domingo, julho 6, 2025

Agro

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Nova frente fria traz dia gelado, chuva e geada; veja previsão do tempo



A segunda-feira (7) será marcada por mudanças significativas no tempo Brasil afora, segundo análise dos meteorologistas da Climatempo. Confira como ficam as condições do tempo e a possibilidade de chuva em cada região do país.

Sul: dia gelado e muita chuva

Uma nova frente fria se aproxima do Rio Grande do Sul, elevando a umidade e estimulando a formação de nuvens de chuva, principalmente em áreas de fronteira com o Uruguai.

O sol ainda aparece pela manhã, mas há previsão de chuva moderada a forte no período da tarde em cidades como Uruguaiana e no extremo oeste gaúcho. Apesar da instabilidade, o dia começa gelado, com possibilidade de geada na Serra do Rio Grande do Sul e em trechos da Serra de Santa Catarina.

A combinação de umidade, tempo mais aberto e temperaturas baixas aumenta as chances de formação de nevoeiro no Sul, especialmente no sul gaúcho, Grande Porto Alegre, sul do Paraná e na capital Curitiba, reduzindo a visibilidade durante as primeiras horas do dia. No restante do Sul, incluindo as capitais, o tempo fica firme ao longo do dia.

Sudeste: frio pela manhã e tempo seco no interior

No Sudeste, o transporte de umidade do oceano mantém o céu com mais nuvens e chuva fraca no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. O amanhecer continua frio, com possibilidade de geada fraca e pontual no Vale do Paraíba e na Serra da Mantiqueira.

Há previsão de nevoeiro na Grande São Paulo, Campinas, Sorocaba, capital fluminense e Zona da Mata mineira. Mesmo assim, grande parte da região começa a semana com sol entre nuvens e sem previsão de chuva.

À tarde, as temperaturas ficam amenas na capital paulista, enquanto o ar seco predomina no norte de São Paulo Triângulo Mineiro e noroeste de Minas Gerais.

Centro-Oeste: calor intenso e ar seco

No Centro-Oeste, a previsão indica calor intenso e tempo seco em todo o território.

A tarde será ensolarada e a umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 30% desde o norte de Mato Grosso do Sul até o norte de Mato Grosso.

Em Cuiabá, Goiânia e Brasília, a qualidade do ar pode ficar prejudicada por causa da baixa umidade.

Norte e Nordeste: alerta para temporais e chuvas fortes

No Norte, o alerta é para temporais no Amazonas e em Roraima. Cidades como Manaus, Belém e Macapá começam a semana com tempo abafado e possibilidade de pancadas de chuva fortes.

No Nordeste, a infiltração marítima mantém o tempo nublado e com chuva a qualquer hora do dia entre o litoral norte da Bahia e Sergipe, incluindo Salvador, que pode registrar pancadas mais intensas. Entre Alagoas e Rio Grande do Norte, a chuva ocorre de forma mais isolada, mas pode ter intensidade moderada a forte.

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o herói criado no campo e os valores do agro na formação de Clark Kent



Nesta semana, os fãs de quadrinhos e cinema celebram a aguardada estreia do novo filme do super-homem, intitulado Superman: O Legado, dirigido por James Gunn e estrelado por David Corenswet como o “Homem de Aço”. A produção marca uma nova fase no universo cinematográfico da DC e traz não apenas cenas de ação e heroísmo, mas também uma revisitação às origens do personagem, que se cruzam diretamente com a vida no campo.

Para o público do agronegócio, a trajetória de Clark Kent — o Superman — tem um significado especial. Afinal, o maior super-herói da cultura pop foi criado em uma fazenda, por pais adotivos agricultores, na fictícia cidade de Smallville, Kansas. Essa origem rural moldou profundamente o caráter, os valores e a visão de mundo do herói que se tornaria o símbolo da justiça.

