domingo, julho 27, 2025

Autor: Redação

AgroNewsPolítica & Agro

Boro: micronutriente discreto, mas essencial


O sucesso de uma lavoura não depende apenas dos fertilizantes convencionais. Micronutrientes como o boro, mesmo exigidos em pequenas quantidades, são fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas. Ele participa de processos vitais, como a formação da parede celular, crescimento das raízes, transporte de açúcares, síntese de lignina e fecundação das flores.

A deficiência de boro pode causar sintomas visíveis e prejudiciais, como folhas novas encarquilhadas, necrose nos meristemas apicais, paralisação do crescimento, raízes atrofiadas e frutos com rachaduras ou má formação. Esses problemas comprometem diretamente o desempenho da cultura e o retorno econômico para o produtor.

“O boro está diretamente ligado à formação do tubo polínico, o que influencia no pegamento dos frutos. A deficiência pode causar queda de flores, deformações e redução no rendimento da lavoura”, explica Cristian Negri, gerente de Desenvolvimento Técnico da TMF Fertilizantes. “É um nutriente que age silenciosamente, mas cuja ausência traz prejuízos visíveis.”

Fatores como solos arenosos, pH elevado, baixa matéria orgânica e extremos climáticos — como chuvas intensas ou estiagens prolongadas — estão entre as causas mais comuns da deficiência do micronutriente. Para evitar perdas, é essencial adotar estratégias de correção baseadas em diagnósticos por análises de solo e folha, com aplicações via solo ao longo do ciclo e foliares em situações específicas.

O manejo deve ser equilibrado, pois o excesso de boro também pode ser tóxico. Culturas como café, soja, algodão, citrus, maçã e videira têm alta exigência desse nutriente, e sua reposição adequada contribui para melhor formação de flores e frutos, redução de deformações e maior resistência estrutural das plantas.

 





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Lentidão na soja e desafios de armazenagem são temas abordados por consultoria



O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços entre estabilidade e leves quedas. O ritmo dos negócios seguiu restrito, com a cautela dos negociadores e a diferença entre as bases de compra e venda.

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A combinação da baixa do dólar e a desvalorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago pressionou o mercado interno. No entanto, prêmios firmes evitaram uma queda generalizada nas cotações.

Preços de soja por região

  • A saca de 60 quilos seguiu na casa de R$ 132,00 na região de Passo Fundo (RS)
  • Em Cascavel (PR), o preço permaneceu em R$ 131,00
  • Em Rondonópolis (MT), a cotação se manteve em R$ 120,00.
  • No Porto de Paranaguá (PR), mercado também sem alteração, com preço a R$ 138,00

Chicago

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, operavam na manhã desta sexta-feira (25) a US$ 10,17 ½ por bushel, acumulando uma desvalorização semanal de 1,76%. Apesar dos avanços nas negociações tarifárias entre Estados Unidos e parceiros comerciais importantes, o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas segue pressionando os preços da soja.

EUA e Japão

Durante a semana, o presidente americano Donald Trump anunciou um acordo comercial com o Japão, estabelecendo tarifa recíproca de 15%. O Japão é um dos maiores consumidores de produtos agrícolas dos EUA. Também houve sinalizações de progresso nas conversas comerciais entre Estados Unidos, União Europeia e China.

As atenções, porém, estão voltadas para o clima. As temperaturas subiram no cinturão produtor americano, acompanhadas de chuvas, favorecendo a evolução das lavouras. A perspectiva é de uma safra cheia, que se soma a um cenário de ampla oferta mundial, reforçando a pressão sobre as cotações.

Cbsoja

O armazenamento de grãos no Brasil não acompanha o ritmo da expansão da produção. Essa foi a afirmação de Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo Agroindustrial Cooperativa, durante o Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), realizado em Campinas (SP). “No Centro-Oeste, a situação é ainda mais crítica”, lamentou.

