quinta-feira, outubro 30, 2025

Autor: Redação

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São Paulo inicia campanha obrigatória de atualização de rebanhos



O Estado de São Paulo dá início no próximo sábado (1) à campanha de atualização de rebanhos referente ao segundo semestre de 2025. A ação é coordenada pela Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e tem como objetivo manter o controle sanitário dos rebanhos paulistas após a retirada da vacinação contra a febre aftosa, em 2023.

De acordo com a secretaria, a atualização é obrigatória e deve ser feita até o dia 15 de dezembro por todos os proprietários rurais. O produtor deve informar todas as espécies existentes na propriedade por meio do sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave).

Declaração é obrigatória e evita sanções

Devem ser informados não apenas os bovinos, mas também búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes, animais aquáticos, colmeias de abelhas e até o bicho-da-seda.

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A não atualização dos dados pode gerar bloqueio da movimentação dos animais e inviabilizar a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), além de outras sanções administrativas.

A declaração pode ser feita de três formas:

  • Diretamente pelo sistema Gedave, de forma online;
  • Presencialmente, em uma das Unidades da Defesa Agropecuária distribuídas pelos 645 municípios paulistas;
  • Ou ainda, por e-mail, mediante o envio do formulário disponível no site oficial da Secretaria de Agricultura.

Controle sanitário e segurança do rebanho

Segundo Luiz Henrique Barrochelo, diretor da Defesa Agropecuária, a atualização cadastral é fundamental para o acompanhamento sanitário e o controle das populações animais no Estado.

“A declaração é uma das ferramentas que o Estado utiliza para se manter atualizado sobre os animais de peculiar interesse, além de fornecer ao órgão responsável pela sanidade animal informações sobre o crescimento, nascimentos e mortes que ocorrem entre uma campanha e outra”, explica Barrochelo.

A medida faz parte do processo de transição para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, consolidando o compromisso de São Paulo com a sanidade e rastreabilidade dos rebanhos.



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Índice do agro tem maior queda entre os índices da B3 em 2025, segundo consultoria



O Índice do Agronegócio da B3 (Iagro) registra a maior queda entre os indicadores da bolsa brasileira em 2025. No acumulado até 24 de outubro, o índice caiu 8,7%, segundo levantamento da Elos Ayta.

De acordo com o estudo, apenas três índices apresentaram rentabilidade negativa no período: o Iagro, o de Materiais Básicos (IMAT), com retração de 0,64%, e o de Empresas Estatais (IBOVB3), com leve queda de 0,13%.

Desempenho das ações e composição do índice

A consultoria atribui o desempenho do Iagro à dispersão entre as ações que compõem sua carteira. Das 30 empresas do índice, 19 apresentaram resultado negativo no ano. O movimento reflete a pressão sobre segmentos como agronegócio, papel e celulose, açúcar e álcool e materiais rodoviários.

Entre as maiores quedas do ano, estão:

  • Recrusul (RCSL3), com -73,91%;
  • Raízen (RAIZ4), com -55,09%;
  • Tupy (TUPY3), com -45,17%.

Também registraram perdas companhias como Suzano (-20,52%), Cosan (-26,47%) e São Martinho (-35,55%).

Ações em alta

Na ponta oposta, algumas empresas conseguiram resultado positivo, de acordo com a Elos Ayta. A Hidrovias (HBSA3) liderou as altas, com 58,75%, impulsionada pela recuperação logística.

Na sequência, Minerva (BEEF3) teve valorização de 56,88%, favorecida pelas exportações de carne, e Recrusul (RCSL4) subiu 50,94%.

Histórico do índice

Criado em janeiro de 2019, o Iagro apresenta histórico de volatilidade. Desde então, registrou três anos de resultado negativo: 2022 (-12,82%), 2024 (-11,35%) e 2025 (-8,7%) até outubro. O melhor desempenho ocorreu em 2019, quando o índice acumulou alta de 46,91%.