Superman: O Legado — o filme que resgata a humanidade do herói

O longa “Superman: O Legado” é o primeiro filme do novo universo DC liderado por James Gunn, que também assina o roteiro. Com lançamento mundial nesta semana, o filme promete resgatar elementos clássicos da mitologia do Superman, incluindo sua criação no meio rural. A produção conta com:

  • David Corenswet (conhecido por Pearl) como Clark Kent/Superman.
  • Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel) no papel de Lois Lane
  • Nicholas Hoult como Lex Luthor (Nosferatu e Mad Max)
  • Direção e roteiro de James Gunn, criador de sucessos como Guardiões da Galáxia e O Esquadrão Suicida

Gunn já declarou em entrevistas que sua abordagem ao Superman busca trazer um herói “esperançoso, gentil e profundamente humano” — exatamente os traços que ele absorveu durante sua infância no campo. A fazenda dos Kent não é apenas um cenário de fundo: ela é a semente de todo o idealismo e senso de dever que o herói carrega.

A origem agrícola de Clark Kent: o agro como escola de valores

Muito antes de voar pelos céus de Metrópolis, Clark Kent aprendia a cuidar da terra, alimentar os animais e respeitar os ciclos da natureza ao lado de seus pais adotivos, Jonathan e Martha Kent. Para quem vive no campo, essas tarefas são rotina. Para o Superman, foram a base de sua moral.

Jonathan Kent, um produtor rural íntegro e trabalhador, ensinou ao filho a importância de plantar com responsabilidade, colher com sabedoria e cuidar das pessoas e da terra com respeito. Esses ensinamentos serviram como norte ético para o Superman ao longo de sua trajetória.

Essa origem agrícola é parte essencial da identidade do personagem e pode ser vista como um espelho dos valores que norteiam o agronegócio brasileiro: resiliência, trabalho duro, respeito à natureza, ética e responsabilidade social.

O campo na formação de caráter

É comum vermos na literatura e na vida real que muitos líderes — inclusive políticos, empresários e figuras públicas — tiveram passagens marcantes pela vida rural. O campo, com seus desafios diários e a constante convivência com os ritmos da natureza, oferece um ambiente único de aprendizado.

Clark Kent representa esse arquétipo. Ao contrário de outros super-heróis com origens urbanas ou tecnológicas, o Superman foi moldado por uma realidade simples, mas profundamente significativa. Isso faz com que ele se destaque como um herói com os pés no chão — literalmente.

No Brasil, milhões de jovens são criados em propriedades rurais, aprendendo desde cedo sobre responsabilidade, trabalho em equipe, respeito às tradições e ao meio ambiente. Esses jovens têm muito em comum com o jovem Clark Kent que cresceu cuidando da fazenda dos pais adotivos no coração dos Estados Unidos.

Agro na cultura pop: de Smallville ao mundo real

A representação do campo como um espaço de valores nobres tem se fortalecido na cultura pop, e a nova produção do Superman é mais um exemplo disso. Em diversas mídias, vemos cada vez mais personagens com vínculos rurais sendo retratados como íntegros, resilientes e conectados com o que há de mais essencial: a terra, a família e a verdade.

Essa valorização do campo também contribui para mudar a percepção do grande público sobre o agronegócio. O produtor rural deixa de ser apenas um coadjuvante e passa a ser visto como um agente essencial na construção de um futuro melhor — não só economicamente, mas também socialmente.

A estreia de Superman: O Legado é mais do que um evento do cinema. É uma oportunidade de reconhecer que os valores que sustentam os maiores heróis da ficção são os mesmos que movem os homens e mulheres do campo todos os dias.

Nunca vamos esquecer, o maior dos super-heróis é o mais justo e tem os valores mais humanos entre todos por ter sido criado por Jonathan e Martha Kent em uma fazenda, bom nos lembrar e passar para nossos filhos.



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‘Financiamento climático é responsabilidade de países ricos’



A declaração de líderes do Brics, divulgada na tarde deste domingo (6), traz 21 tópicos relacionados às mudanças climáticas. Entre os pontos defendidos pelos 11 países, está a visão de que o financiamento climático é responsabilidade das nações mais desenvolvidas do planeta.

“Enfatizamos que garantir a países em desenvolvimento financiamento climático acessível com a urgência adequada e sob custos viáveis é essencial para facilitar trajetórias de transições justas que combinam ação climática com desenvolvimento sustentável”, informa o documento.

Segundo a mensagem dos líderes do grupo, chamada de Declaração do Rio, a provisão e mobilização de recursos sob a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e o Acordo de Paris “é uma responsabilidade dos países desenvolvidos para com os países em desenvolvimento”.