Oliveira explicou que a região teve grande crescimento na área plantada e na produtividade nos últimos anos, gerando uma produção gigantesca, mas os investimentos em armazenagem não acompanharam essa evolução.

Segundo ele, a situação é mais delicada em Mato Grosso. “Mato Grosso do Sul tem uma produção mais diversificada, o que ajuda a aliviar o gargalo”, destacou. No Sul do país, os problemas de armazenagem são menores, embora ainda existam distorções entre os estados.

Outro ponto ressaltado foi a forte relação entre a evolução da produção brasileira de soja e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. “O aumento do PIB chinês reflete diretamente no incremento da produção brasileira”, afirmou o diretor.



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Última semana de julho começará com pancadas de chuva, ventos fortes e tempo seco pelo Brasil



No início desta semana, uma frente fria associada a um ciclone extratropical atua no Sul do Brasil, o que mantém o tempo instável nos três estados da região. A nebulosidade é densa, com pancadas de chuva de intensidade moderada a forte, especialmente no leste gaúcho e no sudeste catarinense, onde a precipitação se concentra entre a madrugada e a manhã.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Os ventos ganham destaque com rajadas que variam de 51 a 70 km/h no centro-leste do Rio Grande do Sul e podem chegar a 90 km/h no litoral norte do estado, no Paraná e em Santa Catarina, chegando a superar 91 km/h em pontos do litoral gaúcho.

O tempo no Sudeste

Segundo a Climatempo, no Sudeste, a previsão indica chuva isolada no centro-sul do estado de São Paulo, incluindo a capital, e no sul de Minas Gerais.

Já no Rio de Janeiro, Espírito Santo e grande parte de Minas, o tempo permanece firme, com céu claro e baixa umidade, especialmente no interior e no Triângulo Mineiro, onde os índices podem cair abaixo dos 30% durante a tarde.

Centro-Oeste tem previsão de temporais

No Centro-Oeste, as pancadas de chuva devem ocorrer principalmente no centro-sul do Mato Grosso do Sul, com possibilidade de temporais na região central do estado, incluindo Campo Grande.

Nas demais áreas do Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, predomina o tempo seco, ensolarado e com umidade relativa do ar entre 12% e 20% nos horários mais quentes.

Nordeste

A Região Nordeste registra tempo instável devido à infiltração marítima, com chuvas moderadas entre Sergipe e Ceará e risco de temporais ao longo do litoral, entre Maceió e Recife.

O interior nordestino, contudo, segue com tempo firme e baixa umidade, especialmente em áreas do Piauí, sul do Maranhão e oeste da Bahia.

Pancadas de chuva e tempo seco no Norte

No Norte do país, pancadas de chuva são esperadas no Acre, Amazonas, Roraima e norte de Rondônia, enquanto Pará, Amapá e Tocantins permanecem com céu claro e clima seco. Palmas, capital do Tocantins, mantém alerta para níveis críticos de umidade, que podem variar entre 12% e 20%.



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EUA e União Europeia fecham acordo tarifário



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, neste domingo (27), um acordo tarifário com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A medida estabelece uma tarifa padrão de 15% sobre importações entre os dois blocos, em substituição à tarifa de 30% que entraria em vigor a partir de 1º de agosto. O anúncio foi feito após uma reunião em Turnberry, na Escócia, e busca conter os impactos do chamado “tarifaço” que vem provocando tensão entre parceiros comerciais.

O entendimento também prevê que a União Europeia compre US$ 750 bilhões em energia dos EUA, além de elevar em US$ 600 bilhões seus investimentos em equipamentos militares e na abertura de mercados para comércio com tarifa zero. Segundo Trump, a estrutura do pacto tenta reduzir um dos “maiores déficits comerciais do mundo” e será implementada de forma progressiva a partir do próximo mês.

Apesar do avanço nas negociações com a UE, Trump confirmou que outros países que não chegaram a um acordo até 1º de agosto enfrentarão novas tarifas, com exceção dos setores de aço e alumínio, que continuarão com a taxa elevada de 50%. O presidente deixou claro que não haverá novas extensões nos prazos para os parceiros que ainda tentam negociar.

