terça-feira, outubro 28, 2025

Autor: Redação

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Aplicação localizada transforma o manejo de plantas daninhas


Por Danilo Neves, consultor da Smart Sensing

No coração do Cerrado brasileiro, uma prática agrícola vem ganhando força e promete transformar a forma como os produtores lidam com as plantas daninhas. Trata-se da aplicação localizada de herbicidas, tecnologia que alia eficiência no controle de invasoras à redução significativa de custos e impacto ambiental.

A técnica vem sendo estudada e aplicada em diferentes sistemas produtivos e já mostra resultados consistentes, sobretudo no período mais crítico para o manejo: a seca entre julho e setembro, quando o produtor muitas vezes acredita estar diante de uma lavoura “limpa”.

Pesquisadores chamam esse cenário de “falso limpo”: uma aparente ausência de infestação após a colheita do milho safrinha, mas que esconde a presença de plantas resistentes capazes de comprometer a safra seguinte.

Essas poucas plantas sobreviventes podem gerar uma pressão enorme sobre a soja ou o algodão, se não forem controladas a tempo.

E o impacto não é pequeno: levantamento realizado em três fazendas do Cerrado, na safra 2024/25, mostrou que os herbicidas responderam por até 37% do gasto com defensivos agrícolas, representando até 9% do custo total da lavoura.

Para driblar o falso limpo, a recomendação é fazer o manejo antecipado, logo após a colheita do milho. Com a aplicação localizada, esse processo é dividido em duas fases:

•    Dessecação generalista: primeira intervenção, voltada às espécies mais comuns, como trapoeraba, picão-preto e capim-colchão. Em Chapadão do Céu (GO), a economia chegou a 60% de herbicidas sem perda de eficácia.

•    Dessecação específica: realizada cerca de 15 dias depois, foca em plantas de difícil controle, como capim-amargoso e buva. Nesse caso, a economia ultrapassou 90% dos custos em relação ao modelo convencional de área total.

Estudos internacionais reforçam os resultados: reduções de até 77% no uso de herbicidas com a pulverização seletiva em tempo real, sem comprometer a eficiência.

Tecnologia de precisão no campo

O sucesso da técnica passa por inovações como os sensores ópticos que identificam em tempo real a clorofila das plantas vivas, acionando válvulas PWM (Pulse Width Modulation) com precisão. O sistema garante que mesmo as menores plantas emergidas sejam identificadas, sendo que essas são mais fáceis de controlar no estádio inicial de desenvolvimento

Esse controle ponto a ponto melhora a deposição do produto, reduz riscos de deriva e garante economia expressiva, e o que antes era visto como gasto adicional na seca se transforma em investimento de alto retorno.

Na prática, os números impressionam. Em 2025, em uma propriedade de 570 hectares em Goiás, o manejo antecipado custaria mais de R$ 300 por hectare em área total. Com a aplicação localizada, o valor caiu para R$ 76,44 por hectare, menos do que o equivalente a uma saca de soja.

Além da economia, a técnica entrega a lavoura limpa antes da semeadura, reduzindo a pressão de plantas resistentes e facilitando o manejo posterior.

Mais do que uma ferramenta de redução de custos, a aplicação localizada inaugura uma nova lógica de manejo de plantas daninhas no Cerrado. A seca, antes vista como inimiga, passa a ser aliada. Herbicidas já conhecidos, antes deixados de lado, podem ser ressignificados em estratégias inteligentes.

Em tempos de restrições regulatórias e aumento da resistência das plantas, a tecnologia surge não como promessa, mas como realidade no campo.

O Cerrado, palco de alguns dos maiores desafios agrícolas do país, começa a mostrar que a combinação entre ciência, tecnologia e prática de campo pode redesenhar o futuro da produção sustentável no Brasil.