De acordo com a Elos Ayta, o cenário atual reflete o impacto de custos elevados, preços internacionais menores e margens reduzidas em cadeias produtivas do agronegócio, fatores que têm pressionado o desempenho do índice ao longo do ano.



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política agrícola é falha no país da COP30


Esse é o terceiro e último artigo da trilogia sobre a gestão de riscos agrícolas no Brasil. Nos dois anteriores — “Brasil há 147 anos debate gestão de riscos agrícolas sem soluções eficazes” e “O que o mundo aprendeu sobre seguro rural e o Brasil ainda ignora” — mostrei um paradoxo triste e verdadeiro: o mesmo governo que criou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é o que hoje o enfraquece.

Encerramos essa trilogia mais pessimista, com um país que chega à safra 2025/26 repetindo o velho padrão de improviso na política agrícola. Mesmo após décadas de debate sobre gestão de riscos, o Brasil ainda privilegia o socorro emergencial em vez da prevenção de prejuízos. Com a confirmação da La Niña, que deve provocar veranicos prolongados e chuvas irregulares no Centro-Sul, a nova safra já nasce sob alerta — e sem o respaldo adequado do seguro rural.

Os sinais de deterioração são claros. Dados do Banco Central mostram que a inadimplência do crédito rural atingiu 9,3%, o maior índice da série. Já os pedidos de recuperação judicial aumentaram 36% no primeiro semestre de 2025. Além disso, a contratação de crédito de custeio caiu 23%, os investimentos recuaram 44% e a área segurada despencou mais de de 14 milhões de 2021 para cá, protegendo menos de 3 milhões de hectares — ou seja, 3% da área agrícola nacional.

Enquanto o PSR encolhe, o governo reforça políticas emergenciais. Foram destinados R$ 11,9 bilhões ao Desenrola Agricultura Familiar, beneficiando cerca de 30% de um milhão de agricultores endividados, e mais R$ 12 bilhões via MP 1.314/2025 para renegociar dívidas — sem exigir seguro rural como parte da solução.

Outro problema grave: o governo não possui contabilidade oficial sobre quanto gasta todos os anos com renegociações. Essa ausência de transparência expõe a falta de uma política clara de gestão de riscos públicos. Em 2024, o seguro rural recebeu apenas 3,7% dos R$ 26 bilhões aplicados nas principais políticas agrícolas, embora seja de seis a oito vezes mais eficiente que o crédito ou o Proagro no uso do recurso público.

Desde 2003, o seguro rural indenizou mais de R$ 32 bilhões, sendo R$ 22 bilhões apenas nos últimos cinco anos — valores que evitaram novas renegociações e mantiveram produtores em atividade. Imagine o resultado se o país tivesse dobrado a aposta no seguro nos últimos quatro anos.

O modelo do seguro rural funciona — é moderno, técnico e sustentável. Falta apenas vontade política para transformá-lo em eixo central da política agrícola. Ele não só protege o produtor, como pode salvar o falido modelo de crédito rural, tornando-o saudável novamente.

Sem previsibilidade orçamentária e prioridade estratégica, o Brasil continuará pagando caro por não aprender a lição que o mundo já domina.

Que país é esse?

*Pedro Loyola é consultor em gestão de riscos agropecuários e financiamento sustentável e coordenador executivo do Observatório do Seguro Rural da FGV Agro.


Canal Rural e a FGV Agro não se responsabilizam pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seu autor. O Canal Rural se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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Safra de soja no PR deve ser de 21,96 milhões de t, aponta Deral



O estado do Paraná deve colher 21,96% milhões de toneladas de soja na safra 25/26, número 4% a mais do registrado na última safra, quando alcançou 12,18 milhões de toneladas da oleaginosa. Os dados, divulgados pelo Deral nesta quinta-feira (30), também indicam que a área está estimada em 5,776 milhões de hectares, comparado aos 5,770 milhões de hectares, praticamente estável.

A entidade afirma que a soja segue com plantio acelerado e perspectivas favoráveis. Até o momento, o plantio já alcançou 71% da área total prevista. O Deral afirma que, das lavouras já implantadas, 97% apresentam boas condições e apenas 3% mostram situação considerada mediana, resultado favorecido pelo clima e pela boa umidade do solo.