O texto também convoca todos os países a honrarem seus compromissos com o Acordo de Paris e ampliarem seus esforços para combater as mudanças climáticas. A declaração destaca que o grupo está determinado a liderar uma mobilização global por um sistema financeiro internacional mais justo e sustentável.

Um dos pontos destacados é a necessidade urgente de reformar a governança do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), com representação mais equilibrada e equitativa dos países em desenvolvimento.

Em relação à defesa das florestas, o Brics encoraja países doadores a anunciarem contribuições ambiciosas para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que será lançado na COP30.

Transição energética justa

Integrado por alguns dos principais produtores de petróleo do mundo, como Brasil, Rússia, China, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes, o Brics destaca que os combustíveis fósseis ainda têm papel importante na matriz energética mundial.

No entanto, eles reafirmam seu compromisso de garantir transições energéticas justas e inclusivas, de acordo com as circunstâncias nacionais, além de acesso universal a energia confiável, sustentável e a preço acessível. Os combustíveis de aviação sustentáveis (SAF) e com baixo carbono (LCAF) aparecem em destaque no texto.

Pontos de preocupação especial mencionados pelo Brics são a desertificação, degradação do solo, seca e poluição plástica.

O documento também destaca algumas ações do grupo, com os Princípios do Brics para Contabilidade de Carbono Justa, Inclusiva e Transparente; o Laboratório do Brics sobre Comércio, Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável; e os Termos de Referência da Plataforma do Brics de Pesquisa Climática.

Há também a rejeição a medidas protecionistas unilaterais, punitivas e discriminatórias sob pretexto de preocupações ambientais.

O fortalecimento da cooperação na área de exploração espacial para fins pacíficos e aproveitamento das agências espaciais para realizar exercício conjunto para apoiar a COP30 na UNFCCC.

Em documento com os destaques da da declaração dos líderes, a organização da cúpula do Brics no Rio de Janeiro destacou que “nossa Declaração-Marco na área de clima lança um mapa do caminho para, nos próximos cinco anos, transformar nossa capacidade de levantar recursos contra a mudança do clima. Com a escala coletiva do Brics, lutaremos contra a crise climática deixando nossas economias mais fortes e mais justas”



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Fávaro diz que Brics são esperança de volta à normalidade no comércio



O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, criticou neste domingo (6) medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos contra parceiros comerciais. Durante reunião de cúpula do Brics, ele afirmou que o grupo de 11 países, em sua defesa do multilateralismo, é uma esperança de retorno à normalidade no comércio internacional.

“O mundo não precisa de supertaxação, de protecionismo. Taxar a exportação de alimentos é taxar o combate à fome, é encarecer a comida no mundo. O Brics, que representa quase 50% da população mundial, ao ter um posicionamento a favor do multilateralismo, é esperança que dias normais voltem a acontecer no comércio mundial”, disse Fávaro.

O ministro afirmou que é um contrassenso que os Estados Unidos, sob um governo “dito liberal na economia”, adote taxações e medidas protecionistas.

“O Brasil, que tem um governo progressista, muito preocupado com o social, defende fortemente o multilateralismo, a não taxação, o livre mercado. É um rumo certo que o Brasil apresenta para o mundo, e o Brics é uma plataforma fundamental para isso”.

Gripe aviária

Fávaro falou ainda que o Brasil mostrou eficiência ao lidar com a ocorrência de gripe aviária em uma granja do país. Segundo ele, o caso ficou contido em apenas um local, e somente 17 mil animais foram abatidos. Nos Estados Unidos, o ministro falou, foram 170 milhões de abates por causa da doença.

Apenas nove dos mais de 20 mercados estrangeiros que restringiram a compra do frango brasileiro depois da ocorrência da gripe aviária no país ainda mantêm seus embargos. Entre eles, estão a União Europeia e a China.

“Eu tive a oportunidade, durante a [reunião] bilateral do presidente Lula com o primeiro-ministro chinês, [de pedir] para que eles pudessem rever o posicionamento de restrição. Ele [o premiê] disse que já sabia do caso, e que eles estão estudando os protocolos rapidamente para retomar a compra de frango brasileiro”.