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inovação da Embrapa leva assistência técnica digital à suinocultura familiar



A transformação digital chegou de vez à suinocultura familiar brasileira. Desenvolvido em parceria entre a Embrapa Suínos e Aves (SC) e a ManejeBem – Assessoria em Agricultura Sustentável, o EcoPiggy é um aplicativo que promete revolucionar a assistência técnica e extensão rural (Ater) ao conectar produtores, técnicos e instituições em tempo real.

O lançamento oficial ocorrerá no dia 29 de outubro, durante a AveSui 2025, em Cascavel (PR) — maior polo de produção de proteína animal do mundo. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Ater pode aumentar em até 365% a produtividade agrícola, e o EcoPiggy surge justamente para ampliar o alcance e a qualidade desse serviço entre os pequenos suinocultores do país.

Tecnologia a serviço do campo

O aplicativo permite atendimento remoto e personalizado, superando as limitações de acesso e o déficit de profissionais especializados. “O EcoPiggy entra nesse cenário para fornecer apoio remoto e qualificar a tomada de decisão no campo”, explica Marcelo Miele, pesquisador da Embrapa e líder do projeto.

Com tecnologias voltadas à coleta de dados, relatórios automáticos e integração entre campo e escritório, a ferramenta agiliza o planejamento, o acompanhamento e a comunicação entre técnicos e produtores. Também disponibiliza conteúdos sobre gestão da água, manejo de dejetos, adubação agrícola e painéis com indicadores de nutrientes e custos, promovendo o uso eficiente de recursos e práticas sustentáveis.

Outro diferencial é a integração com o Sistema de Gestão Ambiental da Suinocultura (SGAS), da própria Embrapa, criando um ecossistema de informações técnicas que reforça o controle ambiental da atividade. “O aplicativo foi construído com base em conhecimento científico, com agilidade e expertise tecnológica de uma empresa que entende o campo”, completa Miele.

Conectividade e simplicidade

De acordo com os desenvolvedores, o EcoPiggy é leve e intuitivo, facilitando o contato direto entre produtores e técnicos via chat, integrado ao WhatsApp. Mesmo com acesso limitado à internet, parte das funcionalidades pode ser usada off-line, incluindo o envio posterior de mensagens e arquivos.

“A conectividade ainda é um desafio em muitas regiões, por isso desenvolvemos um sistema híbrido. O produtor pode registrar suas informações off-line e, assim que o sinal retorna, faz o upload automático”, afirma Juliane Blainski, CEO da ManejeBem.

Da pesquisa à prática: uma parceria de aprendizado

A parceria entre a Embrapa e a startup catarinense nasceu em 2020, durante o Programa Inova, quando ambas identificaram a oportunidade de unir a agilidade do ambiente de inovação com o rigor técnico da pesquisa pública.

Segundo Blainski, o processo envolveu desafios e aprendizados: “Tivemos de conciliar a velocidade de uma startup, que cria e testa rapidamente, com o rigor científico da Embrapa, que preza pela precisão dos dados e pelo impacto ao produtor. Foi um grande aprendizado e uma experiência de integração entre ciência e inovação.”

Grande parte do desenvolvimento ocorreu de forma remota, durante a pandemia da Covid-19. As etapas de validação contaram com visitas de campo a Concórdia (SC) e Palmitinho (RS), onde suinocultores e técnicos participaram ativamente dos testes.

“Essas visitas foram fundamentais para entender como o aplicativo seria usado na prática e fazer os ajustes necessários. Queríamos garantir que ele realmente atendesse às demandas do campo”, detalha Miele.

Foco no pequeno produtor e na sustentabilidade

Voltado prioritariamente a pequenos suinocultores, o EcoPiggy busca democratizar o acesso à assistência técnica e contribuir para uma produção mais eficiente e sustentável. O sistema envia alertas sobre excesso de dejetos, calcula oferta e demanda de nutrientes (NPK) e permite o diagnóstico da adubação com dejetos suínos, além de oferecer indicadores de custos e produtividade.

