam diversificar fornecedores para reduzir riscos, e isso impacta nossas exportações”, afirmou.
Daoud pondera, porém, que o cenário não aponta para uma queda imediata nos preços internos. “O que vai definir o comportamento das cotações é o contexto global. Os estoques norte-americanos estão elevados, e Trump tem como objetivo fortalecer o produtor americano. Com o dólar em queda, a soja dos EUA ganha competitividade no mercado internacional”, explicou.
O analista reforça que o Brasil deve encarar o momento como um sinal de alerta para fortalecer sua cadeia produtiva. “Precisamos agregar valor, investir em biocombustíveis e aumentar a eficiência. Se a China voltar a priorizar os Estados Unidos, o Brasil tem de olhar para dentro e se tornar mais competitivo. O desafio é reduzir custos e ampliar a rentabilidade com produtos de maior valor agregado”, concluiu.