Durante a coletiva conjunta, Ursula von der Leyen reconheceu a firmeza de Trump nas negociações e destacou que o novo acordo representa um passo importante para “modernizar as relações comerciais transatlânticas”. A líder europeia também sinalizou disposição para seguir avançando em áreas estratégicas como segurança energética e inovação tecnológica.

Mais cedo, o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, já havia alertado que não haveria mais prorrogações nas negociações com outros países. “Em 1º de agosto, as tarifas serão aplicadas. As grandes economias ainda podem negociar, mas os termos já estão definidos”, disse.

Com informações da CNN Brasil.



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Sucessão no campo pode redefinir o mercado de terras



“O Brasil entrou definitivamente na era da sucessão patrimonial”



“O Brasil entrou definitivamente na era da sucessão patrimonial"
“O Brasil entrou definitivamente na era da sucessão patrimonial” – Foto: Divulgação

A transição geracional no agronegócio brasileiro está se tornando um fator decisivo na dinâmica do mercado de terras. Segundo estimativas, mais de US\$ 9 trilhões em ativos devem ser transferidos no Brasil até 2040, principalmente ligados ao setor agropecuário. Esse fenômeno global, conhecido como grande sucessão intergeracional, exige planejamento para evitar fragmentação patrimonial, perda de produtividade e venda forçada de propriedades para quitação de tributos.

O desafio vai além da esfera familiar. Sem sucessão estruturada, muitas propriedades podem ser liquidadas por falta de herdeiros interessados ou preparados, pressionando o mercado fundiário com excesso de oferta em regiões de menor liquidez. Por outro lado, ativos com sucessão bem resolvida, estrutura jurídica organizada e gestão profissional tendem a ganhar valor, sendo vistos como oportunidades estratégicas por fundos, empresas e investidores institucionais.

“O Brasil entrou definitivamente na era da sucessão patrimonial. Com o envelhecimento da população rural e o perfil cada vez mais diverso dos novos detentores de capital, discutir o tema deixou de ser opção e passou a ser uma necessidade estrutural para o futuro do setor”, afirma Marcos Camilo, CEO da Pulse Capital.

A profissionalização das fazendas e a entrada de herdeiros com perfil técnico e visão empresarial também elevam o padrão de governança e eficiência produtiva. Estruturas como holdings, protocolos familiares e doações em vida com usufruto ajudam a preservar o patrimônio e garantir continuidade, mesmo diante de interesses divergentes entre gerações.

O impacto sobre os preços das terras será desigual: áreas produtivas, com acesso à logística e estabilidade jurídica, devem se valorizar, enquanto regiões menos atrativas ou com conflitos sucessórios correm risco de desvalorização. O Brasil vive um ponto de inflexão. Quem planejar a sucessão com antecedência sairá na frente no novo ciclo do campo.

 





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Febre oropouche já não se limita à Amazônia e avança pelo Brasil



Antes concentrada na Amazônia, a febre oropouche se espalhou por quase todo o Brasil em 2025, com 11.805 casos confirmados em 18 estados e no Distrito Federal. A infecção, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, também se encontra nas zonas rurais e periurbanas por conta das condições ideais para se alastrar: clima úmido, vegetação densa e presença de matéria orgânica em decomposição.

O Espírito Santo se tornou o estado com mais registros, com mais de seis mil casos. Boa parte dos municípios capixabas tem características rurais ou de transição, o que facilita a reprodução do vetor. A movimentação de trabalhadores agrícolas entre diferentes regiões, principalmente durante períodos como a colheita do café, também contribuiu para a disseminação da doença, já que muitos passam por várias cidades sem saber que estão infectados.