Para Blainski, a ferramenta reforça o papel estratégico da tecnologia na agricultura familiar:

“Nosso propósito é fortalecer o pequeno produtor e aproximá-lo do conhecimento técnico. O EcoPiggy ajuda o técnico a fazer essa ponte entre o saber científico e a aplicação prática no campo.”

A CEO adianta que novas versões do aplicativo já estão em desenvolvimento, incluindo módulos sobre compostagem, biodigestão e inteligência territorial. “Queremos reforçar o papel da inovação digital na sustentabilidade da agricultura familiar”, afirma.

Com o EcoPiggy, a suinocultura brasileira dá mais um passo rumo a um modelo de assistência técnica digital, sustentável e inclusiva, ampliando o alcance das boas práticas ambientais e o protagonismo da ciência nacional no apoio ao campo.



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Municípios de MT recebem máquinas agrícolas do Promaq


Nesta sexta-feira (24), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou a entrega de 50 máquinas agrícolas para 41 municípios de Mato Grosso, no âmbito do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola, o Promaq. A iniciativa é mais um passo do Governo do Brasil em busca da modernização do setor agropecuário e do aumento da produtividade rural, promovendo o desenvolvimento local e reduzindo as desigualdades regionais.

“Esse programa é muito importante para as pequenas famílias do estado e vai ajudar especialmente o nosso município, onde nos esforçamos para oferecer uma melhor qualidade de vida ao produtor rural. Esse trator será de grande ajuda para as nossas famílias”, comemorou o prefeito de Bom Jesus do Araguaia, Marcilei Alves, ao receber a chave do trator, destacando que o município é um importante produtor de leite e que, com o novo equipamento, será possível aprimorar o plantio e garantir melhores condições para o cuidado com o gado.

A cerimônia de entrega ocorreu na Superintendência de Agricultura e Pecuária do estado (SFA/MT), em Várzea Grande. Ao todo, foram entregues 31 tratores, oito pás carregadeiras, nove motoniveladoras (patrol) e duas escavadeiras hidráulicas, com investimento adquirido pelo Mapa por meio de emendas parlamentares.

O secretário-executivo da Pasta, Irajá Lacerda, enfatizou que o governo vem trabalhando em prol do fortalecimento das cadeias produtivas das regiões, entendendo a peculiaridade de cada uma e a importância do investimento no setor. “As entregas de hoje são reflexo da boa política, o reflexo da junção de esforços para trabalhar em prol da nossa gente, dos nossos municípios e pelo Brasil”, disse Irajá.

Nesta etapa, além do município de Várzea Grande, outros 40 foram beneficiados: Alta Floresta, Alto Araguaia, Alto Boa Vista, Araguainha, Araputanga, Aripuanã, Boa Esperança do Norte, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Carlinda, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Diamantino, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Juara, Juruena, Nossa Senhora do Livramento, Nova Maringá, Nova Nazaré, Nova Olímpia, Novo Horizonte, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Poconé, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, Porto da Estrela, Poxoréu, Primavera do Leste, Querência, Rosário Oeste, Santa Cruz do Xingu, Santo Antônio do Leverger, São José dos Quatro Marcos, União do Sul, Vale de São Domingos e Várzea Grande.

“Estamos fazendo uma grande entrega de equipamentos para os municípios. São tratores e máquinas que vão atender as estradas vicinais e melhorar a infraestrutura no campo”, destacou o superintendente de Agricultura e Pecuária em Mato Grosso, Edson Paulino.

A meta é entregar mais de 20 mil equipamentos em municípios de todo o Brasil. “É uma ação extraordinária, que leva soluções diretamente para onde os problemas acontecem: nos municípios, perto das pessoas que mais precisam”, completou o superintendente.

Informações à [email protected]





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Chuvas e queda de temperatura marcam a semana no Paraná


Dois sistemas meteorológicos vão impactar o tempo no Paraná nesta semana. A combinação de uma frente fria que avança sobre o oceano, com um sistema de baixa pressão que se forma sobre o Paraguai, fará com que o sol fique escondido atrás de forte nebulosidade. As temperaturas ficam mais baixas e há previsão de chuva em todas as regiões paranaenses.  