As relações possibilitadas pelo Brics também favoreceram, segundo Fávaro, a abertura de mais um mercado para a carne bovina brasileira: a Indonésia.

“Tivemos a oportunidade de, ontem, embarcarmos a primeira carga de carne bovina brasileira para a Indonésia, um mercado muito vantajoso, muito importante, e isso está gerando oportunidade para nossa agropecuária”, disse.

O que é o Brics?

O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática de países que formam o chamado Sul Global, buscando cooperação internacional e o tratamento multilateral de temas globais.

Além de buscar mais influência e equidade de seus integrantes em instituições como Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brics tem em seu radar a criação de instituições voltadas para seus participantes, como o Novo Banco de Desenvolvimento, chamado de banco do Brics.

Por não ser uma organização internacional, o Brics não tem um orçamento próprio ou secretariado permanente.

Quantos países fazem parte do Brics?

Atualmente, o grupo conta com 11 países-membros e dez países-parceiros.

Países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia.

Países-parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Qual a diferença entre país-membro e país-parceiro?

A modalidade país-parceiro foi criada durante a Cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro de 2024. Esses países são convidados a participar dos encontros e dos debates. A principal diferença entre as categorias é que apenas os países-membros têm poder de deliberação, ou seja, votar nos encontros, por exemplo, para referendar a declaração final do grupo.



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Rações mais eficientes querem reduzir fezes na produção de tilápia



Em resposta às crescentes preocupações com as mudanças climáticas globais, a Embrapa Agropecuária Oeste (MS), em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), lidera uma pesquisa no Brasil focada em mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na aquicultura.

O estudo, com foco inicial na criação de tilápias, visa aprimorar a formulação de rações para peixes com o objetivo de melhorar o aproveitamento da dieta e reduzir resíduos, diminuindo, assim, a pegada de carbono dessa importante cadeia produtiva. Outra parte diz respeito ao manejo da piscicultura e seus resíduos com o mesmo objetivo. 

A pesquisadora Tarcila Souza de Castro Silva, da Embrapa Agropecuária Oeste, conta que o principal objetivo desta pesquisa é aumentar a eficiência alimentar das tilápias. Assim, minimiza a quantidade de sobras de ração, fezes e carcaças que se acumulam na água e nos sedimentos dos sistemas de cultivo.

“Estudos indicam que apenas 20% a 60% da matéria orgânica e nutrientes da ração se transformam em biomassa de peixes, com a maior parte se tornando resíduo e contribuindo para a emissão de GEE”, acrescenta a pesquisadora.

Luis Antonio Kioshi Aoki, também pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, destaca que um dos principais resultados esperados com a pesquisa está relacionado à redução dos impactos ambientais diretos das emissões de GEE.

A otimização da alimentação dos peixes e formas de reaproveitamento dos resíduos gerados proporciona, ainda, mais sustentabilidade aos sistemas aquícolas.

“A redução da pegada ambiental é considerada essencial para que os produtores brasileiros possam competir em mercados internacionais com normas ambientais rigorosas e estamos trabalhando para contribuir com esses resultados ainda melhores”, afirma Inoue.

Avanços do estudo

Os cientistas acreditam que existe uma relação crucial entre a nutrição dos peixes e as emissões de gases.

“A alimentação dos peixes representa o maior aporte de matéria-orgânica e nutrientes nos ambientes aquícolas. Uma menor parte desses são retirados dos sistemas, por meio da retirada dos peixes na despesca. O restante desses materiais nem sempre são possíveis de serem removidos, o que podem representar as maiores fontes para as emissões de gases efeito estufa”, salienta Tarcila.

Ela informa que os gases que estão sendo estudados, atualmente,  incluem dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Segundo a especialista, “quanto maior o volume de sobras, fezes e carcaças na água, maior é a emissão de gases, em especial, o metano. Por isso, estamos empenhados em otimizar a alimentação dos peixes com ingredientes e formulações que atendam às suas necessidades, melhorem seu desempenho e reduzam os resíduos na água.”