Números do milho

Com relação ao milho verão, o estado deve colher 3,46 milhões de toneladas do cereal na safra 2025/26, 13% maior ante a safra anterior, que foi de 3,05 milhões de toneladas. A área plantada, por sua vez, apresentou crescimento de 20%, atingindo 337,8 mil hectares ante 281,3 mil hectares. A produtividade deve chegar a 10.237 kg/ha no ciclo 2025/26, ante 10.862 kg/ha na temporada passada.

Trigo

Para a safra 2024/25 de trigo, em fase final de colheita, as expectativas do Deral também são positivas. “Vai se confirmando uma produtividade recorde, mesmo com a redução da área cultivada e os desafios impostos pelo excesso de chuvas”, disse a entidade. “É muito provável que o Paraná supere os 3.173 kg/ha registrados na safra de 2016.” No ciclo anterior, o rendimento foi de 2.139 kg/ha.

Números do estado

O Deral pontua, no entanto, que a produtividade recorde não garantirá uma produção volumosa como as observadas em outras temporadas. Com a área atual reduzida para 818,9 mil hectares, uma retração de 25% em relação à do ano anterior (1,11 milhão de hectares), o volume colhido neste ano deve ficar próximo de 2,75 milhões de toneladas ante 2,32 milhões de toneladas em 2023/24, alta de 18%.

A entidade afirma que a colheita continua avançando com bons rendimentos no estado, apesar das dificuldades impostas pelas chuvas. Os dias de sol da semana anterior favoreceram a secagem dos grãos no campo e permitiram que a colheita atingisse 83% dos 819 mil hectares semeados em 2025.

Nas áreas já colhidas, as produtividades registradas superaram 3.300 kg/ha. Há expectativa de que esse número aumente nas áreas ainda por colher, concentradas principalmente no sul.



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Amazônia e Cerrado registram queda de 11% no desmatamento



O desmatamento na Amazônia e no Cerrado diminuiu no período de agosto de 2024 a julho de 2025, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na Amazônia, a queda foi de 11,08% em relação ao período anterior, de agosto de 2023 a julho de 2024. Já no Cerrado, a queda foi de 11,49%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA).

Na Amazônia, os dados mostram que foram queimados 5.796 km². Esta é a terceira menor taxa da série histórica, que começou a ser medida em 1988, e o terceiro ano consecutivo de redução.

Os estados que mais contribuíram com o desmatamento foram o Pará, Mato Grosso e Amazonas, que responderam, juntos, por 80% de todo o desmatamento na Amazônia Legal.

O Tocantins registrou a maior queda proporcional, com 62%. A queda pode ser explicada porque o estado possui uma área de floresta menor que os outros integrantes da Amazônia Legal. O Amapá teve uma queda de 42%; Roraima apresentou queda de 37%.

Em Rondônia, a redução foi de 33%. O Acre registrou queda de 27%, consolidando uma tendência na região desde 2021. Já no Maranhão, a queda foi de 26%; e no Amazonas o percentual foi de 16,93%.

“Ainda que exista uma queda do desmatamento, uma coisa que chama atenção é o incremento da área desmatada por degradação progressiva, com grandes incêndios florestais que chegam a levar a floresta ao colapso”, afirmou o coordenador do Programa BiomasBR do Inpe, Cláudio Almeida.

Ele destaca o aumento de 25,05% no desmatamento em Mato Grosso, estado bastante afetado por incêndios.

Cerrado

Em relação ao Cerrado, o desmatamento atingiu a taxa oficial de 7.235,27 km², o que equivale a uma queda de 11,49% em relação ao período de agosto de 2023 a julho de 2024. É o segundo ano consecutivo de redução, após cinco de alta.

Os dados do Prodes mostram que o maior percentual de desmatamento ocorreu na área do Matopiba – região de fronteira do agronegócio que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Juntos, eles responderam por 78% de toda a área desmatada no bioma.