“A combinação desses dois sistemas contribui para que, em níveis mais próximos à superfície, ocorra o ingresso de umidade do oceano, que acaba mantendo a nebulosidade mais concentrada na faixa Leste (entre a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral), enquanto o sistema de baixa pressão favorece o ingresso de umidade da Amazônia para o interior do Paraná”, explica Samuel Braun, meteorologista do Simepar. 

A frente fria já começou a impactar o Paraná no sábado (25), com acumulados abaixo de 20mm principalmente nas regiões Oeste e Noroeste. No domingo (26) os maiores acumulados de chuva foram em Campo Mourão (51 mm), Nova Tebas (Inmet) (36,8mm), Altônia (34,8mm), Campina da Lagoa (Inmet) (33,6mm), e Cruzeiro do Iguaçu (30,2mm).

Além de Cornélio Procópio, Guaíra, Maringá e Paranaguá, que já tinham alcançado a média histórica de acumulado de chuva para outubro onze dias antes do mês acabar, com a chuva deste fim de semana outra estação atingiu a média histórica: em Altônia, a média para outubro é de 215,9mm, e já choveu 252,6mm. 

Nesta segunda-feira (27), a chuva ocasional por todo o Estado segue, e as pancadas de chuva poderão ficar pontualmente mais fortes entre a tarde e a noite da RMC até o Litoral. No Interior o tempo segue abafado, com máximas de até 28°C principalmente no setor Norte. 

Na terça-feira (28), no Interior, as instabilidades aumentam e a chuva pode vir a qualquer momento do dia. “O risco de alguma tempestade é um pouco maior, em virtude da circulação de ventos em diferentes níveis da atmosfera trazendo umidade, que acabam contribuindo para a formação de áreas de chuva. No Oeste, Sudoeste, Noroeste, e nos Campos Gerais, a possibilidade de fortes rajadas de vento é um pouco mais baixa, mas não se descarta a ocorrência de alguma precipitação de granizo”, ressalta Samuel. 

Na região Leste as temperaturas não sobem na terça, e a chuva também ocorre em vários momentos do dia. Na quarta-feira (29), a nebulosidade ainda se faz presente e a chuva será ocasional. O tempo fica abafado no Interior do Estado, com máximas perto dos 28°C no Oeste e Noroeste, e perto dos 20°C no Leste. 

Na quinta e na sexta-feira (31), a chuva diminui, e ocorre de forma isolada. As temperaturas ficam um pouco mais baixas no Centro-Sul, nos Campos Gerais e na RMC, com mínimas entre 10°C e 12°C.

 





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MPF recorre contra exploração de petróleo no Amazonas



MPF questiona licença para exploração de petróleo na Foz do Amazonas


Foto: © José Cruz/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta sexta-feira (24) que apresentou recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra a decisão que manteve o resultado do leilão de blocos exploratórios de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas e a concessão de licença de pesquisa para eventual exploração.

Na última segunda-feira (20), a Petrobras obteve a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a operação de pesquisa exploratória na Margem Equatorial.

Segundo o MPF, os leilões que antecederam o processo de autorização para a licença de exploração necessitam do Estudo de Impacto Climático (EIC), a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), além da consulta prévia a comunidades indígenas.

“O MPF argumenta que a ausência dos estudos e da consulta na fase pré-licitatória é uma grave ofensa ao ordenamento jurídico e aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”, afirmou o órgão.

De acordo com a Petrobras, a sonda exploratória se encontra na região do bloco FZA-M-059 e a perfuração está prevista para começar “imediatamente”. O poço fica em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A perfuração dessa fase inicial tem duração estimada em cinco meses, segundo a companhia. Nesse período, a empresa busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, frisou a Petrobras em comunicado. 