Áreas do Ceará também foram impactadas, com registros especialmente em plantações de banana, cacau e mandioca. Distritos com poucos habitantes, como os do Maciço de Baturité, foram os primeiros a apresentar casos. Em 2025, a doença avançou para cidades maiores, o que acendeu o alerta das autoridades locais sobre o risco de surtos em zonas mais densamente povoadas.

Sintomas

Além dos sintomas típicos como febre, dores no corpo e na cabeça, a oropouche pode causar complicações na gestação, incluindo microcefalia, malformações e até óbito fetal. Por isso, há uma preocupação especial com mulheres grávidas em regiões rurais e de difícil acesso, onde o diagnóstico e a vigilância ainda enfrentam desafios.

Ações de combate

O Ministério da Saúde, junto com a Fiocruz e a Embrapa, estuda o uso de inseticidas para conter o vetor, mas o controle em áreas agrícolas é mais complexo. Especialistas alertam que fatores como o desmatamento e mudanças climáticas intensificam a proliferação do vírus. A orientação atual inclui o uso de roupas protetoras, redes de malha fina e a eliminação de focos de matéria orgânica, ações que precisam ser reforçadas especialmente nas comunidades rurais, onde o maruim é mais presente.

Com informações da Agência Brasil.



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Bebida de soja oferece nutrição para alunos da Apae de Confresa (MT)



Desde 2019, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Confresa conta com o apoio do Programa Agrosolidário, desenvolvido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT). A iniciativa garante o fornecimento regular de bebida de soja, rica em proteínas, que tem papel importante na alimentação e no desenvolvimento nutricional dos cerca de 70 alunos da instituição.

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A diretora da unidade, Maria Conceição Carlos do Nascimento, afirma que a parceria tem impacto direto na rotina e na saúde dos atendidos. “A Aprosoja MT tem feito a diferença na vida dos nossos alunos. A bebida de soja é um reforço alimentar essencial, rica em proteína, que contribui para o equilíbrio que nossos assistidos tanto precisam”, destaca.

Versátil, o suplemento de soja é utilizado de diferentes formas na merenda escolar, como vitaminas com frutas, bolos e preparações batidas com água ou leite. Para Wanderson dos Santos Ribeiro, de 34 anos, autodefensor da Apae de Confresa e do 7º Conselho do Baixo Araguaia, o apoio é motivo de gratidão.

Bebida de soja vai além de simples nutrição

Além da nutrição, o suplemento também contribui com o desempenho físico e cognitivo dos alunos, como explica a fisioterapeuta Andrelice Rodrigues Barros. “É um alimento nutritivo e saboroso, que eles gostam muito. Melhora a disposição para as atividades, contribui para o ganho de peso e traz mais qualidade de vida.”

A instituição de Confresa atua com foco na habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência intelectual e múltipla, com oferecimento de atendimentos especializados com uma equipe multidisciplinar. “Infelizmente, a inclusão ainda é falha no Brasil. Nosso trabalho é prepará-los para a sociedade, e são parcerias como essa que nos fortalecem”, pontua Maria Conceição.



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Gestão trabalhista no agro: prevenir é proteger



“O campo moderno exige gestão moderna”



“O campo moderno exige gestão moderna"
“O campo moderno exige gestão moderna” – Foto: Divulgação

O avanço tecnológico e a abertura de mercados no agronegócio brasileiro não têm sido acompanhados, na mesma medida, pela profissionalização da gestão de pessoas no campo. Segundo a advogada especialista em Direito Empresarial Daniela Correa, um dos principais pontos de fragilidade jurídica e risco reputacional do setor está na informalidade das relações de trabalho e na ausência de práticas estruturadas de compliance nas propriedades rurais e agroindústrias.

Para produtores, cooperativas e empresas que contratam e gerem mão de obra, transformar a relação com o trabalhador rural em um eixo estratégico é essencial. Isso envolve desde o registro formal e controle de jornada até treinamentos, canais de denúncia e políticas claras de conduta. Um programa básico de compliance deve contemplar o mapeamento de funções, auditorias periódicas, capacitação de lideranças e prevenção de situações como assédio e moradia precária.