Os maiores desmatadores foram o Maranhão, que registrou 28% de toda a área desmatada; Tocantins, com 21%; Piauí, com 19% e a Bahia, com 11%.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que os dados mostram o compromisso do governo com a agenda ambiental de desmatamento zero até o ano de 2030.

“A redução do desmatamento na Amazônia pelo terceiro ano consecutivo nesta gestão e no Cerrado pelo segundo ciclo seguido é a confirmação de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula. Isso é fundamental para que o país contribua ao enfrentamento à mudança do clima a nível global, o que beneficia diretamente a vida dos brasileiros e brasileiras, que já enfrentam, em diferentes medidas, os impactos crescentes do aquecimento global em forma de eventos extremos, por exemplo”, disse a ministra.

Segundo ela, combater o desmatamento e proteger o meio ambiente são condicionantes para que o Brasil alcance o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou o avanço nos mecanismos de monitoramento como fundamentais para auxiliar as ações de prevenção e combate ao desmatamento.

“Esses resultados não são obra do acaso. A excelência do Inpe e o monitoramento de precisão que realizamos são o alicerce que nos permite enxergar a realidade do nosso território e, a partir daí, fornecer subsídios às ações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, nessa parceria que tem sido tão frutífera”, afirmou.



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AgroNewsPolítica & Agro

Implemento automatiza distribuição de tubos nos canaviais



Desde 2024, foram vendidas 22 unidades do Hauler em lote piloto


Desde 2024, foram vendidas 22 unidades do Hauler em lote piloto
Desde 2024, foram vendidas 22 unidades do Hauler em lote piloto – Foto: Canva

Uma startup brasileira destinou R$ 1,5 milhão ao desenvolvimento de um novo implemento voltado à mecanização da distribuição de tubos utilizados na fertirrigação, especialmente na aplicação de vinhaça, subproduto do etanol com alto valor fertilizante. A Agricef, empresa especializada em soluções tecnológicas para o agronegócio, é a responsável pelo projeto do Hauler, equipamento que nasceu de demandas do setor sucroenergético e já vem sendo adotado por grandes grupos.

Desde 2024, foram vendidas 22 unidades do Hauler em lote piloto. Em 2025, outras 12 foram entregues, e novas negociações estão em andamento para 2026, com potencial estimado de 300 unidades no mercado brasileiro. Entre os clientes está o grupo Atvos, que adquiriu recentemente 12 equipamentos.

O principal diferencial do Hauler é a automatização do processo de carga e descarga dos tubos, reduzindo riscos operacionais e aumentando a eficiência. No método tradicional, operadores trabalhavam sobre caminhões em movimento, o que frequentemente resultava em acidentes. Com o novo sistema, o processo é mais rápido e seguro, permitindo ganhos de 20% a 40% na montagem das tubulações e redução de até 40% no efetivo necessário.

“Estimamos que o mercado potencial brasileiro para a solução alcance cerca de 300 unidades”, explica Domingos Guilherme Cerri, diretor de pesquisas, desenvolvimento e inovação da Agricef. “A segurança foi o grande impulso para o desenvolvimento do Hauler. No método tradicional, dois operadores permanecem sobre o caminhão, repassando os tubos para colegas posicionados no solo, muitas vezes com o veículo ainda em movimento”, conclui.

 





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Mapa apreende 75 mil litros de cachaça clandestina em operação


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma operação de fiscalização que resultou na apreensão de aproximadamente 75 mil litros de cachaça produzida de forma clandestina e em condições impróprias para consumo, na região de Criciúma, em Santa Catarina.

A inspeção foi realizada em ao menos três estabelecimentos que não possuíam registro no Mapa e produziam bebidas em condições inadequadas.

A ação reforça a importância de que a produção de bebidas alcoólicas seja realizada em estabelecimentos regularizados e que cumpram as normas sanitárias, assegurando a qualidade e a procedência dos produtos oferecidos à população.