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Parlamentares dos EUA apresentarão projeto de lei bipartidário para eliminar…


Logotipo Reuters

19 de setembro (Reuters) – Os representantes dos EUA Don Bacon e Ro Khanna apresentarão uma legislação bipartidária que isentará produtos de café de quaisquer tarifas, disseram porta-vozes dos legisladores à Reuters na sexta-feira.

O Brasil costumava fornecer um terço de todo o café usado nos EUA, mas os embarques diminuíram desde que uma tarifa de 50% foi imposta às importações brasileiras no final de julho.

“Famílias em toda a América estão sentindo o custo dos preços mais altos do café, que já subiram 21%, e tarifar um produto que não podemos cultivar em larga escala comercial só piora a situação”, disse o legislador republicano Bacon.

Os preços do café torrado nos supermercados dos EUA subiram 20,9% em agosto em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics.

“Estou ansioso para trabalhar com o deputado Khanna para apresentar este projeto de lei bipartidário e acredito que ele pode ajudar a desencadear um debate mais amplo sobre o Congresso retomar seu papel constitucional na política tarifária”, acrescentou Bacon, uma das poucas vozes republicanas no Congresso que assumiu posições independentes do presidente Donald Trump.

Preços do café arábica, a variedade suave mais usada por redes de café como a Starbucks, abre uma nova abae Dunkin Donuts, subiram cerca de 50% na Intercontinental Exchange em Nova York desde que o governo Trump impôs sua tarifa sobre as importações brasileiras, incluindo café verde.

“Se você toma café todas as manhãs, como não fica bravo com isso?”, disse Khanna, que é democrata, à Reuters, referindo-se ao aumento de preço.

O projeto de lei busca isentar o café de quaisquer tarifas impostas após 19 de janeiro de 2025, incluindo café torrado e descafeinado, bem como cascas de café, películas e substitutos de café que contenham café em qualquer proporção. Um porta-voz de Khanna disse à Reuters que a legislação seria apresentada na sexta-feira. O Washington Post foi o primeiro a noticiar a introdução do projeto de lei.

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Ingo Plöger é eleito novo presidente da ABAG



O engenheiro e empresário Ingo Plöger foi eleito novo presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em votação realizada nesta segunda-feira (27). Ele assume o cargo a partir de janeiro.

Com 76 anos, Plöger traz uma trajetória marcada pela atuação como consultor, liderança institucional e forte conexão com temas de integração regional no âmbito da América Latina.

Formado em engenharia mecânica pela Technische Universität Darmstadt (Alemanha) e com pós-graduação em Ciências Econômicas e do Trabalho pela Technische Universität München, ele já integrava a diretoria da Abag como vice-presidente .



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Semana abre com altas nas cotações do boi gordo no Brasil



O mercado físico do boi gordo iniciou a semana apresentando alta generalizada nos preços. Segundo a consultoria Safras & Mercado, frigoríficos de menor porte enfrentaram escalas de abate mais apertadas, comprando de forma mais agressiva, enquanto os de maior porte atuam de maneira mais comedida, aproveitando a boa incidência de animais de parceria.

O movimento de alta também foi evidenciado em São Paulo, onde as negociações já se aproximam dos R$ 320/@ na modalidade a prazo. As exportações seguem em alto nível, funcionando como importante fator de sustentação dos preços ao longo do ano.

Preços do boi gordo (arroba)

  • São Paulo: R$ 315,42 a prazo
  • Goiás: R$ 305,86
  • Minas Gerais: R$ 304,41
  • Mato Grosso do Sul: R$ 328,18
  • Mato Grosso: R$ 302,27

No mercado atacadista, os preços permaneceram acomodados durante a segunda-feira, mas o ambiente de negócios indica possível continuidade do movimento de alta no curtíssimo prazo, impulsionado pelo aumento do consumo doméstico, 13º salário, criação de postos temporários de emprego e confraternizações.

Preços no atacado

  • Quarto traseiro: R$ 25,00
  • Quarto dianteiro: R$ 18,20
  • Ponta de agulha: R$ 17,20

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,3702 para venda e R$ 5,3682 para compra, oscilando ao longo do dia entre R$ 5,3603 e R$ 5,3853.