Para ela, nesta pesquisa estão sendo dados os primeiros passos para analisar o aproveitamento de cada ingrediente e a quantidade de GEE gerados. Tarcila ressalta a importância de estudos anteriores que revelaram que a cada tonelada de tilápia produzida, eliminam-se 320 kg de resíduos sólidos da água, e explica “precisamos diminuir esse volume, pois excesso de fezes na água podem prejudicar a sustentabilidade da atividade”.

Reutilização de resíduos

Paralelamente, a equipe explora outras possibilidades para lidar com os excessos de resíduos. O pesquisador Inoue conta que toda a equipe do Laboratório de Piscicultura da Embrapa tem se dedicado a explorar formas de coletar e reutilizar os resíduos gerados pelos peixes, especialmente em sistemas de produção mais intensivos, como os tanques elevados.

Dessa forma, a intenção é viabilizar informações que possibilitem a utilização desses resíduos na produção de bioinsumos ou biogás.

“As boas práticas de manejo tornam-se fundamentais para a aquicultura, especialmente na redução dos impactos ambientais, incluindo a diminuição das emissões de GEE. A adoção de estratégias, como alimentação apropriada, monitoramento frequente da qualidade da água e manejo eficaz dos efluentes, são essenciais para minimizar esses impactos e fomentar a sustentabilidade da atividade”.

O pesquisador Laurindo André Rodrigues salienta que a pesquisa realizada pela Embrapa Agropecuária Oeste está diretamente alinhada ao Plano Estadual MS Carbono Neutro, que visa neutralizar as emissões de gases de efeito estufa em Mato Grosso do Sul até 2030.

O estado, com grandes áreas voltadas para as atividades agropecuárias vem desenvolvendo estudos e políticas públicas, buscando incentivar a adoção de práticas agropecuárias que contribuem com a redução das emissões de GEE. “A pesquisa na piscicultura, portanto, contribui para essa meta estadual”, acrescenta ele.

*Sob supervisão de Victor Faverin



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Angus e charolês garantem bonificação máxima em MS com novilhas de alto padrão


A pecuária de corte sul-mato-grossense está dando exemplo de como transformar boas escolhas genéticas em lucros reais. Já clica no vídeo abaixo e confere essa história que é pura inspiração para a sua fazenda!

Em destaque no quadro Giro pelo Brasil, do programa Giro do Boi, pecuaristas do estado levaram para o abate lotes de novilhas angus e charolês que garantiram todas as bonificações possíveis, inclusive do respeitado Protocolo 1953.

E não foi com qualquer gado, não! As chamadas “novilhotas” impressionaram não só pelo desempenho de peso, mas também pelo acabamento de carcaça. Tudo isso com animais muito jovens e criados com manejo preciso.

Fazenda Bom Jesus: angus de primeira no Protocolo 1953

Bovinos meio-sangue Angus da Fazenda Bom Jesus, lá em Bela Vista (MS). Foto: Divulgação/Friboi CPG Campo Grande (MS)
Bovinos meio-sangue Angus da Fazenda Bom Jesus, lá em Bela Vista (MS). Foto: Divulgação/Friboi CPG Campo Grande (MS)

A Fazenda Bom Jesus, de Aristeu Alceu Carbonaro, localizada em Bela Vista (MS), foi responsável por um dos lotes mais elogiados da semana.

As novilhas angus, com idade jovem e zero dentes, atingiram um peso médio de 267 kg de carcaça, equivalente a 17,8 arrobas por cabeça.

O resultado foi um show de produtividade e genética. A premiação veio por meio do Protocolo 1953, que valoriza animais de raças taurinas e premia pela qualidade da carne, maciez e suculência.

Novilhas meio-sangue Charolês da Fazenda Cachoeirinha em Ribas do Rio Pardo (MS). Foto: Divulgação/Friboi CPG Campo Grande (MS)
Novilhas meio-sangue Charolês da Fazenda Cachoeirinha em Ribas do Rio Pardo (MS). Foto: Divulgação/Friboi CPG Campo Grande (MS)

Outro exemplo de capricho veio da Fazenda Cachoeirinha, em Ribas do Rio Pardo (MS), de propriedade do pecuarista Albano Coccapieler Ferreira.

Lá, as novilhas charolês atingiram uma média de 290 kg de carcaça, ou seja, 19,3 arrobas por animal, também com todas as bonificações garantidas.