O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) foi responsável pela inspeção. A operação foi realizada em três estabelecimentos, dois foram autuados e interditados por não possuírem registro junto ao Mapa e o terceiro foi autuado por produção em condições sanitárias inadequadas.

Cachaça
Foto: divulgação/ Ministério da Agricultura e Pecuária

Risco à saúde

O consumo de bebidas clandestinas representa grave risco à saúde, podendo causar intoxicações, cegueira e até morte, em razão da presença de substâncias tóxicas oriundas de adulterações ou de processos de produção irregulares.

Regularização de atividades

Para realizar o registro ou regularizar as atividades, recomenda-se acessar a seção de vinhos e bebidas, disponível no site do Mapa, com destaque para a Instrução Normativa Mapa nº 72/2018, que estabelece os requisitos e procedimentos administrativos para o registro de estabelecimentos e de produtos classificados como bebidas e fermentados acéticos.



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Mais de 1 bilhão de copos de leite já foram produzidos no Brasil com práticas regenerativas



Com a proximidade da COP30, em Belém, os temas ligados à sustentabilidade ganham cada vez mais destaque, e a agricultura regenerativa desempenha papel fundamental no campo. Segundo a Embrapa, essa prática envolve rotação de culturas, técnicas que reduzem o escorrimento da água e previnem erosão, e o plantio direto, que mantém o solo coberto, minimiza o revolvimento e realiza a semeadura em nível, respeitando a declividade do terreno.

Quando boas práticas são adotadas no campo pelos produtores rurais, o impacto negativo da atividade agrícola tende a ser mínimo, preservando a saúde do solo e dos ecossistemas sob os aspectos físico, químico e biológico.

Nesse contexto, a Nestlé tem intensificado seus investimentos em agricultura regenerativa nas cadeias produtivas de leite, café e cacau, com o objetivo de transformar suas operações em modelos sustentáveis e de baixo carbono.

Focada no produtor rural, a companhia oferece assistência técnica, acesso a crédito e ferramentas digitais de monitoramento em tempo real, que promovem o uso racional da água, o manejo responsável do solo e o bem-estar animal. Essas ações se concentram em três programas principais: Nature Ninho (leite), Nescafé Plan (café) e Cocoa Plan (cacau).

As iniciativas incluem práticas como plantio direto, adubação orgânica, rotação de culturas e manejo adequado de dejetos, que reduzem emissões e aumentam a produtividade. Segundo dados da empresa, as fazendas participantes já registram redução de até 39% na pegada de carbono, além da produção de mais de 1 bilhão de copos de leite com práticas regenerativas no Brasil.

Durante workshop realizado na sede da empresa, Bárbara Sollero, head de Agricultura Sustentável da Nestlé, destacou que cerca de 70% das emissões da companhia têm origem no campo, reforçando que a transição regenerativa é essencial para atingir a meta de neutralidade de carbono até 2050. Desde o início da iniciativa global, a Nestlé já reduziu 21% de suas emissões totais.

A mensuração dos resultados dos programas é realizada em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). O trabalho conjunto começou em 2019, quando a Nestlé e outras empresas passaram a integrar o Grupo de Sistemas Agroalimentares do Cebds, voltado à criação de indicadores de carbono, biodiversidade e produtividade.

As métricas desenvolvidas foram apresentadas na COP28, em Dubai, e servirão de base para as discussões da COP30, em Belém. O Cebds reúne mais de 100 empresas associadas e é responsável por desenvolver metodologias que permitem medir o impacto real das práticas sustentáveis no campo.

Nature por Ninho

No setor de leite, o Nature por Ninho, programa criado há 20 anos, tem como foco o manejo sustentável de pastagens, a melhoria do solo e a redução de emissões na produção. A Nestlé também destinou R$ 100 milhões em linhas de crédito do Banco do Brasil para produtores que adotam práticas sustentáveis, avaliadas por um sistema de certificação em quatro níveis (Bronze, Prata, Ouro e Diamante) conforme o grau de sustentabilidade das propriedades.