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Indicador do Boi Gordo Datagro começa a semana em alta



O Indicador do Boi Gordo Datagro começou a semana em alta em seis das nove principais praças. No entanto, a maior variação positiva aconteceu em Minas Gerais, onde a cotação fechou em R$ 303,34, uma alta de +1,51%. Já São Paulo teve a segunda maior variação positiva desta segunda-feira ( 27), fechando em R$ 314,26, alta de +0,66%

Por outro lado, a maior variação negativa ocorreu na Bahia. O preço da arroba fechou a segunda-feira em R$ 291,66 resultando em uma queda de -0,81%.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: de R$ 314,16

Goiás: de R$ 302,92

Minas Gerais: de R$ 303,34

Mato Grosso: R$ 299,91

Mato Grosso do Sul: de R$ 319,16

Pará: de R$ 297,43

Rondônia: de R$ 287,01

Tocantins: de R$ 300,07

Bahia: de 291,66

O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.



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sucesso depende de solo fértil e dieta balanceada



A Terminação Intensiva a Pasto (TIP) é um modelo de produção que se assemelha ao semiconfinamento e tem ganhado popularidade nas fazendas brasileiras. Sua principal vantagem é o potencial de oferecer um Ganho Médio Diário (GMD) superior e um manejo menos estressante para os bovinos, mantendo a rentabilidade.

No entanto, para que a TIP seja bem-sucedida, o pecuarista deve ir além da simples suplementação.

Ao programa Giro do Boi, o agrônomo Wagner Pires alerta que o sucesso da TIP depende, primariamente, de uma dieta suplementar balanceada. Segundo ele, é obrigatório fornecer uma dieta de alta energia e proteína aos bovinos em terminação. Além disso, o animal deve ter à disposição volumoso (o próprio pasto) e água em abundância e de boa qualidade.

Confira:

Preparo do pasto: O que não pode faltar para sustentar a TIP

A Terminação Intensiva a Pasto impõe uma pressão maior sobre a pastagem devido à lotação mais alta. Assim, para que o pasto suporte a demanda nutricional do sistema intensivo sem degradar, Pires explica que o produtor precisa prepará-lo com antecedência e focar na fertilidade do solo durante o período das águas. Veja as estratégias:

  • Correção do solo: é fundamental que o pecuarista realize a correção do pasto utilizando calcário, gesso e, principalmente, fósforo. O solo corrigido é a base para um rebrote de qualidade que garantirá o volume e a nutrição necessários para sustentar a engorda intensiva.
  • Dieta de alta densidade: a suplementação deve compensar a demanda nutricional do sistema, garantindo os níveis ideais de energia e proteína. A combinação desses elementos é crucial para que o animal alcance um alto GMD e um acabamento de carcaça superior.

Manejo de pastoreio para eficiência e prevenção de degradação

O grande desafio da TIP é intensificar a produção sem degradar a pastagem. Pires sugere um manejo de pastoreio alternado e eficiente para prolongar a vida útil do pasto e garantir o máximo desempenho dos animais. Confira as técnicas:

  • Divisão de piquetes: o produtor deve planejar um sistema de pastoreio com, no mínimo, dois piquetes de tamanho igual. Essa divisão é essencial, pois garante o tempo de descanso necessário para a recuperação da forrageira após o pastejo.
  • Linha de cocho estratégica: a instalação planejada da linha de cocho é crucial. A facilidade de acesso à suplementação garante o consumo correto da dieta de alta densidade, fator determinante para o sucesso da terminação.

Ao seguir o protocolo correto de preparo do pasto e suplementação, o pecuarista assegura um excelente resultado na Terminação Intensiva a Pasto (TIP), produzindo gado jovem e bem acabado com máxima eficiência, atingindo o peso ideal de abate mais cedo e sem causar danos ambientais à propriedade.



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