Além de evitar processos que podem resultar em multas, embargos e dificuldades nas negociações com grandes compradores, o compliance trabalhista contribui para a melhoria do clima organizacional e a redução da rotatividade de funcionários. Tais medidas são, segundo Correa, ferramentas de segurança jurídica e também de sustentabilidade social.

“O campo moderno exige gestão moderna. E isso inclui a visão estratégica sobre quem faz o agro acontecer: a equipe contratada. Investir em uma estrutura legal sólida, em procedimentos claros e no fortalecimento da cultura de respeito ao trabalhador rural é, mais do que uma obrigação, uma decisão inteligente para proteger o negócio, os ativos e a reputação. O futuro do agro não depende só de tecnologia ou mercado. Depende também da  capacidade de empresas e produtores de fazerem a coisa certa no presente — com segurança jurídica, previsibilidade e responsabilidade na gestão das pessoas”, conclui.

 





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entenda a classificação e a genética por trás do rebanho brasileiro


A diversidade do rebanho bovino mundial permite uma classificação simplificada das raças bovinas em grandes grupos, cada um com particularidades importantes para a produção de carne e leite.

Conhecer essas classificações é fundamental para o pecuarista que busca otimizar seu sistema produtivo e tomar decisões mais assertivas no campo.

De acordo com a Embrapa Gado de Corte, as raças bovinas podem ser divididas em quatro categorias principais: taurinas, taurinas adaptadas, zebuínas e compostas.

Raças taurinas (Bos taurus)

Reprodutor da raça Angus. Foto: ABA
Reprodutor da raça angus. Foto: ABA

As raças taurinas são caracterizadas por sua origem europeia e são divididas em três subgrupos principais, com diferenças de porte e características de produção:

  • Raças britânicas: São animais de menor porte entre os taurinos, com peso de abate que geralmente varia entre 420 kg e 450 kg. Destacam-se pela precocidade, alta maciez e suculência da carne.
  • Outras raças dos países baixos e ilhas britânicas: Possuem um porte ligeiramente maior que as britânicas, com peso de abate entre 450 kg e 500 kg. São consideradas as mais leiteiras dentro do grupo dos taurinos e, se presentes, seus chifres são curtos.
  • Raças continentais: Caracterizam-se por seu grande porte, atingindo peso de abate entre 540 kg e 610 kg. Quando presentes, os chifres são mais longos. Apresentam maior rendimento de carcaça ao abate, mas são mais tardias tanto sexualmente quanto para o acabamento de carcaça.
    • Exemplos: blonde d´aquitaine, charolês, chianina, limousin, marchigiana, pardo suíço corte e simental.

Raças taurinas adaptadas

Reprodutor da raça senepol. Foto: Divulgação

São raças de origem taurina que, ao longo de sua formação, desenvolveram a capacidade de se adaptar especificamente aos climas tropicais.

Neste grupo, encontramos:

  • Raças crioulas: Formadas a partir de animais introduzidos pelos colonizadores europeus e que se adaptaram naturalmente às condições brasileiras.
    • Exemplos no Brasil: caracu, curraleiro, pantaneiro, lajeano e mocha nacional.
    • Exemplo na Colômbia: romosinuano.
  • Raças taurinas africanas:
    • Exemplo: Raça n’dama (Senegal).
  • Compostos taurinos:
    • Exemplo: senepol (5/8 n’dama – 3/8 red poll).
  • As taurinas adaptadas mantêm a qualidade de carne própria do bos taurus, aliada à resistência e à capacidade de se desenvolverem eficientemente em ambientes tropicais.

    Raças zebuínas (bos indicus)

    Bovinos da raça Nelore. Foto: Divulgação
    Bovinos da raça Nelore. Foto: Divulgação

    No Brasil, as raças zebuínas têm peso ao abate que varia entre 460 kg e 500 kg. São geralmente consideradas mais tardias sexualmente, com menor massa muscular e uma maciez de carne mais variável em comparação com as raças taurinas.