Nescafé Plan

O Nescafé Plan envolve 3,8 mil propriedades rurais, promovendo rotação de culturas, uso de adubos naturais e integração entre lavoura e floresta, com foco em reduzir o impacto ambiental e fortalecer a produtividade de longo prazo.

Cocoa Plan

O Cocoa Plan apoia 6,5 mil produtores de cacau com práticas agroflorestais, tecnologia e incentivo à liderança feminina no campo, buscando aumentar a produtividade e garantir uma cadeia de valor mais sustentável.



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Mariangela Hungria, da Embrapa, entra para lista de personalidades mais influentes em ações pelo clima



A pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria foi incluída na lista Time100 Climate 2025, que reconhece as cem personalidades mais influentes do mundo em ações climáticas, na categoria Defenders (Defensores). A lista será publicada na edição de 10 de novembro de 2025.

“Trabalhar com a produção de alimentos almejando a segurança alimentar usando práticas sustentáveis que permitem defender o planeta é um privilégio”, afirmou Mariangela Hungria, que recebeu neste mês o Prêmio Mundial da Alimentação (WFP), concedido pela Fundação World Food Prize e conhecido como o “Nobel da Agricultura”. A cientista também ressaltou a importância do reconhecimento para a adoção de práticas sustentáveis na agricultura.

Participação na COP30

Mariangela Hungria participará das ações da Embrapa na AgriZone, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém (PA), em novembro. “Espero transmitir a mensagem sobre a viabilidade do uso de produtos biológicos para substituir agroquímicos”, declarou, destacando a mitigação de gases de efeito estufa e o acesso a alimentos de qualidade.

Com mais de 40 anos de experiência, Mariangela desenvolve inovações na área de microbiologia do solo, resultando no lançamento de mais de trinta tecnologias. Sua pesquisa foca na substituição de fertilizantes químicos por microrganismos, como a fixação biológica de nitrogênio (FBN), que aumentou em média 8% a produção de grãos de soja, sem fertilizantes nitrogenados, em 85% das áreas cultivadas com soja no Brasil.

Contribuições e trajetória

A coinoculação da soja, com bactérias fixadoras de nitrogênio e promotoras de crescimento, já é adotada em cerca de 35% da área total cultivada. Em 2024, a economia gerada pela dispensa de fertilizantes nitrogenados foi estimada em 25 bilhões de dólares, além da mitigação de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalentes.

Nascida em 1958 em São Paulo, Mariangela Hungria formou-se em Engenharia Agronômica e possui doutorado em Ciência do Solo. É pesquisadora da Embrapa desde 1982 e acumula mais de quinhentas publicações científicas e três pós-doutorados. Reconhecida por sua atuação, ela é comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro de várias academias científicas.

Com informações de: embrapa.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



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Canal Rural vence prêmio com reportagem sobre integração lavoura-pecuária



A equipe do Canal Rural no Rio Grande do Sul conquistou o primeiro lugar na categoria Telejornalismo do Prêmio Sema-Fepam de Jornalismo Ambiental, do governo estadual. O reconhecimento veio com a reportagem “Integração lavoura-pecuária ganha espaço na Campanha Gaúcha”, produzida pela repórter Eliza Maliszewski e pelo cinegrafista Marcel Oliveira.

A premiação, promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), foi realizada no Jardim Botânico de Porto Alegre e registrou recorde de participação, com 235 trabalhos inscritos em seis categorias.

Transformação por meio da preservação

Gravada em abril do ano passado, a reportagem premiada mostra como a integração entre pecuária e agricultura tem transformado propriedades da Campanha Gaúcha, unindo eficiência produtiva e preservação ambiental. O destaque foi para a Estância Cerro do Ouro, fazenda centenária fundada em 1918 e hoje administrada pela quinta geração da família Teixeira.

A produção revela práticas sustentáveis que vão desde o uso de biofábricas de microrganismos até a energia solar e o reaproveitamento de água da chuva. O sistema de agricultura regenerativa, adotado pela propriedade, mantém o equilíbrio do solo e permite bons resultados mesmo em períodos de seca.



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