Esses dados são um indicativo claro de que o cruzamento industrial bem conduzido — aliado à nutrição e ao manejo certos — gera um produto final muito valorizado pelo mercado.

Entenda o que é o Protocolo 1953

friboi - canadá - carnes premium
Foto: JBS Canada/divulgação

O Protocolo 1953 é um programa criado para remunerar melhor o pecuarista que entrega animais jovens e com pelo menos 50% de sangue taurino, como angus, charolês, hereford, canchim ou blonde d’aquitaine.

Para participar, as novilhas precisam ter no máximo quatro dentes, enquanto os machos devem ser castrados e ter até dois dentes incisivos. A qualidade da carne, especialmente a maciez e o acabamento de gordura, são critérios essenciais para garantir o bônus.

Desde seu lançamento em 2018, o protocolo vem ganhando força, reconhecendo o esforço de quem investe em genética, nutrição e bem-estar animal.

A lição deixada pelos pecuaristas de MS é clara: vale a pena investir no cruzamento industrial com raças taurinas.

Além de aumentar a produtividade, os resultados mostram que é possível atingir novilhas de quase 20 arrobas com idade jovem, prontas para atender aos protocolos de carne premium e ganhar um bônus significativo por arroba.

Para quem ainda duvida do retorno desse modelo, os dados apresentados no Giro do Boi são um convite à reflexão: com genética bem escolhida e um manejo eficiente, o pasto realmente vira ouro.



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Morre Mateus Paranhos, referência em bem-estar animal no Brasil



Morreu neste sábado (5) de julho, o professor Mateus Paranhos da Costa, aos 68 anos. Ele era docente na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP), e atuava há décadas em pesquisas sobre bem-estar animal.

Mateus Paranhos era reconhecido como um dos principais especialistas do Brasil no tema. Sua atuação abrangia estudos de comportamento animal, manejo racional de bovinos e equinos, transporte e abate humanitário. Ele também fundou o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo Etco), da Unesp, que se tornou referência nacional e internacional em pesquisa, ensino e extensão sobre etologia aplicada.

Além das atividades acadêmicas, Paranhos teve forte participação em políticas públicas e discussões técnicas voltadas ao bem-estar animal. Era frequentemente consultado por entidades privadas e órgãos governamentais para elaboração de normas, treinamentos e orientações, sendo considerado pioneiro em inserir o conceito de bem-estar como fator essencial na produção pecuária.

A morte do professor gerou manifestações de pesar de diversas entidades, como a Sociedade Brasileira de Etologia, a Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) e a própria Unesp. Em nota, a universidade destacou a contribuição de Paranhos para a formação de profissionais e pesquisadores comprometidos com o manejo ético e humanitário dos animais.

Nas redes sociais, ex-alunos, colegas de profissão e instituições expressaram gratidão pelo legado deixado pelo pesquisador. Muitos ressaltaram sua didática clara, sua paixão pelo ensino e sua capacidade de inspirar gerações de estudantes em defesa do bem-estar animal.



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o papel do agro em uma nova ordem mundial


Mesmo sem a presença de China, Rússia, Egito e Irã, encontro no Rio reforça o protagonismo do Brasil diante da reconfiguração da economia global, com o agronegócio como motor central dessa transformação. Vejam abaixo alguns números para melhor entendimento.

Brics em números

Cerca de 40% do PIB global é gerado pelos países do Brics — segundo estimativa de abril de 2025 do FMI

A projeção para 2025 indica um crescimento de 3,4% no PIB do bloco, acima da média global de 2,8%.

O grupo representa 40% da população mundial e 29–37% do comércio global

Força do agronegócio

Os Brics respondem por aproximadamente:

  • 42% da produção mundial de trigo,
  • 52% da produção de arroz,
  • 46% da produção de soja

O agronegócio brasileiro exportou US$ 165 bilhões em 2024, sendo 41% dessas vendas destinadas a países do Brics.

Vamos à análise

Enquanto o mundo atravessa um momento de desorganização econômica e crescente tensão geopolítica, o Brasil se posiciona com firmeza no cenário internacional. A Cúpula dos Brics, realizada nesta semana no Rio de Janeiro, acontece em um contexto crucial: os Estados Unidos, tradicional líder da economia global, dão sinais de retração estratégica, abrindo espaço para uma nova ordem multipolar.