    No entanto, seu grande trunfo para sistemas de produção nos trópicos é a superior tolerância ao calor, à radiação solar, à umidade e a endo e ectoparasitas. Essa adaptabilidade as torna ideais para as condições climáticas e sanitárias brasileiras.

    • Exemplos: nelore, guzerá, gir, tabapuã, indubrasil, sindi e brahman.

    Raças compostas ou sintéticas

    Touro reprodutor da raça Santa Gertrudis. Foto: Divulgação/ABSG
    Touro reprodutor da raça santa gertrudis. Foto: Divulgação/ABSG

    São raças desenvolvidas a partir do cruzamento planejado entre animais das espécies bos taurus e bos indicus.

    O principal objetivo dessas raças é combinar as melhores características de ambos os grupos: a rusticidade e adaptabilidade dos zebuínos com a produtividade e a qualidade de produto dos taurinos.

    • Exemplos:
      • Santa gertrudis (5/8 shorthorn – 3/8 brahman) – a primeira raça formada com essa finalidade.
      • Belmont red (5/8 shorthorn – 3/8 brahman).
      • Blonel (5/8 blonde – 3/8 nelore).
      • Bonsmara (5/8 africander – 3/16 hereford – 3/16 shorthorn).
      • Braford (5/8 hereford – 3/8 zebu).
      • Brangus (5/8 angus – 3/8 zebu).
      • Canchim (5/8 charolês – 3/8 zebu).
      • Montana tropical (>=75% taurino e >=50% zebu ou taurino adaptado).
      • Purunã (1/4 charolês – 1/4 caracu – 1/4 aberdeen angus – 1/4 canchim).
      • Simbrasil (5/8 simental – 3/8 nelore).

    Essa classificação simplificada ajuda a entender a vasta diversidade genética bovina e como cada grupo se adequa a diferentes sistemas de produção e objetivos no campo, permitindo ao pecuarista escolher as raças mais adequadas para sua propriedade.



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    inscreva-se para o Prêmio Mulheres do Agro!



    Seguem abertas até o dia 31 de julho de 2025 as inscrições para a categoria produtora rural da 8ª edição do Prêmio Mulheres do Agro, iniciativa da Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). A premiação reconhece agricultoras de todo o país que se destacam por boas práticas em gestão, sustentabilidade, inovação e impacto social no agronegócio.

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    As inscrições podem ser feitas diretamente pelo link, onde também é possível indicar outras produtoras e acessar todas as informações sobre o regulamento.

    Muito além de um prêmio para mulheres

    Durante sua participação no programa Soja Brasil, Gabriela Gandelini, gerente de regulamentação e assuntos científicos da Bayer, destacou que a sustentabilidade é o foco principal da premiação. Entre as práticas valorizadas na seleção estão a rotação de culturas, o uso de agricultura de precisão e técnicas voltadas à regeneração do solo e à redução das emissões de gases de efeito estufa.

    O prêmio é dividido em duas categorias principais: produtora rural e ciência e pesquisa. No caso das produtoras, há subdivisões conforme o porte da propriedade: pequena, média e grande. Já a categoria ciência e pesquisa, que chega à sua terceira edição, reconhece mulheres cientistas que desenvolvem estudos voltados à sustentabilidade no agro, ampliando o reconhecimento para além da porteira.

    O processo seletivo envolve o envio de documentação e a avaliação por uma banca especializada que seleciona nove finalistas, sendo três por faixa de tamanho de propriedade. Segundo Gabriela, o protagonismo das mulheres no agro tem avançado a cada edição com forte engajamento em práticas sustentáveis. ”Não dá mais para produzir sem ser sustentável e que as mulheres do agro têm esse olhar, esse cuidado com o solo, com as pessoas e com o futuro.



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