Apesar da ausência física de pesos-pesados como China, Rússia e Irã, o evento ganhou relevância por sinalizar que o grupo segue ativo e com papel importante no debate sobre o futuro da economia mundial. Para o Brasil, a cúpula é mais que um encontro diplomático — é uma vitrine de oportunidades e uma afirmação de protagonismo.

O país começa a preparar o terreno para ocupar espaços deixados pela instabilidade das potências tradicionais. E não é por acaso. O agronegócio brasileiro, cada vez mais competitivo e tecnologicamente avançado, tornou-se o grande motor de crescimento do país. Com exportações recordes, produtividade em alta e ampliação de mercados, o Brasil pode, em breve, figurar entre as sete maiores economias do mundo, um feito impensável há poucos anos.

Especialistas apontam que, ao lado da Índia e de países emergentes africanos e latino-americanos, o Brasil tem potencial para liderar um novo bloco de equilíbrio comercial, baseado na produção de alimentos, energia limpa e bens de origem sustentável.

No pano de fundo, a estratégia americana de tentar preservar sua hegemonia por meio de barreiras comerciais, tensões cambiais e políticas internas de desvalorização do dólar tem gerado efeitos colaterais perigosos. Para muitos analistas, essa postura poderá resultar, no futuro próximo, em um grave desequilíbrio econômico global.

Miguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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JBS faz primeiro embarque de carne bovina para o Vietnã



A JBS embarcou neste sábado (5) o primeiro carregamento de carne bovina com destino ao Vietnã, com 27 toneladas processadas na unidade da Friboi de Mozarlândia (GO), recentemente habilitada para exportações ao país asiático. A cerimônia que marcou o primeiro embarque de carne brasileira para o Vietnã, realizada no Rio de Janeiro, contou com a presença do primeiro-ministro vietnamita Phạm Minh Chính e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Além de Mozarlândia, a unidade da JBS de Goiânia também recebeu habilitação para exportar ao Vietnã.

Com uma população que já ultrapassa 101 milhões de habitantes, segundo o General Statistics Office do Vietnã (GSO), e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 7,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2024, o país se consolida como um dos mercados mais promissores do Sudeste Asiático para proteínas animais.

“Estar presente nesse mercado é positivo para toda a cadeia do agronegócio nacional: produtores rurais, indústrias, fornecedores e trabalhadores. Trata-se de setor que representa 20% do PIB, gera emprego e movimenta economias regionais”, disse a diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS, Marcela Rocha, em discurso durante o evento.

Em 2024, os vietnamitas importaram cerca de 300 mil toneladas de carne bovina e de búfalo, com destaque para produtos voltados ao consumo interno de uma classe média em expansão. O cenário de crescimento sustentado e urbanização acelerada deve impulsionar ainda mais a demanda nos próximos anos e posiciona o Brasil como um fornecedor estratégico para atender esse mercado.

A JBS foi a primeira empresa brasileira do setor a investir diretamente no território vietnamita. Desde 2014, a companhia opera no país com uma planta de couro no distrito de Dong Nai, especializada em acabamentos para os setores de estofados e calçados. A unidade emprega mais de 600 colaboradores e pouco mais de 60% da produção é destinada ao próprio mercado vietnamita.



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Óleos essenciais são aliados não só para pele e cabelo, mas também contra fungos em frutas


Os óleos essenciais, muito utilizados em cuidados da pele e do cabelo, também podem ser grandes aliados da fruticultura. Estudos realizados pela Embrapa Meio Ambiente (SP) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostraram que extratos de algumas plantas podem inibir, com grande eficiência, fungos responsáveis por perdas pós-colheita no mamão e na laranja.

Altamente perecível, o mamão pode perder até 50% da produção devido a doenças fúngicas que se manifestam após a colheita, especialmente durante o transporte e o armazenamento.

No caso das laranjas, as perdas chegam a 40%, segundo os pesquisadores. Frente à limitação dos fungicidas sintéticos que vêm perdendo eficácia com o uso continuado das mesmas moléculas, além de levantarem preocupações ambientais e de saúde, os óleos essenciais aparecem como solução promissora.

Excelente para salvar o mamão de fungos

De acordo com a doutoranda da Unicamp Adriane da Silva, os testes revelaram que quatro desses óleos apresentaram forte ação inibitória contra os principais fungos associados à deterioração do mamão, são eles:

  • orégano
  • canela em casca
  • alecrim-pimenta
  • manjericão-cravo

O destaque ficou para o óleo de alecrim-pimenta, que inibiu completamente o crescimento de todos os patógenos, mesmo em concentrações baixas. O orégano e o manjericão-cravo também mostraram excelente desempenho, embora com menor controle sobre o Fusarium solani.

Além da triagem inicial, os pesquisadores buscaram compreender quais compostos químicos estavam por trás da ação antifúngica dos óleos mais promissores. Por meio de análises, foram identificados os principais componentes responsáveis pela atividade: carvacrol, timol, ρ-cimeno e eugenol — todos já conhecidos por suas propriedades antimicrobianas.

O pesquisador Daniel Terao afirma que a combinação de carvacrol, timol e eugenol em proporções semelhantes às encontradas nos óleos naturais resultou em efeitos sinérgicos, potencializando o efeito antifúngico.

“Além de eficazes, os óleos essenciais apresentam vantagens ambientais e sanitárias importantes: são biodegradáveis, de baixa toxicidade e muitos já são considerados seguros para uso alimentar por agências reguladoras”, destaca Terao.

Óleos essenciais
Foto: Daniel Terao

Potencial de produção mais sustentável de alimentos

O uso de óleos essenciais na conservação de alimentos não é inédito. Diversos estudos anteriores já apontavam o potencial de óleos contra fungos que atacam laranja, abacate, melão, uva e morango. A novidade agora é a demonstração sistemática da eficácia contra fungos específicos do mamão.

Para os pesquisadores, o próximo passo envolve o desenvolvimento de formulações comerciais e testes em escala real, incluindo avaliações em frutos armazenados sob condições de mercado. “Os óleos essenciais e seus compostos majoritários têm potencial para compor uma nova geração de conservantes naturais, com impactos positivos para produtores, consumidores e o meio ambiente”, afirmam os autores.

Com base nesse avanço, o estudo abre caminho para a aplicação prática dos óleos essenciais no setor de frutas tropicais, contribuindo para uma agricultura mais limpa, eficiente e conectada às demandas por sustentabilidade e segurança alimentar.

Fungos provocam perdas de até 40% em laranjas

No caso da laranja, outra pesquisa recente revelou que extratos de plantas como orégano, canela casca, alecrim pimenta e manjericão-cravo foram eficazes contra dois fungos responsáveis por prejuízos consideráveis na cadeia produtiva de citros: Penicillium digitatum, causador do mofo verde, e Geotrichum citri-aurantii, agente da podridão azeda.

As doenças fúngicas que atacam laranjas após a colheita estão entre as maiores responsáveis por perdas, chegando a comprometer até 40% da produção.

Além de testarem os óleos em sua forma integral, os pesquisadores também avaliaram misturas elaboradas a partir dos três principais constituintes químicos de cada óleo.

Entre os compostos investigados estavam o cinamaldeído (presente na canela casca), carvacrol (orégano), timol (alecrim pimenta) e eugenol (manjericão-cravo). Quando combinados, esses compostos mostraram um efeito sinérgico, ou seja, o resultado conjunto foi superior à ação individual dos componentes.

As análises estatísticas apontaram diferenças significativas entre os tratamentos, confirmando o potencial antifúngico dos óleos essenciais e de suas formulações combinadas.

Para os pesquisadores, os resultados reforçam o potencial dos óleos essenciais como substitutos naturais aos fungicidas sintéticos, contribuindo não só para a redução das perdas pós-colheita, mas também para a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

“A aplicação desses compostos naturais pode representar um avanço significativo na conservação de frutas, especialmente em um contexto de crescente demanda por alimentos livres de resíduos químicos”, afirmam os autores.

O próximo passo, segundo os cientistas, é testar a eficácia das formulações à base de óleos essenciais em condições reais de armazenamento e transporte das frutas, a fim de avaliar sua viabilidade para uso comercial em larga escala.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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